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Hospedaria de Imigrantes


Fachada da Hospedaria, na década de 20

Acaba de estrear a exposição “Hospedaria de Imigrantes do Brás”, que marca os 120 anos do prédio do Memorial do Imigrante de São Paulo. Com curadoria dos historiadores Odair da Cruz Paiva e Soraya Moura, a mostra traz com riqueza de detalhes a saga dos mais de 2,5 milhões de imigrantes de 70 nacionalidades diferentes que chegaram à hospedaria entre 1887 e 1978. Um mapa apontando as principais hospedarias de emigração do mundo, entre elas a de Nápoles e de Gênova, na Itália, abre a exposição, que segue com um balcão que apresenta documentos como lista de bordo, passaporte e atestado sanitário de imigrantes. Uma projeção de cerca de 6 metros , com cinco minutos de narração e vídeo, explica o porquê da criação do lugar. Um dos pontos altos é a sala de terminais de consulta que ganhou pintura preta para receber em branco mais de 10 mil sobrenomes de A a Z dos imigrantes que aqui chegaram desde o final do século 19. Uma maquete de todo o complexo da hospedaria e o mastro, principal peça do edifício na época, completam a mostra. A exposição fica em cartaz por tempo indeterminado, de terça a domingo, das 10h às 17h (inclusive feriados), no Memorial do Imigrante (r. Visconde de Parnaíba, 1.316, Mooca, tel. 6692-1866). Ingressos a R$ 4,00 e a R$ 2,00; grátis no último sábado do mês.

 

Casas do Brasil


Detalhe do trabalho do artista plástico Bruno Faria

Estréia na próxima terça, dia 16, das 19h às 22h, a exposição “Casas do Brasil”, parte de um projeto de documentação e reflexão sobre o morar brasileiro. A mostra apresenta aspectos que transitam entre a fantasia da casa própria idealizada, a construção do interior de uma casa de classe média e a realidade abrupta daqueles que constroem moradias improvisadas em locais irregulares. O artista Bruno Faria se utiliza de recortes de campanhas publicitárias impressas distribuídas pela cidade e constrói uma metrópole improvável, permeada de promessas de felicidade e desejo de ascensão social. Os fotodocumentaristas da Cia. de Foto – Rafael Jacinto, Pio Figueiroa e João Kehl – apresentam uma instalação que procura fugir dos clichês para representar a realidade hostil vivida pela população que constrói casas com os escombros da sociedade de consumo. O radialista Julio de Paula é responsável pela sonorização da obra, que contém imagens da favela situada na alça da ponte Julio Mesquita, na marginal Tietê. A classe média surge no trabalho do artista Marcelo Zocchio, com obras construídas a partir de fotografias que ganham volume ao serem trabalhadas num diálogo com a marcenaria. Até 25 de novembro, de terça a domingo, das 10h às 18h, no Museu da Casa Brasileira (av. Brig. Faria Lima, 2.705, Jardim Paulistano, tel. 3032-3727). Ingressos a R$ 4,00 e a R$ 2,00, com entrada franca aos domingos.

 

Hangul, o alfabeto coreano

O Departamento de Letras Orientais da FFLCH/USP e o Grupo de Estudos Coreanos da USP promovem a exposição “Hangul: Mais Que um Alfabeto”, a partir desta terça. Criado pelo rei Sejong, o Grande, e promulgado em 1446, o alfabeto coreano é considerado por lingüistas a escrita mais lógica, original e prática do mundo e um estudo feito pela ONU colocou o Hangul como a mais adequada para dar conta das 2.900 línguas sem escrita conhecidas no mundo de hoje. A Unesco instituiu, em 1989, o Prêmio Rei Sejong em prol da erradicação do analfabetismo no mundo e tombou o código de escrita no Programa Memória do Mundo, em 1997. A mostra reúne livros antigos, pinturas, cerâmica, caligrafia e objetos diversos, além de contar com o documentário Hangul, O Nascimento de uma Grande Escrita (Coréia do Sul, 2003), de Seung-Chang Baik. Até 31 de outubro, de segunda a sexta, das 9h às 22h, na biblioteca Florestan Fernandes da FFLCH/USP ( av. Prof. Lineu Prestes, trav. 12, 350, Cidade Universitária). O documentário vai ser exibido na quarta e na quinta, em horário a ser definido, na sala 260 do Prédio de Letras. Mais informações pelo tel. 7189-5584. Entrada franca.

