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América Latina

Benjamim, filme brasileiro dirigido por Monique Gardenberg

O Cinusp exibe a nesta semana o ciclo de filmes e debates “América Latina: Diversidade e Semelhança”, promovido em parceria com a Cinemateca Brasileira, a International Psychoanalytical Association e a Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo, para discutir a subjetividade do deslocamento das personagens, uma tendência contemporânea no cinema latino-americano. Na programação: Lo Más Bonito y Mis Mejores Años (Bolívia/Estados Unidos, 2005), de Martín Boulocq, sobre um jovem que vive em uma metrópole boliviana e tenta de tudo para sair de lá, e Os Campos de Batalha (Argentina/Paraguai, 2005), de José Luis García, documentário sobre as conseqüências ainda hoje presentes da guerra entre a Tríplice Aliança formada por Brasil, Argentina e Uruguai contra o Paraguai (segunda); Benjamim (Brasil, 2003), de Monique Gardenberg, sobre um homem que vê em uma jovem um grande amor de seu passado, e En La Puta Vida(Uruguai/Argentina/Cuba/Espanha, 2001), de Beatriz Flores Silva, sobre uma mulher que tem o sonho de montar um salão de beleza em Montevidéu, mas acaba se tornando uma escrava branca na Espanha (terça); Ojos del Cielo (Argentina, 2007), de Cristian Pauls, documentário sobre o cotidiano da cidade de El Paso de Jama, e Qué Tan Lejos (Equador, 2006), de Tânia Hermida, em que duas mulheres se encontram e acabam viajando juntas, conhecendo, além do país, a si mesmas (quarta); En el Hoyo (México, 2006), de Juan Carlos Rulfo, contando a história de trabalhadores que ergueram um viaduto de acesso a uma auto-estrada da Cidade do México, e Serras da Desordem (Brasil, 2006), de Andrea Tonacci, história de um índio que vive durante dez anos perambulando pelas serras do Brasil central até ser capturado e levado para Brasília, ganhando as páginas dos jornais e gerando polêmica entre historiadores e antropólogos (quinta); Suíte Havana (Cuba, 2003), de Fernando Pérez, documentário musical sobre Havana, sem entrevistas, narração ou diálogos, e Dias de Santiago (Peru, 2004), de Josue Mendez, ex-soldado da Marinha peruana retorna a Lima após vários anos lutando na selva (sexta). Sempre às 16h e 19h, respectivamente, no Cinusp (r. do Anfiteatro, 181, favo 4 das Colméias, Cidade Universitária, tel. 3091-3540). Ainda integra a mostra a exibição especial de Não Por Acaso (Brasil, 2007), de Phillippe Barcinski, em que dois homens que pensam ter controle sobre suas vidas se vêem obrigados a rever suas crenças; no sábado, às 15h, seguida do debate “Cinema e Sonho: Linguagem Onírica e Linguagem Cinematográfica”, com o diretor e Rogério Nogueira Coelho de Souza, na SBPSP (r. Dr. Cardoso de Melo, 1.450, 1 o andar, tel. 2125-3777).

 

O cinema e a cidade

A partir de sexta entra em cartaz a mostra “O Cinema e a Cidade de São Paulo”, que, além de exibir filmes brasileiros, inclui palestras e debates. Abrindo a programação, O Quarto (1967), de Rubem Biafora, sobre um homem que vive sozinho em um modesto apartamento e está à beira de perder a visão e o emprego até que conhece uma socialite que lhe dá novas esperanças (16h); e Cidade Oculta (1986), de Chico Botelho, em que uma misteriosa dançarina de cabaré se envolve com ex-presidiário e acaba sendo perseguida por policiais corruptos (19h, depois do debate). Ainda na semana serão apresentados Anjos da Noite (1987), de Wilson Barros, retrato das noites paulistanas; O Baiano Fantasma (1983), de Denoy de Oliveira, história de um nordestino que chega a São Paulo e consegue emprego de cobrador sem saber que trabalha para um grupo de agiotas; e Capitalismo Selvagem (1993), de André Klotzel, sobre empresário que se apaixona por repórter que investiga sua empresa de mineração (sábado, às 16h, 18h e 20h, respectivamente). E no domingo, O Invasor (2002), de Beto Brant, em que um assassino de aluguel é contratado para eliminar um terceiro sócio (16h); Urbânia (2001), de Flávio Frederico, sobre a decadência urbanística de São Paulo (18h); e São Paulo, Sinfonia e Cacofonia (1995), de Jean-Claude Bernardet, com fragmentos de mais de cem filmes feitos em São Paulo (20h). No Centro Cultural São Paulo (r. Vergueiro, 1.000, Paraíso, tel. 3383-3400). Grátis.

 

Em Família

Tramas familiares são o foco da próxima coletânea exibida pelo Cineclube HSBC Belas Artes. A programação exibe nesta semana Tempestade de Gelo (Estados Unidos, 1997), de Ang Lee, história ambientada no início dos anos 70, quando representantes da alta sociedade americana despertavam para alguns modismos que incluíam o uso de drogas e experiências extraconjugais, por vezes consentidas, como sinônimos de liberação e modernidade. A história se passa em 1973 e mostra o relacionamento entre duas famílias americanas adeptas da prática do amor livre, mas enquanto os adultos fingem se divertir, seus filhos adolescentes buscam por experiências precoces e flertam com o perigo (até quinta). E, encerrando a mostra, Felicidade (Estados Unidos, 1998), corrosiva comédia de Todd Solondz, sobre uma família em que o patriarca tem uma amante e a sua esposa, que vive tomando antidepressivos, fantasia jogar o carro sobre pedestres nas ruas. Por outro lado, uma de suas filhas é casada com um pedófilo e as outras duas solteiras se envolvem em relacionamentos desastrosos (de 30 de novembro a 6 de dezembro). No próximo mês será exibido Conjunto da Obra: Jean-Luc Godard, um dos responsáveis pelo movimento da Nouvelle Vague, incluindo os seguintes títulos: Uma Mulher é Uma Mulher, O Desprezo, Alphaville e O Demônio das Onze Horas (de 7 de dezembro a 3 de janeiro). Diariamente, em sessão única às 19h, no HSBC (r. da Consolação, 2.423, tel. 3258-4092). Ingressos: R$ 8,00 (segundas e quartas, exceto feriados) e R$ 14,00.

 
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O Jornal da USP é um órgão da Universidade de São Paulo, publicado pela Divisão de Mídias Impressas da Coordenadoria de Comunicação Social da USP.
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