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31ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo

A mostra continua com sua maratona, marcando o lançamento de uma série de produções (programação completa em www.mostra.org). Veja abaixo alguns destaques.

À Prova de Morte (EUA), de Quentin Tarantino– Três amigas saem pela noite, mas, secretamente, um psicótico dublê veterano as persegue em um carro de testes à prova de morte. Quando elas param para beber alguma coisa, percebem o perigo e o que começou como uma viagem divertida se transforma em uma jornada para o inferno (quinta, às 13h30, no Espaço Unibanco de Cinema 3; e sexta, à 0h, no Cine Bombril 1).

Brand Upon The Brain (Canadá/EUA), de Guy Maddin – Projeto audacioso do diretor, que empresta seu nome ao protagonista, exibido na mostra em duas versões: sonora e muda (esta aconteceu na abertura, com sonoplastia ao vivo como em outras exibições nos Estados Unidos e na Europa). Na trama, o personagem é marcado pela convivência com a mãe protetora e tirana e o pai cientista, que trabalha secretamente no porão; ele e a irmã adolescente vivem paixões até que segredos da família são revelados (segunda, às 17h, na Cinemateca; e sábado, às 20h50, no Cine Tam).

Across The Universe (EUA), de Julie Taymor– O musical, ao mesmo tempo ousado e extravagante, conta uma história de amor ambientada na década de 60, marcada por protestos contra a guerra, drogas e rock'-n'-roll. O filme percorre dos estaleiros de Liverpool ao Greenwich Village, das ruas de Detroit aos campos de morte no Vietnã. Tudo embalado por músicas dos Beatles (sábado, às 21h30, no IG Cine; domingo, às 22h30, no Cinesesc; e na próxima segunda, dia 29, às 14h, no Cine Bombril 1).

Angel (França/ Inglaterra/Bélgica), de François Ozon – Adaptação de um romance escrito nos anos 50 pela inglesa Elizabeth Taylor, o diretor recria o estilo visual dos grandes melodramas de Hollywood dos anos 30 e 40 ao contar a história de uma garota que sonha se tornar escritora famosa até que suas prosas acabam chamando a atenção de um bem-conceituado editor de Londres. Seus livros fazem sucesso e ela se torna uma mulher antipática e arrogante (segunda, às 16h10, no Unibanco Arteplex 3; e na próxima terça, dia 30, às 16h, no Cine Bombril 2).

Glória ao Cineasta! (Japão), de Takeshi Kitano – O diretor tenta realizar um filme definitivo para os amantes de cinema de todo o mundo, mas isso não é tão fácil; depois de já ter declarado que não faria mais filmes violentos como suas produções sobre a máfia japonesa, a Yakusa, ele pensa em vários gêneros até que se envolve com a história de uma criminosa e sua filha ávida por dinheiro, que ficam interessadas em um homem rico. Mas, dentro e fora da tela, começam a acontecer estranhos imprevistos (terça, às 19h, no Unibanco Arteplex 2; quarta, às 12h30, no Unibanco Arteplex 3; e na próxima terça, dia 30, às 16h30, no HSBC Belas Artes 2).

Lady Chatterley (Bélgica/ França/Inglaterra), de Pascale Ferran – Nova adaptação do clássico romance de D. H. Lawrence, que recebeu cinco prêmios César este ano. Conta a história de um casal, ele, tenente e proprietário de uma mina, que é rapidamente chamado para lutar na guerra, e ao voltar do front está condenado a viver em uma cadeira de rodas. Eles se mudam para uma das propriedades da família Chatterley, e ela, isolada em um ambiente rural e entediante, encontra um homem que desperta seu desejo (quarta, às 17h10, no Cinesesc; e quinta, às 18h, na Reserva Cultural 1).

Lust, Caution (EUA/China), de Ang Lee – Ambientado na Xangai dos anos 40, durante a ocupação japonesa, o drama, temperado com espionagem, romance e doses de sexo, conta a história de uma mulher que envolve-se com a Resistência e tem por tarefa aproximar-se de um político local, aliado dos japoneses, mas uma inesperada reviravolta pode acabar com o plano. O filme foi premiado com o Leão de Ouro no Festival de Veneza deste ano, dois anos depois do diretor ganhar o mesmo prêmio com O Segredo de Brokeback Mountain. A produção ainda recebeu o Prêmio Osella de melhor fotografia para o mexicano Rodrigo Prieto (próxima quinta, dia 1 o de novembro, às 14h, no Cine Bombril 1).