 

Di Cavalcanti 110 Anos


Natureza Morta com Flores, obra de 1933

A mostra “Di Cavalcanti 110 Anos – De Flores e Amores”, com curadoria de Denise Mattar, reúne 20 óleos do artista. A maior parte das obras data dos anos 1930, mas há pinturas dos anos 1940, 1960 e 1970. A exposição apresenta uma cronologia ilustrada, trechos de escritos e poemas de Di Cavalcanti, assim como imagens do artista e de suas obras apresentadas em um telão. O nome vem de uma frase que o pintor costumava dizer: “Existe flor para rimar com amor”. Embora não tenha caráter cronológico, a mostra permite uma leitura do percurso do artista, um dos organizadores da Semana de Arte Moderna, de 1922, e grande influência de uma geração de pintores brasileiros. Os quadros expostos pertencem a colecionadores e instituições como o Museu de Arte Moderna de São Paulo, a Bolsa de Mercadorias e Futuros, Sérgio Fadel e Roberto Marinho. Até 14 de dezembro, de segunda a sexta, das 10h às 18h, no Espaço Cultural Bm&F (praça Antonio Prado, 48, Centro, tel. 3119-2404). Entrada franca.

 

Cyra de Araújo

“Cyra, Pinturas e Desenhos” é a primeira mostra individual da artista plástica Cyra de Araújo Moreira, reunindo 64 de suas obras. Com uma carreira de 37 anos, Cyra foi aluna de Maria Helena Andrés, Rubens Matuck, Carlos Fajardo e Antonio Hélio Cabral, e produziu uma obra de intensidade técnica, expressada no traço de gesto firme de sua pintura a óleo. Os 24 óleos sobre tela e 40 desenhos reunidos na exposição mostram que a artista não se atém a padrões convencionais do figurativo ou do abstrato, lançando mão dos recursos e ferramentas das duas abordagens e alcançando surpreendentes resultados de síntese. Com curadoria do italiano Lamberto Scipioni, a exposição traz parte da produção da artista, que guarda grande afinidade com a obra de expressionistas figurativos como Egon Schiele, Chaim Sourine e Kokochka. Até 4 de novembro, de terça a sábado, das 9h às 21h, domingo, das 10h às 21h, na Galeria da Caixa Cultural São Paulo (av. Paulista, 2.083, Conjunto Nacional, tel. 3321-4400). Entrada franca.

 

Arte no Bunkyo

A Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e de Assistência Social (Bunkyo) exibe, a partir desta quinta, 433 obras de 283 artistas na Grande Exposição de Arte Bunkyo. Os artistas uniram esforços para promover um evento de grande abrangência, tendo como mote a comemoração dos cem anos do início da imigração japonesa no Brasil. Além de trabalhos inscritos selecionados, que compreendem tanto artes plásticas como arte em craft, também são expostos trabalhos de artistas que marcaram a trajetória do centenário da imigração. A competição, realizada anteriormente, premiou 44 artistas, sendo que o Grande Prêmio de Ouro desta edição foi para a artista Nádia Saad, com obras inscritas na modalidade arte em craft intituladas Filigranas em Porcelanas de Várias Corese Esferologia Metamórfica em Raku . Até 21 de outubro, de segunda a sexta, das 12h às 18h, sábados e domingos, das 10h às 18h, na Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa (r. São Joaquim, 381, Liberdade, tel. 3208-1755). Entrada franca.

 

Marcel Gautherot


Construção de Brasília, de 1962

O Instituto Moreira Sales e o Museu de Arte Brasileira da Faap apresentam, a partir desta segunda, a exposição “O Olho Fotográfico. Marcel Gautherot e Seu Tempo”. A mostra enfatiza as dimensões históricas, documentais e estéticas da trajetória do francês Marcel Gautherot, arquiteto-decorador que se tornou um dos mais importantes fotógrafos do Brasil após se instalar no País, em 1941, produzindo imagens emblemáticas da paisagem, do patrimônio histórico, do folclore, do trabalho e da arquitetura brasileira. A exposição ressalta dados novos do trabalho do fotógrafo, destacando imagens inéditas feitas por Gautherot. Além disso, obras clássicas do período entre-guerras, procedentes dos mais importantes museus e coleções particulares de fotografia, vão dialogar pela primeira vez com imagens de coleções brasileiras. Há ainda revistas, documentos e algumas esculturas do artista. Até 2 de dezembro, de terça a sexta, das 10h às 20h, sábados e domingos, das 13h às 17h, no Museu de Arte Brasileira da Faap (r. Alagoas, 903, tel. 3662-7198). Entrada franca.

 

 
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