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Estúdios e lofts na Casa Cor 2008


A Casa Dourada, de Brunete Fraccaroli

Acaba de ser inaugurada a 22ª edição da Casa Cor, montada em uma área de 6.500 metros quadrados do Jockey Club. Sob a direção do empresário, jornalista e publicitário João Dora Jr., traz entre as novidades aulas gratuitas de decoração, palestras com profissionais consagrados e um espaço que presta homenagens a grandes nomes da arquitetura, que neste ano é Oscar Niemeyer.
Mais de 80 arquitetos se debruçaram sobre o tema Vila de Casas, e o resultado são vários lofts e estúdios, como A Casa Dourada, de Brunete Fraccaroli, projeto em que ela optou por abolir as divisórias, integrando todos os espaços, e investindo também no branco e prata, apostas para a próxima estação; o Estúdio do Bem-Estar, criado por Patrícia Martinez, com uma grade vermelha logo na entrada, e utilização de materiais naturais e ecologicamente corretos; o Estúdio 24/7, batizado assim por Fernanda Marques em referência à velocidade da vida na metrópole, com espaço de 330 metros quadrados em que também integra a natureza, utilizando vidro e madeira de demolição; o loft de Francisco Cálio, com uma fachada verde feita a partir de uma estrutura metálica para sustentar os porta-plantas com regras programadas por computador; e o ambiente sensorial criado por Léo Shetman, com elementos, aromas e sons da natureza, além do Estúdio 2, ambiente pop projetado pelos designers Kiko Sobrino e Alessandro Jordão. Na Casa Principal, destaque para a Sala de Jantar de Fernando Piva, com uma mesa para 14 pessoas feita a partir de uma única tora de pequiá extraída do Pará, seguindo as normas de sustentabilidade; o Quarto do Casal desenhado por Toninho Noronha, com painel que comporta home office e nicho para home theater; e o Quarto do Adolescente, de Marí Aní Ogluyan, que se inspirou na arte de rua, criando uma parede de grafite (por Alexandre Ferro). Até 9 de julho, de terça a domingo, inclusive feriados, das 12h às 21h, no Jockey Club (av. Lineu de Paula Machado, 875, Cidade Jardim). Mais informações pelo tel. 3819-7955. Ingressos: R$ 30,00 (terça a sexta) e R$ 40,00 (demais dias); estudantes com carteirinha e pessoas acima de 60 anos pagam meia-entrada; e crianças até 10 anos não pagam.

 

Mostra no Kulturfest

Viaja a partir de junho para diversas cidades brasileiras o Kulturfest, uma turnê cultural com atrações da Alemanha contemporânea nas áreas de música, teatro, artes visuais e cinema. Artistas alemães e brasileiros se reúnem uma semana em cada lugar e promovem shows com DJs e VJs, exibição de filmes recentes, teatro-cinema e performances arte-mídia, além de oficinas e encontros. Em São Paulo o projeto apresenta uma série de atrações como a exposição “Relíquias e Ruínas”, com temporada no Sesc Avenida Paulista e um conjunto de 31 obras de artistas de seis países diferentes. A mostra faz uma releitura de Patrimônios Culturais da Humanidade e propõe questões como “Qual é a função dos santuários de contemplação e da reflexão em meio à cacofonia da vida moderna?” e “Como é possível resgatar no tempo presente o conteúdo utópico do patrimônio histórico?”. A exposição é gratuita e vai até 13 de julho, de terça a sexta, das 11h às 21h, e sábados, domingos e feriados, das 11h às 20h, no Sesc (av. Paulista, 119, tel. 3179-3700). Informações no site www.kulturfest.com.br

 

World Press Photo


Operação no Afeganistão, de Balazs Gardi, da Hungria

A 51ª edição da mais importante mostra de fotojornalismo mundial já está em cartaz. “World Press Photo 2008” reúne 185 fotografias premiadas de mais de 80 mil concorrentes, inscritas por 5.019 fotógrafos de 125 países. As imagens dos 59 fotógrafos selecionados estão montadas em painéis, e classificadas em dez modalidades, entre elas Notícias em Destaque, Natureza, Retratos, Esportes em Geral, Arte e Entretenimento e Assuntos Atuais. A grande vencedora é a foto de Tim Hethergington (Reino Unido), tirada em 16 de setembro de 2007, retratando um soldado norte-americano em uma trincheira, do Afeganistão, e publicada pela revista Vanity Fair. São Paulo é o primeiro local da América Latina a receber a exposição itinerante, que depois segue para outras 85 cidades do mundo. Mais informações e as fotos premiadas estão no site da Fundação World Press Photo, organizadora do concurso anual. Até 15 de junho, de terça a sábado, das 10h às 20h, e domingos e feriados, das 10h às 19h, no Galpão do Sesc Pompéia (r. Clélia, 93, tel. 3871-7700). Grátis.

