Mais qualidade no ensino Combater o crime sem fingir

Mais importante do que fazer novas leis para combater a violência, é preciso cumprir as que já existem e tomar medidas efetivas contra o crime. Entre essas medidas está o fornecimento de condições adequadas para a Polícia, a fim de que ela possa fazer boas investigações – ao invés de “fingir” que investiga, como acontece atualmente. É necessário ainda promover a profissionalização da administração do Judiciário e utilizar mais o conhecimento gerado nas universidades, que podem dar contribuições efetivas para o combate à violência no Brasil. Essas são sugestões dos professores da USP Paulo de Mesquita Neto e Eduardo Reale Ferrari para o Congresso Nacional, que atualmente discute vários projetos de lei na área da segurança pública. Algumas das medidas em discussão são o aumento da pena de bandidos que usam menores de idade em suas ações, a criação do Regime Penitenciário de Segurança Máxima e o estabelecimento de um fundo que dará recursos financeiros para familiares de vítimas da violência. Nacional

 
É obrigatório publicar sua tese

Em vigor desde o ano passado, a portaria 13 da Capes tornou obrigatória a publicação na internet de todas as dissertações de mestrado e teses de doutorado produzidas no Brasil. Essa medida é criticada por parte da comunidade científica. A professora da Faculdade de Direito da USP Silmara Chinelato considera a portaria uma violação da Lei dos Direitos Autorais e o presidente da Editora da USP (Edusp), Plínio Martins Filho, diz que a presença das teses na internet acaba com o interesse das editoras em publicá-las na versão impressa. Para o presidente da Capes, professor Jorge Guimarães, a publicação é uma forma de disseminar o conhecimento produzido nas universidades e de avaliar a qualidade da pós-graduação no Brasil. Cultura

 
Litoral ganha programa de saneamento

O governo do Estado e a Sabesp lançaram em março o Programa de Recuperação Ambiental da Região Metropolitana da Baixada Santista, que prevê investimentos de R$ 1,23 bilhão no saneamento dos nove municípios do litoral paulista. Segundo o programa, em quatro anos a cobertura dos serviços da rede de esgotos na região chegará a 95%. Estão previstas a ampliação de 1.175 quilômetros das redes coletoras, a implantação de seis novas estações de tratamento e a reforma da estação de Peruíbe, entre outras medidas. As obras viabilizarão mais de 120 mil ligações domiciliares na rede de esgoto. Na avaliação do professor Wanderley da Silva Paganini, da Faculdade de Saúde Pública da USP, a redução nas taxas de doenças transmitidas por veiculação hídrica será um dos mais importantes resultados das melhorias implementadas pelo programa. “O menor número de internações hospitalares em razão dessas doenças diminuirá os custos com medicina curativa. Nesse sentido, o programa tem um aspecto de medicina preventiva”, afirma. Para ele, a melhora na coleta, no afastamento e na disposição final do esgoto doméstico ampliará a balneabilidade das praias do litoral sul, o que conseqüentemente refletirá no turismo e na geração de empregos. Já a professora Sônia Gianesella, do Instituto Oceanográfico da USP, adverte para a necessidade de um acompanhamento mais rigoroso dos dados da biodiversidade da região. Nacional

 
A pedagogia da paz e da tolerância

Enquanto a ministra da Promoção da Igualdade Racial, Matilde Ribeiro, afirma que “não é racismo quando um negro se insurge contra um branco” – declaração feita na semana passada, que foi interpretada como um incentivo ao ódio racial –, a USP propõe formas originais e eficazes de combater a discriminação e a intolerância. Em tese de doutorado defendida na Faculdade de Educação, a pedagoga Lucimar Rosa Dias mostrou que programas de formação de professores podem contribuir efetivamente para o combate ao racismo no Brasil. Na tese, ela aponta as metodologias necessárias para obter esse resultado. Pesquisa

 
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