Invisíveis (Espanha) – História feita de várias histórias, representando a visão de cinco influentes diretores, Isabel Coixet, Wim Wenders, Fernando León de Aranoa, Mariano Barroso e Javier Corcuera, sobre a vida real tornando visíveis aqueles que o mundo prefere acreditar que são invisíveis. Wim Wenders, por exemplo, trata em Crimes Invisíveis de casos de estupro em massa ocorridos durante a guerra civil no Congo. O projeto é encabeçado pelo espanhol Javier Bardem, produtor de documentários, que celebra o 20 o aniversário da organização Médicos Sem Fronteiras (sexta, às 20h10, no Espaço Unibanco de Cinema 3; sábado, às 13h30, no Cinesesc; e domingo, às 18h10, no Centro Cultural São Paulo).

O Assassinato de Jesse James pelo Covarde Robert Ford (EUA/Canadá), de Andrew Dominik – A história do famoso bandido norte-americano ganha vida na interpretação de Brad Pitt (que conquistou a Copa Volpi de melhor ator no Festival de Veneza deste ano). Espécie de Robin Hood, seus alvos eram sempre bancos e donos de ferrovias, que tiravam vantagem dos pobres fazendeiros, e sua gangue nos anos 1870 ficou popular, sendo objeto de admiração. Um de seus fãs, o rapaz Robert Ford, sonhava em ficar ao lado do bandido, mas a história o classificaria de “sujo covarde” que atirou em Jesse James pelas costas (quarta, às 17h30, na Reserva Cultural 1; e domingo, às 17h30, no IG Cine).

 

6 Godard 3 Resnais

Principais nomes da nouvelle vague, movimento que surgiu na França na década de 50, caracterizando inovações na linguagem cinematográfica e a teoria do autor, que difundia a visão pessoal do diretor acerca da sociedade, os consagrados cineastas Jean-Lu c Godard e Alain Resnais ganham mostra no Cinusp. Encerrando a programação, nesta semana serão exibidos de Godard, Passion (França/Suíça, 1982), sobre a realização de um filme com os gênios da pintura (segunda e terça, às 19h, e sexta, às 16h); e o recente Nossa Música (França/Suécia, 2004), dividido em três partes: Inferno, Purgatório e Paraíso para mostrar as conseqüências da guerra (terça e quarta, às 16h, e quinta, às 19h). E de Resnais, Medos Privados em Lugares Públicos (França/Itália, 2006), em que as vidas das pessoas são entrelaçadas através de encontros e desencontros amorosos e da revelação de medos e anseios íntimos de cada um dos seis personagens que vivem em Paris (segunda e quinta , às 16h, e quarta e sexta, às 19h). No Cinusp (r. do Anfiteatro, 181, favo 4 das Colméias, Cidade Universitária, tel. 3091-3540). Mais informações no site www.usp.br/cinusp.

 

Loucuras de Mel Brooks!

A mostra exibida a partir de quarta até 4 de novembro traz filmes de Mel Brooks, com sátiras quase sempre demolidoras, parodiando todos os gêneros consagrados do cinema americano, inclusive uma divertida homenagem a Hitchcock. A seleção traz ainda o filme Primavera para Hitler , ganhador do Oscar de 1968 por melhor roteiro original e refilmado em 2005 por Susan Stroman, e que deu origem ao musical Os Produtores (escrito pelo próprio Brooks), montado no Brasil. O filme narra a história de um produtor de teatro falido e um tímido contador, que criam um plano para levantar dinheiro fácil: superfaturar o orçamento de uma peça na Broadway, fazer do espetáculo um tremendo fracasso e fugir para o Rio de Janeiro com todo o dinheiro arrecadado. Atualmente Brooks está trabalhando na transposição para o teatro de seu aclamado filme O Jovem Frankenstein (1974), também exibido na mostra ao lado de A Última Loucura de Mel Brooks (1976), Alta Ansiedade (1977), Sou ou não Sou (1983) e SOS Tem um Louco Solto no Espaço (1987). No Centro Cultural Banco do Brasil (r. Álvares Penteado, 112, Centro, tel. 3113-3651). Programação completa em www.bb.com.br/cultura. Entrada gratuita, com retirada de senhas uma hora antes.

 
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