Uma nova e sustentável civilização

Os países em desenvolvimento precisam adotar com urgência as melhores e mais eficientes tecnologias para produção de energia, evitando repetir o caminho já feito pelas nações industrializadas, que têm sua matriz energética fundada no petróleo e no carvão. Foi o que disse o ex-reitor da USP José Goldemberg, em conferência realizada no dia 26 de novembro, no Memorial da América Latina, em São Paulo. Na ocasião, ele divulgou dados da terceira edição do relatório Iluminando o caminho: a transição para um futuro energético sustentável , elaborado pelo Comitê das Academias de Ciências, que reúne instituições de 93 países, entre eles Estados Unidos, Inglaterra, Rússia, França e Brasil. O relatório sugere que a melhor e mais barata estratégia para os países industrializados do Hemisfério Norte é o aumento da eficiência energética – ou seja, a economia de energia, aproveitando novas tecnologias já disponíveis. Isso é possível, disse Goldemberg, citando o exemplo do Estado americano da Califórnia, onde o consumo atual de eletricidade per capita é o mesmo da década de 1980. O relatório também recomenda o uso crescente de fontes de energia renováveis, incluindo a biomassa, o desenvolvimento de tecnologias de armazenagem de energia e a introdução de tecnologias para captura e seqüestro de carbono de combustíveis fósseis. “A civilização construída no século 20 não pode durar. Ela tem um problema de sustentabilidade”, disse Goldemberg. A revista Time incluiu o ex-reitor da USP na lista dos “heróis do ambiente” em 2007. nacional

 

 

OSUSP
Assinaturas da Osusp 2008

CINEMA
3 Efes

MÚSICA
Série Guitarrísimo

EXPOSIÇÃO
Consciência negra

 

Os vários modelos do ensino superior

A universidade tal como é conhecida no Brasil hoje – voltada para o ensino, a pesquisa e a extensão – não é necessariamente a única via de acesso ao ensino superior para os jovens brasileiros. Estes podem receber boa formação também em escolas profissionalizantes e mais generalistas. Essa é uma das idéias que a professora Eunice Ribeiro Durham, do Núcleo de Pesquisa de Políticas Públicas (Nupps) da USP, vai expor nesta semana no Simpósio Internacional Ensino superior numa era de globalização, que será realizado nos dias 3 e 4 no Anfiteatro da Fapesp, em São Paulo. O encontro reunirá especialistas do Brasil e do exterior para discutir experiências de países que passaram pela massificação do ensino e buscaram soluções criativas para manter a excelência. Serão apresentados também os formatos inovadores do ensino superior em execução atualmente, em países como Itália, China e Estados Unidos. Entre os participantes estão a professora Wan-Hua, da Universidade de Pequim, que falará sobre as mudanças na política educacional na China, e Pedro Teixeira, da Universidade do Porto, em Portugal, que abordará as relações entre o ensino público e o ensino privado. nacional

Estudantes mostram suas pesquisas

O 15º Simpósio de Iniciação Científica da USP (Siicusp) foi realizado nos dias 21 a 29 de novembro com a participação de 4.500 alunos de graduação de várias universidades do Brasil. Realizado em quatro campi – São Paulo, Ribeirão Preto, São Carlos e Pirassununga –, o evento mostrou pesquisas feitas por alunos de graduação de todas as áreas do conhecimento. Duas universidades norte-americanas, de Nova Jersey e de Ohio, enviaram alunos para o Siicusp, que também teve a presença de professores da Universidade do Porto, de Portugal, e de Notre Dame, dos Estados Unidos. Em São Paulo , o evento ocorreu na Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH), que abriu espaço para os trabalhos de estudantes da área de humanas. A professora Maria Angélica Miglino, presidente da Comissão Coordenadora do Programa de Iniciação Científica da USP, comemorou o ambiente de “ampla discussão das mais diversas áreas da ciência”, lembrando a importância de eventos como o Siicusp para a formação dos graduandos. pesquisa

Paulo Bruscky em cartaz no MAC

“Ars Brevis” é o nome da exposição em cartaz no Museu de Arte Contemporânea (MAC) da USP, na Cidade Universitária, com obras do artista pernambucano Paulo Bruscky. A mostra está dividida em núcleos, que revelam o processo criativo do artista. O núcleo Eu Comigo, por exemplo, apresenta Bruscky como personagem de si mesmo, em performances e ensaios fotográficos. Já o núcleo Arte Postal traz a intensa correspondência de cunho político trocada com artistas de várias nacionalidades. “A produção de Bruscky como artista multimídia, iniciada no final da década de 1960, é tão vasta quanto diversificada. Distante dos padrões convencionais de obra de arte, levanta questões pertinentes à temporalidade da arte”, analisa a curadora Cristina Freire, autora do livro Paulo Bruscky – Arte, arquivo e utopia. especial

 

 


 
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