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As máscaras da comédia


Exposição de máscaras e figurinos típicos da Commédia Dell’Arte

O professor, diretor, artista mascareiro e agora curador Andreazza cede parte de sua coleção para “Máscaras da Commedia Dell'Arte”, exposição realizada na sede do Instituto Italiano di Cultura de São Paulo. A mostra apresenta uma série de máscaras e figurinos dos personagens que se tornaram célebres nesse gênero cômico teatral, caracterizado pelo improviso e pela composição das personagens, tradicional da Itália. Uma seleção de livros da biblioteca do instituto sobre o tema, com textos de Carlo Goldoni a Dario Fó, também está exposta. No dia 28, às 19h, o ator e produtor teatral veneziano Alvise Camozzi discorre sobre as origens da Commedia Dell'Arte, em uma aula-espetáculo que acontece na Sala Azurra. Em seguida, Andreazza comenta os processos de criação e produção de suas máscaras. Os interessados podem se inscrever pelo tel. 3660- 8888. A exposição é gratuita e fica em cartaz até dia 29 de fevereiro, de segunda a quinta, das 15h às 17h, no instituto (av. Higienópolis, 436).

 

Cores que criam espaço

A Pinacoteca do Estado apresenta “Cor-Espaço”, de Gonçalo Ivo. Com curadoria de Fernando Cocchiarale e cerca de oito telas grandes, além de 21 objetos de madeira, a mostra traz um artista intuitivo e sensível. “A cor me faz pensar plasticamente. Estou mais ligado a uma ação cromática do que à estrutura formal”, diz ele. Ivo é formado em arquitetura pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e foi o primeiro de sua geração a expor, individualmente, no Museu de Arte Contemporânea do Rio de Janeiro, em 1994. Ele se concentra em criar espaços a partir da cor, em sua obra equivalente à forma. Sua pintura conta com amplo repertório de culturas tradicionais, como papéis de orações chineses e tecidos africanos, mas ao extravasar para outros suportes (as toras de madeira) é que demonstra todo o seu potencial e contemporaneidade. A exposição fica em cartaz até 30 de março, de terça a domingo, das 10h às 18h. A Pinacoteca fica na Praça da Luz, 2. Mais informações pelo tel. 3324- 1000. A entrada custa R$ 4,00, à exceção dos sábados, quando é gratuita.

 

As onze artistas de Gaia

Para comemorar seus dez anos de existência, o Grupo Onze, associação de onze artistas concebida em onze de novembro de 1997, promove a exposição “Transgressões em Gaia”, realizada no edifício Villa-Lobos Cultural. A mostra ilustra, através de aquarelas, figuras superpostas e xerocopiadas, montagens e instalações, os problemas ambientais provocados pela ação humana. As onze obras levam títulos como Pise a Terra com Cuidado, Rio Submerso, Lixo Humano e Equilíbrio e Desequilíbrio. Segundo Daisy Peccinini, que assina o texto de apresentação do evento, “as abordagens das participantes da exposição são múltiplas, diferenciadas entre si; operam mediante obras no espaço, que materializam pensamentos sensíveis, articulando fragmentos do sentir do aqui e agora”. A exibição é gratuita e fica em cartaz até 12 de março, de segunda a sexta, das 10h às 19h, e sábado, das 9h às 13h, no Villa-Lobos Cultural (av. das Nações Unidas, 4.777). Mais informações pelo tel. 3225-0716.

