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Marcas da Violência


Old Boy, filme coreano de Park Chan-Wook

Um panorama do gênero está sendo apresentado no Cinusp. Nesta semana serão exibidos os seguintes filmes: Old Boy (Coréia do Sul, 2004), de Park Chan-Wook, em que a violência é um recurso para redimir a existência roubada dos personagens principais, levando os espectadores a se questionarem sobre os dilemas morais a partir da história de um homem que é levado à delegacia por estar embriagado e ao sair, depois de ligar para casa de uma cabine telefônica, desaparece, descobrindo logo depois pela TV que é o principal suspeito pelo assassinato brutal de sua esposa (terça e quinta, às 16h, e quarta e sexta, às 19h); Kill Bill Vol. 1 (EUA, 2003), de Quentin Tarantino, sobre um grupo de assassinos profissionais liderado por Bill chega ao casamento de uma ex-assassina (Uma Thurman no papel da noiva), promovendo um massacre, em que a noiva é tida como morta, mas sobrevive permanecendo em coma por diversos anos em um hospital, até que ao acordar inicia sua vingança, que continua em Kill Bill Vol. 2 (segunda e quinta, às 19h, e quarta e sexta, às 16h); e Cidade Oculta (Brasil, 1986), de Chico Botelho, com referências de filmes noir, elementos de históriaa em quadrinhos e flash-backs para contar a história de uma dançarina de cabaré que se envolve com bandidos em São Paulo, tornando-se alvo de policiais corruptos (segunda, às 16h, e terça, às 19h). No Cinusp (r. do Anfiteatro, 181, favo 4 das Colméias, Cidade Universitária, tel. 3091-3540). Grátis.

 

Iluminação cinematográfica

O Centro Cultural São Paulo exibe obras que têm assinatura de Vittorio Storna, mestre da iluminação cinematográfica, especialmente reconhecido pelo uso da sensibilidade de cor em filmes e vencedor três vezes do Oscar. Entre os destaques estão O Pássaro da Pluma de Cristal (Itália/Alemanha, 1970), de Dario Argento, sobre um escritor americano que vive em Roma e testemunha o assassinato de uma mulher, decidindo investigar por conta própria o crime (terça, às 16h); O Último Tango em Paris (França/Itália, 1972), de Bernardo Bertolucci, clássico sobre um americano de meia-idade, que vive em Paris, e tenta se recuperar do choque causado pelo suicídio da mulher (terça, às 18h); e Escrevendo com a Luz (Inglaterra, 1992), de David Thompson, documentário que aborda a carreira do diretor de fotografia Vittorio Storano, com depoimentos de Bertolucci, Francis Ford Coppola e Warren Beatty (quarta, às 20h). Até domingo, no Centro Cultural São Paulo (r. Vergueiro, 1.000, Paraíso, tel. 3383-3402). Os ingressos são gratuitos.

 

História do cinema

Está em cartaz mostra que integra o curso livre Uma História do Cinema, organizado em parceria com o Departamento de Rádio, Televisão e Cinema da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP. Em março será apresentado Robert Flaherty: Uma Trajetória, exibindo os filmes 24 Dollar Island (EUA, 1927), estudo sobre Nova York e o cotidiano de seus portos; e Moana (EUA, 1926), relato visual da vida de uma jovem polinésia (nesta terça); Tabu: a história dos mares do sul (EUA, 1931), filmado em Taiti e Bora-Bora, entre 1928 e 1929, mostrando a história da consagração de uma donzela aos deuses, argumento de F. W. Murnau e Robert Flaherty (dia 18); Industrial Britain (Inglaterra, 1931), uma inspeção da indústria britânica, enfatizando a importância dos construtores de navios, e O Homem de Aran (Inglaterra, 1934), dramático documentário sobre a vida nas ilhas Aran, costa oeste da Irlanda (dia 25). A mostra continua até 15 de abril, sempre às 19h, na Sala Cinemateca (Largo Senador Raul Cardoso, 207, Vila Mariana). Mais informações pelo tel. 3512-6111, ramal 215. No mesmo local, nesta quinta, a partir das 21h, em sessão especial do projeto Curta Cinemateca, serão exibidos obras de novos realizadores, como Crônica de uma Imagem Musicada, de Pedro Jorge, sobre um escritor obcecado por cigarros, café e jazz.

 

O Universo de Jacques Demy


Os Guarda-Chuvas do Amor, Palma de Ouro em Cannes

O trabalho do diretor francês revela uma visão peculiar do mundo ao traçar paralelos com os musicais americanos e filmes do realismo poético francês. Na mostra, que abre nesta quarta e vai até 23 de março, são exibidos cinco produções do diretor, além de um documentário sobre sua vida, realizado pela diretora Agnès Varda, sua ex-mulher. Entre os destaques está Os Guarda-Chuvas do Amor (França/Alemanha, 1964), que ganhou a Palma de Ouro no Festival de Cannes, filme contra a guerra, sobre a filha de uma mulher que possui um comércio de guarda-chuvas, que tem que decidir entre esperar por seu amor, que foi servir ao exército na Argélia, ou se casar com um comerciante de diamantes. Ainda na programação, Lola (França, 1961), uma dançarina de cabaré que aguarda a volta do namorado que foi tentar a sorte na América; Pele de Asno (França, 1970), baseado na história de Charles Perrault, em que uma rainha no leito de morte faz o rei prometer que só se casará novamente com uma mulher mais bela que ela, no caso a filha; Duas Garotas Românticas (França, 1967), história de duas irmãs gêmeas; A Baía dos Anjos (França, 1962), sobre uma parisiense de meia-idade que deixa seu marido e filhos para se aventurar no mundo das apostas em Nice; e o documentário A Fuga dos Meninos Perdidos (França, 1991), assinado por Agnès Varda, que o diretor conheceu em 1958 e dividiu sua vida desde então. Sessões a partir das 15h, no Centro Cultural Banco do Brasil (r. Álvares Penteado, 112, Centro, tel. 3113-3651). Entrada franca.

 
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O Jornal da USP é um órgão da Universidade de São Paulo, publicado pela Divisão de Mídias Impressas da Coordenadoria de Comunicação Social da USP.
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