Vamos
 

 

Homenagem ao centenário da imigração japonesa


Doce céu de santo Antônio, de Marepe

O mês de abril reúne grande número de atividades em homenagem ao centenário da imigração japonesa em vários pontos de São Paulo. A Casa de Portugal promove a mostra “Arte & Liberdade”, com 25 artistas plásticos brasileiros e nipo-brasileiros e temporada até o dia 18 de abril. O grupo expõe cerca de 50 obras, principalmente pinturas e esculturas, que remetem à cultura nipônica e revelam a miscigenação do país. Participam artistas de renome como Marcio Schiaz, Luiz Bayón, Yukata Toyota, Milton Takada, Virgínia Sé, Dircéa Mountfort, Elza Oda e Helena Aico. Destaque para a pintura a óleo de Márcio Bracali, Geisha Tocando Samishen, um tributo à mistura cultural entre os dois povos.

Marepe e Coletivo Sanaa
A instalação Timeless, de Naoki Hamaguchi e Setsuko Kawahara

Na próxima quinta, dia 10, às 20h, o Museu de Arte Moderna (MAM) inaugura “Quando Vidas se Tornam Forma: Diálogo com o Futuro”, que apresenta a arte contemporânea japonesa e brasileira. Com curadoria de Yuko Hasegawa, do Museu de Arte Contemporânea de Tóquio (MOT), mostra aspectos da arquitetura, moda, arte e design em cerca de 140 obras de 18 artistas japoneses e 21 brasileiros. A produção artística se inspira em acontecimentos do cotidiano e da vida comum, assim como no conhecimento e consciência coletivos, em contraponto ao materialismo e individualismo que conduziram os anos 80 e 90. A improvisação, equivalente ao conceito do mitate no Japão, é um dos traços que caracterizam a mostra: objetos comuns ganham novo status de acordo com a utilização e percepção que se têm deles. Paralelamente, no dia 11 de abril, às 10h, no Auditório Lina Bo Bardi, a assistente do estilista japonês Dai Fujiwara discorre sobre as idéias embutidas em A-Poc, instalação integrante da exposição criada por Fujiwara e em que várias peças de roupa em jeans emendadas formam uma espécie de sala em que o espectador pode encaixar seus braços e pernas (entrada franca).

Já o Sesc Avenida Paulista apresenta duas exposições e uma instalação integrantes do evento Tokyogaqui. São elas, respectivamente: “Tradição Pop”, “Ohno 101 + Kusuno” e Timeless. A primeira apresenta experiências das metrópoles Tóquio e São Paulo, celeiros culturais de todos os tipos, e mixa elementos da tradição japonesa a formas artísticas dos dias atuais, como cultura pop, consumo e arte contemporânea, os limites da arte, velocidade, o excesso e o vazio. A segunda reúne fotos, vídeos, objetos pessoais, performances, espetáculos, filmes e idéias do ator e dançarino Kazuo Ohno. Trata-se de um elogio ao butô, técnica que combina dança e teatro e foi criada no Japão, na década de 50. Timeless é uma criação de Naoki Hamaguchi e Setsuko Kawahara, residentes em Londres, que propõem uma visão dinâmica da comunicação entre aspectos tradicionais e contemporâneos da arte japonesa através de filmes, sons e tecidos. Vídeos são projetados em um quimono com seda e fios de algodão fluorescente que armazenam luz e brilham no escuro, originando elementos que sugerem caminhos de encontro entre passado e presente do Japão.

“Arte & Liberdade” vai até 18 de abril, de segunda a sexta, das 10h às 17h, com entrada franca, na Casa de Portugal em São Paulo (av. Liberdade, 602, tel. 3209-5554); “Quando Vidas se Tornam Forma: Diálogo com o Futuro” fica em cartaz até 22 de junho, de terça a domingo e feriados, das 10h às 18h, no MAM (Parque do Ibirapuera, portão 3, tel. 5085-1300), com ingressos a R$ 5,50; e Timeless, “Tradição Pop” e “Ohno 101 + Kusuno” ficam expostas até 4 de maio, de terça a domingo, das 13h às 21h, com entrada franca, no Sesc Avenida Paulista (av. Paulista, 119, tel. 3179-3700).

 

A obra de Pablo Palazuelo


Mostra inédita do artista espanhol Pablo Palazuelo

A Estação Pinacoteca e a Sociedad Estatal para la Acción Cultural Exterior (Seacex) apresentam “Pablo Palazuelo – Processo de Trabalho”, uma exposição inédita no Brasil com 160 obras do artista. São pinturas e guaches de caráter performático e teatral, com base no pensamento filosófico e esotérico e inspiradas em Paul Klee. A busca pela forma geométrica é uma constante em seu trabalho, partindo do processo de descoberta de novos contornos. Palazuelo é considerado por sua arte abstrata uma das figuras-chave do meio artístico espanhol na segunda metade do século 20. Em 2004 recebeu o Velázquez, o mais importante prêmio de artes plásticas da Espanha. A mostra conta com curadoria de Manuel Borja J. Villel, diretor do Museu Nacional Centro de Arte Reina Sofia, de Madri, e Teresa Grandas, curadora do Museu d’Art Contemporani de Barcelona (Macba). Em cartaz até 25 de maio, de terça a domingo, das 10h às 18h, na Estação Pinacoteca (Largo General Osório, 66). Mais informações pelo tel. 3337-0185. Os ingressos custam R$ 4,00.

 

Quase Líquido

Foto crédito: divulgação
O projeto de intervenção Pets propõe uma reflexão sobre o estado degradado dos rios urbanos

Inspirada no fluxo do rio Tietê, a mostra coletiva “Quase Líquido” traça um paralelo entre dilemas contemporâneos e a consistência “gelatinosa” do rio, de semiliquidez. Na exposição, 14 artistas exibem 22 obras inspiradas em problemas comuns nas grandes cidades, como o incômodo gerado pela poluição da água, o preço cobrado por confortos e tecnologia, e sentimentos que vão da solidão à violência. São vídeos, instalações e imagens de artistas como Ricardo Basbaum, Rivane Neuenschwander, Lúcia Koch e Rosângela Rennó. O paulistano Eduardo Srur apresenta um desdobramento da mostra nos canteiros entre as pontes do Limão e da Casa Verde. Pets é composta de 20 garrafas infláveis gigantes enfileiradas na marginal Tietê. Em cartaz até 25 de maio, de terça a sexta, das 10h às 21h, sábados, domingos e feriados, das 10h às 19h. A exposição é gratuita e acontece no Itaú Cultural, que fica na av. Paulista, 149. Mais informações pelo tel. 2168-1776.

 
PROCURAR POR
NESTA EDIÇÃO
O Jornal da USP é um órgão da Universidade de São Paulo, publicado pela Divisão de Mídias Impressas da Coordenadoria de Comunicação Social da USP.
[EXPEDIENTE] [EMAIL]