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6 Godard 3 Resnais


Nossa Música, de Godard

Principais nomes da nouvelle vague, movimento que surgiu na França na década de 50, caracterizando inovações na linguagem cinematográfica e a teoria do autor, que difundia a visão pessoal do diretor acerca da sociedade, os consagrados cineastas Jean-Luc Godard e Alain Resnais ganham mostra a partir de segunda no Cinusp. A obra de Godard, que rompia com o realismo do cinema hollywoodiano, é marcada pela constante revelação do aparato cinematográfico, ao mesmo tempo que Resnais também rompia com a narrativa clássica, baseando suas obras em temas sobre tempo, memória e a própria existência humana. Na seleção estão filmes de Godard, como O Desprezo (França/Itália, 1963), que mostra a relação de um casal em crise, até o surgimento de outra pessoa; e Uma Mulher é Uma Mulher (França/Itália, 1961), também sobre um relacionamento que entra em conflito, só que com abordagem a partir do ponto de vista feminino. Ainda de Godard, Passion (França/Suíça, 1982), sobre a realização de um filme acerca de gênios da pintura; e os trágicos O Pequeno Soldado (França, 1963), história de um soldado desertor que se apaixona ao se refugiar em Genebra, e O Demônio das Onze Horas (França/Itália, 1965), em que dois amigos se reencontram, vivendo uma noite de paixão até um trágico final; além do recente Nossa Música (França/Suécia, 2004), dividido em três partes: Inferno, Purgatório e Paraíso para mostrar as conseqüências da guerra. De Resnais, Medos Privados em Lugares Públicos (França/Itália, 2006) e Amores Parisienses (França, 1997), abordam a ciranda da vida, em que os destinos de vários personagens acabam se intercalando; e Meu Tio da América (França, 1980), teoria de um professor e sociólogo sobre o comportamento humano, influenciado pelo ambiente que o cerca.


Medos Privados em Lugares Públicos, de Resnais

A mostra vai até 26 de outubro, com sessões de segunda a sexta (exceto no feriado do dia 12), às 16h e 19h, com entrada franca. O Cinusp fica na r. do Anfiteatro, 181, favo 4 das Colméias, Cidade Universitária, tel. 3091-3540. Programação com datas e horários em www.usp.br/cinusp.

 

Mestres do Anime

Foto crédito: Voyager Entertainment Inc.
Adeus Patrulha Estelar, criação de Leiji Matsumoto

A partir de quarta, o Centro Cultural Banco do Brasil apresenta a mostra “Mestres do Anime”, que reúne 11 títulos sobre os quadrinhos japoneses, mais conhecidos como mangás. Os animes (animações japonesas), com fãs por todo mundo, são uma das maiores expressões da cultura pop nipônica, trazendo elementos culturais e temáticas das mais variadas. Entre as obras, dirigidas por consagrados diretores, estão o clássico infanto-juvenil A Princesa e O Cavaleiro (1967), série animada em 52 episódios, criada pelo mestre do mangá Osamu Tezuka, sobre a Princesa Safiri que precisa impedir que o Duque Duralumínio descubra que ela é mulher; Adeus Patrulha Estelar (1978), de Toshio Masuda e Leiji Matsumoto, segundo longa-metragem estrelado pela patrulha estelar, criação mais famosa de Matsumoto, sobre uma missão para salvar a Terra; Nausicaä do Vale dos Ventos (1985), em que ecologia e humanismo são temas nessa obra de Hayao Miyazaki, que dirige ainda outros filmes na mostra: Tonari no Totoro (1988), um dos seus primeiros filmes a fazer sucesso no Ocidente; e A Princesa Mononoke (1997), filme que trouxe fama internacional para a carreira do diretor, que seria consolidada em 2001 com Viagem de Chiriro, vencedor do Oscar de melhor longa-metragem de animação de 2003; e Vozes de uma Estrela Distante (2002), animação que trouxe fama ao diretor independente Makoto Shinkai, que se passa em 2046 e conta a história de uma jovem que é separada do namorado para defender a Terra de alienígenas. Também acontecem na próxima semana, dia 17 de outubro, às 19h30, as palestras “O Anima no Mundo”, com a professora Sonia Luyten (mestre pela ECA/USP); e “Tradução e Adpatação de Anime e Mangá”, com o jornalista Marcelo Del Greco e o tradutor Arnaldo Oka.

Foto crédito: Voyager Entertainment Inc.
Vozes de uma Estrela Distante, de Makoto Shinkai

A mostra, que conta com a parceria da Fundação Japão, vai até 21 de outubro, de quarta a domingo, em vários horários, no Centro Cultural Banco do Brasil (r. Álvares Penteado, 112, Centro, tel. 3113-3651). Programação completa em www.bb.com.br/cultura. Entrada gratuita.

 

 
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