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Stela do Patrocínio


Georgette Fadel interpreta Stela
do Patrocínio

O musical Entrevista com Stela do Patrocínio faz temporada até 8 de abril no Galpão do Folias. A atriz Georgette Fadel (formada pela USP) interpreta a protagonista, e entre falas e cantos, mostra a história da ex-interna da colônia psiquiátrica Juliano Moreira, no Rio de Janeiro, que passou cerca de 30 anos reclusa em manicômios – local onde soltava sua voz em palavras reconhecidamente poéticas, que foram gravadas e transformadas em livro, Reino dos Bichos e dos Animais é o meu Nome (Azougue, 2001). Na peça, está internada há mais de 12 anos, e na entrevista, que dá a uma estagiária (a cantora Juliana Amaral) conta de onde veio e como foi parar ali, relatando sua rotina, seus sonhos e seus desejos. Com trilha sonora ao vivo executada pelo pianista Lincoln Antonio, que também assina a adaptação. As músicas do espetáculo foram compiladas em CD, incluindo uma faixa com breve fala da própria Stela do Patrocínio (pode ser adquirido no local por R$ 20,00). Em cartaz até 8 de abril, sábados, às 21h, e domingos, às 20h, no Galpão do Folias (r. Ana Cintra, 213, Santa Cecília, tel. 3361-2223). Ingressos: R$ 20,00.


Tchekhov reunido

A Companhia Fodidos Privilegiados, criada nos anos 1980, não se apresenta nos palcos paulistanos há mais de 15 anos. O espetáculo Tchekhov e a Humanidade, dirigido pelo ator e diretor Antonio Abujamra, marca o retorno do grupo à capital paulista. A peça reúne trechos de contos e obras teatrais do escritor e dramaturgo russo Anton Tchekhov, incluindo quatro importantes peças: Tio Vânia, A Gaivota, As Três Irmãs e O Jardim das Cerejeiras, além de outros escritos. Abujamra também assina a adaptação. A peça faz temporada até 20 de maio, sextas e sábados, às 21h, e domingos, às 20h, no Teatro João Caetano (r. Borges Lagoa, 650, Vila Clementino, tel. 5573-3774). Os ingressos custam R$ 10,00.


Oceano Mar  

O espetáculo Oceano Mar, levado aos palcos pela Cia. Nua de Teatro, baseia-se no livro homônimo do escritor italiano Alessandro Baricco. A peça proporciona um retorno ao tempo em que o mar era símbolo de algo misterioso e desconhecido, utilizando uma estalagem à beira-mar, de propriedade de uma menina de dez anos, como cenário de encontro de diferentes viajantes: um pintor que busca os olhos do mar; um cientista que tenta medir o mar; uma mulher adúltera cujo marido acredita que o mar entorpece as paixões; uma menina doente que crê poder curar-se com o mar; o padre que tenta salvar a menina levando-a ao encontro do mar; um médico que nem sempre salvou vidas; e um desconhecido que deseja manter-se anônimo. A convivência dos personagens na hospedaria acaba provocando transformações em seus destinos. Estréia nesta terça e fica em cartaz até 26 de abril, de terça a quinta, às 21h, no Centro Cultural São Paulo (r. Vergueiro, 1000, Paraíso, tel. 3383-3463). Os ingressos custam R$ 12,00.


O Homem que Calculava

O matemático Júlio César de Melo e Souza, mais conhecido pelo seu pseudônimo, Malba Tahan, escreveu cerca de 120 livros sobre matemática divertida e literatura com temática oriental, até falecer em 1974. Apaixonado desde cedo pela cultura do Oriente Médio, o autor criou, entre uma infinidade de personagens, o calculista persa Beremiz Samir, pastor de ovelhas que se torna um matemático respeitado, graças a suas habilidades para resolução de problemas. Samir é o protagonista do livro mais famoso de Tahan, O Homem que Calculava. A obra, traduzida em várias línguas, apresenta quebra-cabeças como este, um dos mais famosos: “Três irmãos haviam recebido uma herança de 35 camelos do pai, sendo a metade para o mais velho, a terça parte para o irmão do meio e a nona parte para o irmão mais moço”. O texto foi adaptado para o teatro por Atílio Bari, que também dirige a montagem. O Homem que Calculava está em cartaz até 20 de maio, sábados, às 19h, e domingos, às 20h, na Sala Dina Sfat do Teatro Ruth Escobar (r. dos Ingleses, 209, Bela Vista, tel. 3289-2358). Os ingressos custam R$ 25,00.


Cora Coralina

A peça Cora Coralina – Coração Encarnado, integrante do projeto Encontros, é composta por relatos, casos e poemas da poetisa goiana. Vencedora do Prêmio Shell 2006 na categoria prêmio especial pelo roteiro e iniciativa de produção, o espetáculo é estrelado pelas atrizes Renata Roriz, Rafaela Amado e Rita Elmôr. As três procuram dar voz aos personagens da autora, como a prostituta Borva e as Duas Jesuínas. Dessa maneira, a montagem acaba reproduzindo falas autobiográficas de Cora, que por vezes retratou personagens situadas à margem do discurso dominante de sua época. Cora Coralina – Coração Encarnado mistura projeções de depoimentos e vídeos da própria poetisa aos poemas encadeados, obtendo uma estrutura dramática dinâmica e intensa que expõe a ousadia e uma certa crítica social da artista. Até 21 de abril, às sextas e sábados, no Sesc Pinheiros (r. Paes Leme, 195, tel. 3095-9400). Os ingressos custam R$ 10,00, R$ 7,50 (usuário matriculado) e R$ 5,00 (trabalhador no comércio e serviço matriculado e dependentes, pessoas com mais de 60 anos e estudantes com carteirinha).


Organicidade

O grupo vocal a capella Canto Ma Non Presto apresenta o espetáculo Organicidade, unindo teatro, música vocal e percussão corporal em uma pesquisa sobre o universo de imagens e situações da vida em uma metrópole. Os oito cantores-atores partem de canções populares brasileiras para evocar cenas cotidianas do trânsito, da violência e do consumismo, remetendo aos constantes conflitos entre opressão e liberdade, angústia e prazer que existem em uma megalópole. O espetáculo conta com um repertório de 16 músicas, compostas por autores conhecidos como Chico Buarque e Gilberto Gil ou músicos menos famosos, como Cássio Gava, além de projeções de imagens em vídeo e formas não-convencionais de percussão. O grupo procura colocar em cena o individual e o coletivo frente aos desafios concretos, físicos ou metafísicos, das grandes cidades. Estréia nesta quarta e fica em cartaz até 17 de maio, às quartas e quintas, às 21h, no Teatro Fábrica São Paulo (r. da Consolação, 1.623, tel. 3255-5922). Os ingressos custam R$ 30,00 (inteira) ou R$ 15,00 (estudantes, idosos e professores da rede pública).






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O Jornal da USP é um órgão da Universidade de São Paulo, publicado pela Divisão de Mídias Impressas da Coordenadoria de Comunicação Social da USP.
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