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Panorama dos Panoramas


Mastros (1970), de Alfredo Volpi, dentro de Panorama dos Panoramas

O Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM) está abrindo nesta quinta, às 20h, duas mostras. “Panorama dos Panoramas” apresenta produções realizadas de 1969 até 2007, premiadas pelo Panorama da Arte Brasileira, onde figuram nomes como Alfredo Volpi, Maria Bonomi, Abraham Palatinik, para resgatar os diferentes olhares sobre o fazer artístico. “Moderno ou Contemporâneo?” está dividida em três núcleos: Moderno, que investiga a apropriação do corpo humano na produção artística durante a primeira metade do século 20, com obras como colagens raras de Guignard; Contemporâneo que traz obras inéditas que entraram na coleção a partir de 1993; e Moderno/Contemporâneo, que inclui a documentação da biblioteca do museu sobre seu primeiro acervo, doado para o MAC em 1963. Curadoria de Ricardo Resende. Além das exposições, acontece o primeiro Projeto Parede, com autoria de Carlito Carvalhosa, que aproveitou as paredes do corredor de acesso à Grande Sala, colocando três espelhos inteiriços de uma ponta a outra, causando a sensação ao espectador de estar suspenso, entre a progressão de imagens refletidas ao infinito. Haverá também lançamento do catálogo Panorama da Arte Brasileira 2007 – Contraditório. Até 23 de março, de terça a domingo, inclusive feriados, das 10h às 18h, no MAM (Parque do Ibirapuera, portão 3, tel. 5085-1300). Ingressos: R$ 5,50.

 

Temporada das Artes


Obra de Débora Bolsoni, estruturas móveis e adaptáveis

Iniciando a sexta edição da Temporada de Projetos, O Paço das Artes apresenta as exposições individuais das cariocas Maria Nepomuceno, criadora da instalação Expansão, formada por esculturas moles, e Débora Bolsoni, com Epitáfio para Isopor e o vídeo Do Papel, do Embrulho . Enquanto a primeira artista busca inspiração na energia do universo, dando origem a estruturas móveis e adaptáveis, Débora faz paródias e sátiras com figuras retiradas de seu imaginário (em cartaz até 17 de fevereiro). Também estão expostas 77 obras de artistas estrangeiros em “Brasil: desFocos (O Olho de Fora)”, que reúne imagens capturadas nas últimas três décadas pelas lentes de Andy Warhol, David Byrne e Matthew Barney, entre outros. Segundo os curadores Paulo Herkenhoff e Nessia Leonzini, um dos objetivos da exibição é expor fotos desnudas de patriotismo brasileiro (até 13 de abril). O Paço das Artes fica na av. da Universidade, 1, Cidade Universitária, e funciona de terça a sexta, das 11h30 às 19h, sábados, domingos e feriados, das 12h30 às 17h30. A entrada é gratuita. Mais informações pelo tel. 3814-4832.

 

No Céu e no Inferno com LaChapelle


Can You Help Us?, de 2001

David LaChapelle é um artista de destaque no universo das celebridades. O americano de Connecticut tornou-se renomado logo cedo, chegando a trabalhar como fotógrafo das estrelas Madonna, Naomi Campbell e Pedro Almodóvar. Possuidor de um estilo original, imagens contrastadas e ultra-saturadas, LaChapelle retrata o mundo do qual faz parte, mesclando realidade e fantasia: fama, moda, glamour, luxo, status. O Museu Brasileiro da Escultura (MuBE) traz ao Brasil uma mostra inédita de fotos do artista, intitulada “Heaven to Hell: Belezas e Desastres”, idealização de Chico Lowndes. As fotografias estão distribuídas em dois grupos: celebridades (como Angelina Jolie e Marilyn Manson) e modelos anônimos (série feita para a Vogue Itália em 2005), além de videoclipes produzidos para músicos tais quais Moby e Macy Gray e a apresentação do documentário Rize, que abriu o Sundance Film Festival em 2005. Somente até 5 de fevereiro, de terça a domingo, das 10h às 19h, no MuBE (av. Europa, 218, Jardim Europa, tel. 308-8611). Entrada franca. Mais informações pelo tel. 3081-8611.

 

Quando a arte olha o cinema

Entra em cartaz nesta quinta, às 21h, “Colateral 2 – Quando a Arte Olha o Cinema”, mostra que reúne 15 obras de 17 artistas de diferentes nacionalidades, gerações e formações, mas todos ligados ao cinema cult de algum modo. O conteúdo em exposição consiste em intervenções em cenas-chave, um ator específico, um filme revolucionário, seu cenário ou mesmo métodos de projeção cinematográfica. Participam artistas como o parisiense Pierre Bismuth, produtor de vídeos, áudios e animações, Liam Gillick, um inglês autor de obras provocantes e irônicas, além de enigmáticas, e Runa Islam, artista bengali de inspiração poética e criador de jogos visuais. A mostra é um projeto do Hangar Bicocca, organizado pela Art for The World, ONG associada ao Departamento de Informações Públicas das Nações Unidas (Undpi). Em cartaz até 30 de março, de terça a sexta, das 11h às 21h, sábados, domingos e feriados, das 11h às 20h. No Sesc Avenida Paulista (av. Paulista, 119, tel. 3179-3700). Entrada franca.

 

Tarsila do Amaral


Abaporu, que inspirou o Manifesto Antropófago

A mostra em cartaz na Pinacoteca do Estado traz um momento importante da carreira da artista. Em meio às comemorações dos 80 anos do Manifesto Antropófago de Oswald de Andrade, inspirado na pintura Abaporu, de Tarsila do Amaral, também é concluída a edição de seu catálogo raisonné, abrindo novas abordagens e reflexões em sua obra, como a que inspira a exposição “Tarsila Viajante”. São 40 pinturas e 110 desenhos que apresentam a influência das viagens feitas por ela, divididas em seis núcleos: Anos de Formação, Ensaios Modernistas, O “Descobrimento” do Brasil, Viagem ao Oriente Médio, Brasil Mágico e Viagem à Rússia. Acompanha a mostra, catálogo com reproduções das obras e textos da curadora Regina Teixeira de Barros e da consultora Aracy Amaral. Visitação até 16 de março, de terça a domingo, das 10h às 18h, na Pinacoteca (Praça da Luz, 2, Centro, tel. 3324-1000). Ingressos: R$ 4,00 e R$ 2,00.

 

O Pateo no Tempo

Localizado no centro de São Paulo, em meio a enormes prédios empresariais, bancos e indústrias, resiste o Pátio do Colégio, primeira construção erguida na cidade. Hoje, 454 anos após a edificação, depois de sofrer um desmoronamento em 1896, o Pátio é sede da exposição intitulada “O Pateo no Tempo”, que exibe por meio de telas, objetos e fragmentos das antigas construções a história desse retiro, berço da metrópole paulistana. Esse patrimônio histórico, fundado por José de Anchieta, então noviço, testemunhou conflitos entre jesuítas e colonos e abrigou o governo paulista. A mostra fica em cartaz até 30 de março, com visitação de terça a domingo, das 9h às 17h, e o valor do ingresso é de R$ 5,00 (estudantes da rede pública pagam apenas R$ 1,00). No Museu Anchieta, que fica na Praça Pátio do Colégio, 2, Centro. Mais informações pelo tel. 3105-6899.

 
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