Bioenergia, a hora histórica

Propostas concretas para o desenvolvimento dos biocombustíveis no Brasil foram feitas durante a Conferência Nacional de Bioenergia (Bioconfe), realizada nos dias 26, 27 e 28 de setembro no Hotel Maksoud Plaza, em São Paulo. Promovido pela USP e pela Coordenadoria de Comunicação Social (CCS) da Universidade, o evento reuniu especialistas de diferentes instituições, que discutiram formas de fazer com que o Brasil se torne uma potência mundial em biocombustíveis no século 21. “O desafio histórico dos pesquisadores é superar os obstáculos científicos para consolidar a bioenergia e compartilhá-la com o setor produtivo”, declarou o professor Wanderley Messias da Costa, presidente da Bioconfe, na abertura do evento. O físico José Goldemberg destacou que os biocombustíveis não provocarão queda na produção de alimentos. “Existe área para o setor de bioenergia crescer. Isso já foi mostrado em estudos sobre aptidão agrícola”, disse Goldemberg, na conferência inaugural. Já o professor Luiz Augusto Horta Nogueira, da Universidade Federal de Itajubá, lembrou que o Brasil precisa investir em outras matérias-primas renováveis para produção de energia, além da cana-de-açúcar. Ele citou a lenha, o lixo doméstico e os resíduos industriais. “São fontes muito baratas, já que não há mercado para esses produtos”, disse. O presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Biodiesel, Nivaldo Trama, cobrou mais incentivos do governo e propôs investimentos em pesquisas de plantas oleaginosas não-alimentícias – como o pinhão-manso –, visando à produção de biocombustíveis. “O pinhão-manso produz 42% de óleo e a soja, só 18%”, comparou. Nesta edição, o Jornal da USP publica reportagem especial com as principais discussões feitas durante a Bioconfe. especial

 

 

MOSTRA
O cinema mundial em São Paulo

CINEMA
6 Godard 3 Resnais

MÚSICA
Dominó Sinfônico

EXPOSIÇÃO
Hospedaria de Imigrantes

 

Obras que beneficiam o Brasil

Dois lançamentos da Editora da USP (Edusp) dão significativa contribuição para o Brasil nas áreas da agricultura e economia. Uma delas é a Enciclopédia Agrícola Brasileira, obra em seis volumes que levou 18 anos para ser concluída. Organizada por professores da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), a centenária unidade da USP em Piracicaba, ela traz 18 mil verbetes sobre a flora e fauna brasileiras. A Esalq trabalha agora para passar todo o conteúdo da enciclopédia para CDs ou DVDs. O outro lançamento da Edusp é Pioneiros e empreendedores – A saga do desenvolvimento no Brasil, terceiro volume da trilogia do professor Jacques Marcovitch, que conta a vida e a obra de grandes empresários brasileiros. Neste último volume da trilogia, Marcovitch refaz a trajetória de empreendedores das regiões Norte, Nordeste e Sudeste, como Herman Lundgren, fundador das Casas Pernambucanas, e Roberto Marinho, das Organizações Globo. O livro será lançado em seminário na FEA nesta terça-feira, dia 9. pesquisa

Prós e contras do tributo da discórdia

A cobrança da Contribuição Provisória Sobre Movimentação Financeira (CPMF) causa divergência entre médicos ouvidos pelo Jornal da USP. O superintendente do Hospital Universitário (HU), Paulo Lotufo, defende a cobrança e discorda da idéia de que o problema da saúde no Brasil não é falta de recursos, mas má gestão. “Se você não tem os recursos, como pode falar que está gerindo mal esse dinheiro?”, questiona. Já o professor José Antonio Franchini Ramires, do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas, reconhece a necessidade de mais recursos, mas acha que a má gestão causa “um buraco” no sistema. “A CPMF é uma torneira aberta numa caixa d'água cheia de ralos. De quantas CPMFs vamos precisar para não esvaziar a caixa d'água?” Na Câmara dos Deputados, a votação da cobrança do tributo está prevista para esta terça-feira, dia 9. nacional

 

 

 

 


 
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