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precursoras na utilização do sampler como instrumento musical e grupo de rock dentre os mais influentes da época, que recebeu no ano passado indicação ao Grammy. Um dos seus criadores Franz Treichler (vocalista e compositor), que permanece em todas as formações, se apresenta ao lado Bernard Trontin (bateria) e Al Comet (teclados e samplers), e no repertório, apesar de possuir uma sonoridade agressiva, interpreta as músicas no formato acústico, com uma roupagem mais intimista às composições. As apresentações acontecem nesta semana, sempre às 21h, com abertura de Alberto Marsicano, com clássicos indianos (na quinta), do grupo gaúcho Júpiter Maçã, com ritmos brasileiros, psicodélicos e bossa nova (na sexta), e de Rogério Skylab e sua parafernália, tocando rock, sambas, baladas e seus experimentalismos (no sábado).
Também nesta semana acontece o pocket show “Noites Sujas: Blake Out”, um tributo ao poeta William Blake, com o ator Jorge Emil, que lê os poemas do autor visionário, tendo ao fundo um quarteto de jazz que organiza seus acordes de forma caótica, com clima atonal, ao mesmo tempo em que são exibidos em um telão imagens caleidoscópicas das iluminuras de Blake, além de trechos de performances e filmes ícones da contracultura mundial (terça, quinta e sexta, às 21h e 22h). A Cia. Nova Dança 4, dirigida por Cristiane Paoli Quito, ocupa o espaço cênico da área punk da exposição, com seu projeto Série Antropofágica, revisitando o conceito dentro do processo da informação (de 25 de abril a 4 de maio, sextas e sábados, às 21h, exceto no dia 26, durante a Virada Cultural, com apresentações às 20h e 0h).
 Já a mostra de filmes reúne 37 títulos, em uma sala especialmente montada para o evento, com um total de 80 lugares, e sessões a partir das 14h. Entre os destaques, Poeta do Submundo – William S. Burroughs: Commissioner of Sewers (EUA, 1991), de Klaus Maeck, documentário com entrevistas, material de arquivo e uma audiência pública que ele fez em 1986, em Berlim, retratando um dos mais criativos e subversivos escritores americanos; e The Committee (Inglaterra, 1968), de Peter Sykes, com Paul Jones, líder da cultuada banda Manfred Mann, em um controverso filme que explora as tensões geradas entre a burocracia estatal e a liberdade individual, incluindo trilha sonora de Pink Floyd. Também serão apresentados filmes assinados por Lindsay Anderson (Se), Serge Gainsbourg (Melody), Dennis Hopper (Easy Rider – Sem Destino), Alejandro Jodorowsky (A Montanha Sagrada) e David Cronenberg (Mistérios e Paixões). Há ainda sessões especiais dedicadas aos artistas Andy Warhol e José Agripino de Paula e ao poeta Roberto Piva, além de exibição de curtas, como The Cut-Ups (1966), de William Burroughs e Bryon Gysin, em que utilizam o extremo da experimentação visual ao empregar o método do cut-up, técnica de colagem dadaísta.
Encerrando a programação, acontecem 12 mesas de debates, com mediação do escritor e jornalista Alex Antunes, trazendo 25 convidados, como o poeta, ensaísta e tradutor Cláudio Willer, o poeta e sociólogo Roberto Piva, o poeta Chacal e o escritor João Silvério Trevisan. Entre as temáticas, O que é Contracultura? (nesta quarta), Tropicália & Mutantes: Um Exercício em Antropofagia (dia 23 de abril) e Contracultura e Multiculturalismo: A Voz Sussurrante do Oriente (dia 30 de abril).
O evento Vida Louca, Vida Intensa – Uma Viagem pela Contracultura começa nesta terça, para convidados, e será aberto ao público a partir de quarta, com temporada até 22 de junho, no Sesc Pompéia (r. Clélia, 93, tel. 3871-7700). O valor dos ingressos dos shows é de R$ 24,00.
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