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A arte nipo-brasileira

Em homenagem ao centenário da imigração japonesa no Brasil, o Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB) reúne 130 obras e documentos dos artistas Tsuguharu Foujita e Tadashi Kaminagai, além do brasileiro Jorge Mori, descendente de imigrantes japoneses. “Um Círculo de Ligações: Foujita no Brasil/ Kaminagai e o Jovem Mori” estréia neste sábado, dia 8, e traz as diferentes perspectivas desses pintores sobre o país, assim como documentos e desenhos assinados por Cândido Portinari, Ismael Nery e outros modernistas que conviveram com os artistas. Foujita foi um dos pioneiros a utilizar pintura a óleo na arte japonesa; ele veio para o Brasil em 31, quando conheceu Portinari, a quem recomendou, anos mais tarde, Kaminagai. Este, mesmo encerrado em um mosteiro aos 14 anos, sempre se dedicou ao desenho, de modo que veio a romper com o tradicionalismo japonês para estudar na França. Lá tornou-se renomado produtor de molduras e pintor, funções que exerceu também no Brasil. Jorge Mori, paulistano, embora tenha freqüentado academias francesas de arte, tornou-se autodidata, copiando obras clássicas no Museu do Louvre para aprender as técnicas dos mestres. A temporada vai até 1º de junho, no CCBB, que fica na r. Álvares Penteado, 112, Centro (terça a domingo, das 10h às 20h). Entrada franca. Mais informações pelo tel. 3113-3651.

 

Contaminação

A Pinacoteca do Estado apresenta “Contaminação”, site specific da artista portuguesa Joana Vasconcelos com curadoria de Ivo Mesquita. A obra faz parte do Projeto Octógono de Arte Contemporânea e traz novos significados a objetos do cotidiano, como retalhos de tecidos e crochês. Penetra a arquitetura do Octógono com um corpo têxtil, colorido, disforme e tentacular, contornando vãos e transformando espaços em objetos de percepção. A artista questiona a racionalização do ambiente arquitetônico em um momento em que a segurança e a saúde imperam sobre a rotina diária. São notáveis o espírito de transgressão e a ênfase ao poder do hedonismo e sensualismo de costumes, em oposição ao individualismo. Fica em cartaz até 20 de abril (terça a domingo, das 10h às 18h) na Pinacoteca, localizada na Praça da Luz, Centro. As entradas custam R$ 4,00, à exceção dos sábados, quando são gratuitas. Mais informações pelo tel. 3324-1000.

 

Individuais no Tomie Ohtake

O Instituto Tomie Ohtake apresenta três exposições individuais dos artistas Anna Letycia, gravadora carioca, Cristiano Mascaro, influente fotógrafo, e Dudi Maia Rosa, com pinturas inéditas. Anna participou da era de ouro da gravura brasileira (décadas de 40, 50 e 60), quando o país foi premiado nas Bienais de Viena e Paris. Estão expostos cerca de 80 trabalhos, que assumem uma postura original e moderna, sempre fiel à natureza reflexiva da artista (em cartaz até 13 de abril). A mostra “Cristiano Mascaro – Todos os Olhares” reúne 50 imagens em preto-e-branco selecionadas pelo crítico Agnaldo Farias em parceria com o fotógrafo. São fotos de paisagens urbanas que ressaltam “a fotografia como um problema de linguagem”, explica Farias (até 4 de maio). Por fim, “Eu Sou um Outro – Pinturas Recentes de Dudi Maia Rosa” traz 22 obras exibidas pela primeira vez ao público, que exploram o brilho, a opacidade e a transparência. Parte da frase de Rimbaud “Eu sou um outro” como declaração do gosto pelo diverso, assim como pela liberdade de perceber e criar (até 27 de abril). O instituto fica na av. Faria Lima, 201, Pinheiros, e funciona de terça a domingo, das 11h às 20h. Mais informações pelo tel. 2245-1900. Entrada franca.

 

Magnum 60 Anos

Em sua primeira coletiva no Brasil, a agência fotográfica Magnum, que alterou o modo de fazer fotojornalismo e criou nova linguagem visual, promove a exposição “Magnum 60 Anos”, com curadoria de João Kulcsár. Fundada em 1947, após a Segunda Guerra Mundial, por Henri Cartier-Bresson, Robert Capa, David Seymour e George Rodger, foi organizada como cooperativa de fotógrafos individuais com direito a posse de negativos, edição e assinatura de ensaios. Cobriu momentos como a Guerra do Vietnã, Guerra na ex-Iugoslávia, o funeral de Gandhi, Primavera de Praga e 11 de Setembro, entre outros. Estão em exibição 50 imagens coloridas e em preto-e-branco, divididas nos seguintes temas: A Tradição da Magnum, Momentos, Retratos, Novas Perspectivas, Fotografia Documental Contemporânea e Magnum in motion. Acontece na Caixa Cultural (av. Paulista, 2.083) de terça a sábado, das 9h às 21h, e domingo, das 10h às 21h, até 6 de abril. Mais informações pelo tel. 3321-4400. Entrada franca.

 

O Mundo em uma Ilha

Paulo Sehlaoer, um dos atuais fotógrafos da Folha de S. Paulo e formando em Jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP apresenta um resumo de dois anos de experiência na cidade de Nova York na exposição fotográfica “Gotham, o Mundo em uma Ilha”. Os trabalhos serão exibidos a partir desta quinta, dia 6, no espaço D'Ávila e reúnem imagens da diversidade nova-iorquina que tanto inspirou o artista: são fotos de latinos, bengalis, porto-riquenhos e coreanos nas ruas da cidade, assim como comemorações do 11 de setembro, parques e cenas urbanas que traçam uma crônica do dia-a-dia. As 30 fotografias ilustram a pesquisa de iluminação feita por Sehlaoer durante sua permanência no International Center of Photography e exprimem o olhar fotojornalístico e a curiosidade do autor ante a heterogeneidade do homem. Em cartaz até abril na ECA, que fica na av. Prof. Lúcio Martins Rodrigues, 443, Cidade Universitária. Mais informações pelo tel. 3091-4112.  

 

Do Desespero à Dignidade

O Sesc Vila Mariana inaugura nesta sexta, às 19h30, a exposição “Do Desespero à Dignidade – Histórias de Esperança na Jornada da Mulher por Justiça e Igualdade”, do fotógrafo Érico Hiller. São 32 fotos em preto-e-branco que exibem o ponto de vista do artista sobre o sofrimento das mulheres em torno do mundo, resultado de dois anos de pesquisa em que assistiu e fotografou países como Brasil, África do Sul e Quênia. Hiller explica que “quando passei a abrir meus olhos para esta tragédia sem precedentes que está em curso, iniciei uma grande pesquisa tentando fazer uma espécie de inventário dos flagelos do gênero feminino pelo mundo”. Também retrata o esforço de pessoas que buscam inspirar justiça e esperança a partir de seus gestos e projetos. Na ocasião do lançamento da mostra, às 20h, o fotógrafo realiza a discussão O Fotógrafo em Busca da Pauta, relativa à pesquisa, patrocínio e viabilização do projeto fotográfico. Os ingressos custam R$ 4,00 e podem ser adquiridos na bilheteria do Sesc, que fica na r. Pelotas, 141. Mais informações pelo tel. 5080-3000. Em cartaz até 6 de abril.

 
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O Jornal da USP é um órgão da Universidade de São Paulo, publicado pela Divisão de Mídias Impressas da Coordenadoria de Comunicação Social da USP.
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