Darwin
no Masp
Já está em cartaz “Darwin: A Descoberta do Homem
e a Revolucionária Teoria que Mudou o Mundo”, no Masp,
em São Paulo, primeira cidade do mundo a receber a exposição
organizada pelo Museu de História Natural de Nova York, que
recria a trajetória do naturalista inglês, desde o início
dos seus estudos até a publicação de sua Teoria
da Evolução. É a mais completa mostra sobre
a vida e obra de Charles Darwin (1809-1882), com mais de 400 peças
entre artefatos, documentos originais (cerca de cem manuscritos),
filmes e vídeos, incluindo ainda espécies vivas como
sapos, iguanas, tartarugas e orquídeas exóticas. Explora
a biologia evolutiva contemporânea, suas aplicações
na medicina e a biologia moderna através de oito módulos.
São eles: Introdução sobre a personalidade de
Darwin e sua paixão em investigar o mundo: O Mundo Antes de
Darwin, com o começo dos estudos; O Jovem Naturalista, destaque
para a recriação da famosa rocha da Escócia,
chamada Hutton’s Unconformity, em que Darwin e muitos geólogos
da época reconheciam a longevidade da Terra; Uma Viagem ao
Redor do Mundo (detalhes sobre a viagem no Beagle, com uma réplica
do navio); A Idéia Toma Forma, incluindo documentos e cartas
que ilustram a linha de raciocínio de Darwin; A Obra de Uma
Vida, que reconstrói a sala de estudos na Down House, onde
aperfeiçoou a teoria da evolução, originando
A Origem das Espécies (1859); A Evolução Hoje,
com exemplos de avançadas pesquisas baseadas no modelo de
Darwin, incluindo vídeos e entrevistas de renomados cientistas;
e, por fim, uma montagem de orquídeas vivas que fascinavam
o naturalista. Em cartaz até 15 de julho, quartas, sextas,
sábados e domingos, das 9h às 19h, e terças
e quintas, das 9h às 22h, no Masp (av. Paulista, 1.578, tel.
3251-5644). Ingressos: R$ 15,00 e R$ 7,00 (estudantes); grátis
para menores de 7 anos e pessoas com mais de 60. Depois a mostra
segue para Auckland na Nova Zelândia, Tóquio e Osaka
no Japão, Madri, Barcelona e Valência na Espanha.
Clarice Lispector
Depois de exibir uma mostra dedicada à Guimarães Rosas,
o Museu da Língua Portuguesa abre exposição
temporária em homenagem à escritora Clarice Lispector
(1920-1977). Suas obras A Hora da Estrela, Perto do Coração
Selvagem, O Lustre, A Cidade Sitiada, A Paixão Segundo GH,
Um Sopro de Vida e Laços de Famíla ganham leituras
de anônimos gravadas em vídeo, além de representações
em textos impressos em tecidos, documentos e manuscritos. Na cenografia,
assinada por Daniela Thomas e Felipe Tassara, estão imagens
da escritora reproduzidas em tamanhos grandes, além de uma
sala repleta de gavetas que convidam o público a explorar
seu conteúdo e de um corredor de monitores de TV apresentando
seus textos gravados. A curadoria é de Júlia Peregrino
e Ferreira Gullar. Visitação de terça a domingo,
das 10h às 18h. O museu fica na Praça da Luz, s/no,
Luz, tel. 3326-0775. Ingressos: R$ 4,00; grátis aos sábados.
Cabana no CCSP
O artista plástico Rubens Espírito Santo criou a instalação
Cabana no 9, especialmente para o espaço do Centro Cultural
São Paulo, utilizando móveis e objetos encontrados
no próprio local. Paralelamente, acontece uma série
de atividades educativas neste mês, com oficinas, performances
e ciclos de filmes. O objetivo é manter um espaço para
encontros e discussão sobre arte contemporânea, além
de ser um canto de descanso, com uma biblioteca de emergência,
incluindo livros de poesia e filosofia da arte selecionados pelo
artista, além de cadernos de anotações e vídeos
sobre a trajetória de Rubens Espírito Santo. A construção é inspirada
na arquitetura dos barracos de rua, com dimensões que variam
de acordo com a estrutura da sala expositiva, e usa papelão
e fita adesiva, com forte apelo pictórico. A cabana já está aberta
e nesta semana tem na programação a oficina sobre O
Processo de Contrução do Espetáculo Contemporâneo,
com Willian Figueiredo (quarta, às 19h); e apresentação
do espetáculo Sol e Sombra, com o grupo Le Hasard (sexta, às
20h30). A instalação fica no Piso Flávio de
Carvalho do CCSP (r. Vergueiro, 1.000, Paraíso, tel. 3383-3042),
com visitação de terça a sexta, das 10h às
20h, e sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h.