 

Vida e obra de Fernando Lemos

A trajetória profissional de Fernando Lemos, artista português radicado no Brasil em meados da década de 50, está exposta na Galeria Olido em “Fernando Lemos Preto e Branco”, com entrada franca (de terça a sexta, das 9h às 21h30, sábado e domingo, das 12h30 às 20h). A vida de Lemos foi marcada por oscilações no âmbito público e privado; ele vivenciou o turbulento movimento surrealista de então e participou, junto de outros artistas de seu país, da oposição à ditadura de Salazar. No Brasil, Lemos foi ilustrador do Suplemento Literário de O Estado de S. Paulo e Revista Manchete, dando seqüência a inúmeros trabalhos gráficos. Destacou-se também em sua carreira como gestor público, assumindo a direção do Centro Cultural São Paulo (CCSP). Além da exposição, Aracy Amaral e Martin Grossmann encabeçam um debate sobre a vida e obra do artista no dia 8 de março, às 16h. A Galeria Olido fica na av. São João, 473, Centro. Mais informações pelo tel. 3331-0001.

 

Studio Brasília

Thera Regouin, artista plástica proveniente dos Países Baixos, realiza a exposição individual “Studio Brasília”, que reúne 29 obras feitas em óleo sobre tela e óleo sobre acrílico sobre tela. Com destaque para texturas e cores, em especial as séries em azul, amarelo e vermelho, Thera descarta ornamentos, símbolos e metáforas. “Na minha pintura eu procuro traduzir emoção e raciocínio, através do poder da cor e da forma em uma linguagem visual que evoca harmonia e equilíbrio, como se eu tivesse que criar uma ordem dentro do caos, não como uma fuga da realidade, mas como uma realidade mais pura, mais profunda”, diz a pintora. A exibição tem curadoria de Josette Mazella di Bosco Balsa e fica em cartaz até dia 8 de março (segunda, das 8h às 20h; de terça a sexta, das 8h às 21h; e sábado, das 9h às 15h) no Instituto Cervantes, localizado na av. Paulista, 2.439. Mais informações pelo tel. 3897-9609. Entrada franca.

 

São Paulo, por Renée Lefèvr


Abaporu, que inspirou o Manifesto Antropófago

O Espaço Cultural BM&F oferece a exposição “São Paulo de Renée Lefèvre – Homenagem aos 454 Anos da Cidade de São Paulo”, em cartaz a partir desta quarta, dia 27. Com 29 pinturas, desenhos e nanquim, além de livros e objetos pessoais de colecionadores particulares e familiares da artista, é possível vislumbrar um pouco da antiga cidade, vista sob a perspectiva de Renée. Por seus trabalhos se tornaram conhecidas igrejas, conventos e casarios tanto da cidade como de outros estados. Estão em exibição obras como Casas da Rua Barão de Iguape, de 1934; Parque do Ibirapuera, de 1937; Açougue da Rua Martinico Prado, também de 1937; Avenida Nove de Julho, de 1946; e Praça da República, de 1956. A temporada vai até 25 de abril na Praça Antonio Prado, 48, Centro (de segunda a sexta, das 10h às 17h). Mais informações pelo tel. 3119-2404. Entrada franca.

 

A história da casa brasileira

Pela primeira vez em duas décadas, o Museu da Casa Brasileira (MCB) exibe mais de 250 peças de seu acervo em uma exposição que ocupa todo o piso térreo do solar, permitindo uma visão do conjunto da coleção. “A Casa Brasileira do MCB – Memórias de um Acervo” revela valores e necessidades que moldaram, ao longo de quatro séculos, a diversidade formal para a mesma função. A mostra aproxima o observador do cotidiano, permitindo uma análise dos hábitos e identidades, além da transformação ocorrida e estilos do mobiliário do país através do tempo. A título de exemplo, estão em exibição uma cama de bilros de Portugal, datada do século 17, e um banco Trumai, em forma de anta, original do Xingu, tradicionalmente utilizado em rituais indígenas. A exposição fica em cartaz até 30 de março, de terça a domingo das 10h às 18h, no museu (av. Brig. Faria Lima, 2.705, Jardim Paulistano). Os ingressos custam R$ 4,00. Mais informações pelo tel. 3032-3727.

 
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O Jornal da USP é um órgão da Universidade de São Paulo, publicado pela Divisão de Mídias Impressas da Coordenadoria de Comunicação Social da USP.
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