 

Gravuras de Claudio Mubarac


Retrospectiva dos últimos dez anos do gravador Claudio Mubarac

Reconhecido como um dos mais consistentes gravadores de sua geração, Claudio Mubarac ganha mostra no Instituto Moreira Salles. “Claudio Mubarac – Idéias de Fabricação: Pequeno Atlas” percorre os dez últimos anos de sua carreira. No total são 103 obras, em que explora diversas técnicas de gravura, muitas vezes sobre a mesma matriz, característica principal em seu trabalho, além da apropriação de formas gráficas, inclusive as não artísticas, como as imagens publicitárias. Outro aspecto singular de sua produção é o fato do artista não se preocupar com a tiragem, contrariando a prática, e tampouco em proteger as matrizes de metal da ação oxidante do tempo, já que a dimensão do que vem produzindo é reduzida não ultrapassando os 30 x 40 centímetros. Destaque para a série baseada em chapas de raio X (dos quadris, tórax e braços do próprio artista, que sofreu um acidente de carro em 1988). A exposição pode ser vista até 27 de julho, de terça a sexta, das 13h às 19h, e sábados, domingos e feriados, das 13h às 18h, no IMS (r. Piauí, 844, 1o andar, tel. 3825-2560); e também na Galeria IMS do Unibanco Arteplex (r. Frei Caneca, 569, 3o piso, tel. 3255-8816). Grátis.

 

Pessoas suspensas na Paulista


A videoinstalação Ponte, com pessoas suspensas no vazio

Imagens de pessoas são projetadas toda noite na ponte que liga o Sesc Avenida Paulista ao prédio vizinho. Trata-se da videoinstalação Ponte, criada pela artista plástica Raquel Kogan e a video-maker Lea Van Steen, que traz a ilusão de que homens e mulheres estão suspensos no vazio. Ao entrar no espaço do nono andar, os visitantes vêem, através do vidro, imagens de pessoas se aproximando, crianças correndo e senhoras conversando, tudo em tamanho real e sonorizado. O público também pode ter sua reprodução refletida, mas para isso precisa estar com roupas coloridas. A videoinstalação explora novas técnicas de projeção, imersão e interação a partir de um fenômeno ótico de reflexão, só possível de ser reproduzido à noite. Em cartaz até 8 de junho, de terça a sábado, das 18h às 22h, e aos domingos, das 18h às 20h, no Sesc (av. Paulista, 119). Mais informações pelo tel. 3179-3700. Grátis.

 

O Caminho Entre a Vida e a Ficção

Nesta quarta, às 19h30, será inaugurada a exposição “Alfonso Reys – O Caminho Entre a Vida e a Ficção”, reunindo 71 fotografias do escritor mexicano, além de manuscritos e documentos e os 26 livros do autor. Nos anos 30, Alfonso Reyes (1889-1959) se estabeleceu no Brasil como embaixador do México, convivendo com poetas como Cecília Meireles e Manuel Bandeira, e mantendo um forte vínculo profissional com Cândido Portinari, que lhe renderam trabalhos importantes como os volumes de prosa e poesia Testimonio de Juan Peña e Tren de Ondas, Romances del Río de Enero e Minuta, assim como as páginas agrupadas que receberam o título de História Natural das Laranjeiras. Na ocasião será realizada uma mesa de debate sobre a vida e obra do escritor mexicano, com a participação da neta do autor Alicia Reyes (diretora da Capilla Alfonsina na cidade do México) e Héctor Perea, escritor e especialista em Reyes, com mediação de Andrés Ordóñez, cônsul geral do México no Rio de Janeiro. A exposição fica em cartaz até 28 de junho, segundas, das 8h às 20h, de terça a sexta, das 8h às 21h, e sábados, das 9h às 15h, no Instituto Cervantes (av. Paulista, 2.439, térreo, tel. 3897-9609). Entrada franca.

 

O Japão Daqui

O Museu da Língua Portuguesa traz uma mostra interativa, provando que muitas roupas, frutas, brinquedos e até palavras comuns do paulistano têm origem japonesa. São grandes cilindros temáticos, que funcionam como cabines, em que o público conhece mais sobre a maçã fuji, a mexerica poncã, o morango e até a uva Itália, ingredientes trazidos do Japão; pode assistir a vídeos que mostram a maneira correta de usar o hashi ou como se sentar no tatame; e até testar a voz em um karaokê, cantando músicas brasileiras famosas em versão japonesa. Há também uma árvore dos desejos, que relembra a tradição oriental de pendurar papéis com os pedidos em galhos de bambu, e jogos e publicações como mangá e animê (estas últimas do Cilindro Pop, que inclui uma tela de plasma onde passam programas do Japan Pop Show, exibido nos anos 80 no Brasil). Curadoria de Marcello Dantas e Hélio Hara. A exposição “Japão Daqui” pode ser visitada até 29 de junho, de terça a domingo, das 10h às 18h, no museu (Praça da Luz, s/nº, Centro, tel. 3326-0775). Grátis.

 
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