Mostra Audiovisual Paulista

Começa nesta terça a Mostra Audiovisual Paulista [21], com a exibição de cerca de 290 títulos, entre curtas-metragens, vídeos, programas de televisão, videoclipes e filmes para celular. Entre os destaques da programação estão os curtas Trópicos das Cabras, de Fernando Coimbra, vencedor da categoria no Festival de Brasília, Saliva, de Esmir Filho, e Alphaville 2007 D.C. de Paulinho Caruso. Nos documentários destaque para Elevado 3.5, vencedor nacional do festival É Tudo Verdade 2007, de João Sodré, Maíra Bühler e Paulo Pastorelo, Handerson e as HorasI, de Kiko Goifman, Rita Cadilac, a Lady do Povo, de Toni Venturi, e Histórias do Rio Negro, de Luciano Cury. Além dos vídeos, a mostra comemora sua 21 o edição com performances audiovisuais e pocket shows com alguns dos mais talentosos nomes da música paulistana, como Chimpanzé Clube Trio, Fabio Góes, Mamma Cadela, Maurício Takara do grupo Hurtmold, Tatá Aeroplano, do Jumbo Elektro, entre outros. A mostra vai até domingo, em 16 locais de exibição da capital e do interior e entrada franca. Confira a programação completa pelo site www.mostraaudiovisual.com.br/21.

Visões do Divino

Esse é o título da mostra que o Cinusp exibe até o dia 14 de dezembro. Na programação desta semana estão os filmes Viridiana (México, 1961), de Luis Buñuel, sobre a mulher do título que deixa o convento para visitar seu tio às vésperas de ser ordenada freira (segunda e quarta, às 16h); Je Vou Salue Marie (França/Inglaterra/Suíça, 1985), de Jean-Luc Godard, que discute a relação entre o corpo e o espírito a partir dos relacionamentos de dois casais, um homem que se sente traído quando a mulher engravida e um professor e uma aluna que se envolvem em um relacionamento de intensas reflexões filosóficas sobre a vida (segunda, às 19h); A Paixão de Joana D'Arc (França, 1928), de Carl Theodor Dreyer, sobre a vida da camponesa humilde que lutou contra a opressão em seu país e acabou sendo morta na fogueira por acusação de blasfêmia (terça, às 19h, quinta, às 16h, e sexta, às 19h); C.R.A.Z.Y – Loucos de Amor (Canadá, 2005), de Jean-Marc Vallée, sobre um jovem que precisa resolver os conflitos que surgem com seu pai conservador e sua mãe religiosa depois de assumir que é homossexual (terça, às 16h, e quinta, às 19h); e Amém (França/Alemanha/Romênia/EUA, 2002), de Costa-Gravas, sobre um oficial alemão e um padre católico que tentam alertar a Igreja e o Papa sobre a morte de judeus durante a Segunda Guerra Mundial (quarta, às 19h, e sexta, às 16h). O Cinusp fica na r. do Anfiteatro, 181, favo 4 das Colméias, Cidade Universitária, tel. 3091-3540). Entrada franca. Programação completa no site www.usp.br/cinusp.

O menino do engenho

Chega aos cinemas de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília nesta sexta o documentário Engenho de Zé Lins, do diretor Vladimir Carvalho. O filme retrata a trajetória do escritor paraibano José Lins do Rego, começando com sua infância nos engenhos de açúcar, marcada pelos períodos que ficava trancado no quarto porque sofria de asma, ilustrada no documentário com imagens do filme Menino do Engenho, de Walter Lima Jr, feito em 1965 e baseado no livro homônimo do escritor. Passa por momentos marcantes na vida do escritor, como as histórias engraçadas de quando José Lins, flamenguista fanático, foi dirigente esportivo. O documentário, que levou cinco anos para ser concluído, reúne depoimentos de seus familiares (três tias e sua filha) e de amigos e intelectuais da época, como os escritores Rachel de Queiroz, Ariano Suassuna e Carlos Heitor Cony, e o poeta Thiago de Melo, que rememora os últimos anos do escritor, antes de falecer aos 56 anos de cirrose hepática, entre outros. O episódio do fim do ciclo econômico da cana-de-açúcar na história do Brasil pode ser visto no filme através do engenho que pertenceu à família do escritor. Traz ainda a gravação do único trecho original da voz de Zé Lins do Rego.