Entrada franca.
Acervo do MCB
A mostra “Coleção Museu da Casa Brasileira” apresenta
o acervo de móveis e objetos, que, através de um projeto
museográfico, passam a ser agrupados por função.
Entre os destaques estão obras recém-incorporadas ao
museu, como a poltrona Mole (1957), de Sergio Rodrigues, uma das
mais célebres peças de design do século 20;
a cadeira Paulistano (1957), de Paulo Mendes da Rocha, vencedora
do 1o Prêmio Design; e a cadeira Girafa (1987), de Lina Bo
Bardi, Marcelo Ferraz e Marcelo Suzuki. Há também peças
que acabaram de passar por restaurações – móveis
de guarda, descanso, repouso, utilidade, quadros e objetos de decoração –,
além de outras que remetem às origens da casa brasileira,
como uma rede lavrada de algodão, ou um banco indígena
no formato de anta, do Alto Xingu. No total são cerca de 50
móveis e 15 objetos, dos séculos 17 ao 21. O projeto é do
historiador e técnico em museologia Wilton Guerra, em colaboração
com a historiadora Renata Simões. A exposição
acaba de ser inaugurada em caráter permanente. Visitação
de terça a domingo, das 10h às 18h, no Museu da Casa
Brasileira (av. Brig. Faria Lima, 2.705, tel. 3032-3727). Ingressos:
R$ 4,00 e R$ 2,00; aos domingos a entrada é gratuita.
Maria Helena Vieira da Silva
A pintora portuguesa Maria Helena Vieira da Silva e seu marido,
o pintor húngaro Arpad Szenes, vieram para o Brasil refugiando-se
da 2a Guerra, e se instalaram no bairro carioca de Santa Teresa.
Na mostra “Vieira da Silva no Brasil” – o título
refere-se a como ela ficou conhecida – estão reunidas
116 obras não só para retratar a sua produção,
mas também o espírito artístico da época
em que viveu no País (de 1940 a 1947), evidenciando sua estreita
relação com artistas, músicos e poetas brasileiros.
Entre os destaques, trabalhos emblemáticos de sua carreira,
como Londres (1959), os desenhos do período brasileiro, parte
menos conhecida da sua produção, e o painel da Universidade
Federal Rural do Rio de Janeiro, com os azulejos originais da obra
(foto). Acompanha a mostra, trilha sonora com peças de Bach,
compositor preferido da artista, Villa-Lobos, Debussy, entre outros.
Até 3 de junho, de terça a domingo, inclusive feriados,
das 10h às 18h, no MAM (Parque do Ibirapuera, portão
3, tel. 5085-1300). Ingressos: R$ 5,50; grátis aos domingos.
Niobe Xandó
Está em cartaz a exposição “Niobe Xandó – A
Arte de Subverter a Ordem das Coisas”, com obras da artista
autodidata, pioneira do realismo fantástico brasileiro. A
retrospectiva reúne 182 obras que compõem 13 módulos,
explorando temas como natureza, culturas primitivas e elementos gráficos
utilizados como fórmulas mágicas de um simbolismo que
une homens e deuses. Entre as suas principais fases, Figurativismo
Inicial (1947-1955), em que ela pinta o que vê à sua
volta; Flores Fantásticas (1956-1965), retratando a natureza
a ponto de perder a perspectiva; Máscaras (1966-1990), um
mergulho no mundo ancestral; Letrismo e Mecanicismo (1970-1980),
em que a artista experimenta o movimento francês, utilizando
recursos visuais bem-humorados; e a Fase Final, com o retorno à figura.
A curadoria é de Antonio Carlos Abdala. Até 24 de junho,
de terça a domingo, das 10h às 18h, na Pinacoteca do
Estado (Praça da Luz, 2, Centro, tel. 3229-9844). Ingressos:
R$ 4,00 e R$ 2,00.
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