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Novidades da Pinacoteca


A nova estética das cidades pelas lentes do fotógrafo André Gardenberg

A Pinacoteca expõe três novas mostras: “Arquitetura do Medo”, “Coleção Brasiliana: Versões e Narrativas” e “Nipo-brasileiros no Acervo da Pinacoteca”. A primeira será inaugurada neste sábado e reúne 80 imagens do fotógrafo André Gardenberg, que dão seguimento à trilogia iniciada com “Arquitetura do Tempo”. O artista aborda a violência urbana e nova estética das cidades, produzida pela modernidade e barbárie do ser humano. “Tento retratar todas essas barreiras, grades e cercas que, ao invés de proteger a sociedade, acaba por aprisioná-la atrás de si”, conta Gardenberg (até 10 de agosto). A segunda traz cerca de 70 obras produzidas sobre o Brasil desde o século 17, selecionadas entre os 477 trabalhos da Coleção Brasiliana-Fundação Estudar, recentemente doada à Pinacoteca. Artistas como Rugendas, Debret e Albernaz mostram em seu repertório as preocupações científicas vigentes na Europa e o interesse em enriquecer a economia e a vida cultural de seus países de origem (até 14 de setembro). Já a terceira reúne 50 obras de artistas como Tomoo Handa, Yoshiya Takaoka, Manabu Mabe e Tomie Ohtake. Contempla três momentos importantes da produção artística dos nipo-brasileiros: o período em que estiveram ligados ao Seibi-kai, organização criada em 1930; quando participaram das correntes abstratas; e do conjunto que emerge a partir da década de 70. Segundo a curadora, “ao se observar as obras produzidas, parece existir uma peculiaridade que atravessa muitos trabalhos, uma sensibilidade comum e, de alguma maneira, a constante busca da afirmação de uma identidade, de uma presença diferenciada, independente dos suportes utilizados” (até 27 de julho). As exposições ficam em cartaz de terça a domingo, das 10h às 18h, na Pinacoteca (Praça da Luz, 2, tel. tel. 3324-1000). A entrada custa R$ 4,00.

 

Memórias da Psicologia

O Instituto de Psicologia (IP) da USP promove a mostra “Memórias da Psicologia em Obras Raras e Valiosas do Século 19 e Início do Século 20”, com exposição de livros raros e instrumentos históricos. Dentre estes estão presentes o Teste de Souriciere, o Conflitógrafo, o Cinestesiômetro, o Ergógrafo, as Rodelas de Pikorskowski, o Bloco de Wiggly e o Arco de Christiaens, entre outros. As obras expostas, como Essai sur la Psycologie, Comprenam la Theorie du Raisonnememt e du Langrage, l’a Ontologie, l’esthetique et la Dicéosine, de Silvestre Pereira Ferreira, e La Science de l´ame, de Tiberghien, foram trazidas dos acervos da Biblioteca Pública do Estado da Bahia e da Biblioteca Central da PUC de São Paulo, assim como do próprio instituto. A exposição vai até 30 de junho, de segunda a sexta, das 8h às 18h45, na Biblioteca Dante Moreira Leite do IP, que fica na av. Prof. Mello Moraes, 1.721, Cidade Universitária. Entrada franca.

 

Experiências de abstração

Cerca de 30 obras de artistas brasileiros do acervo da Pinacoteca e da Fundação José e Paulina Nemirovsky estão presentes na mostra “Experiências em Torno da Abstração: uma Seleção de Artistas Brasileiros”. De origens e filiações diversas, os escolhidos para a exposição trabalharam com a linguagem abstrata no período que vai do pós-guerra aos dias atuais, livres das teorias abstracionistas do início do século 20. Conta com nomes como Amilcar de Castro, Almir Mavignier, Antonio Lizárraga, Alfredo Volpi, Fernando Lemos, Hélio Oiticica, Maria Leontina e Mira Schendel, entre outros. A partir de um vocabulário abstrato de linhas e formas geométricas ou orgânicas, esses artistas criaram novas relações com o sensível. Curadoria de Taisa Palhares. Em cartaz até 27 de julho, de terça a domingo, das 10h às 18h, na Estação Pinacoteca, que fica no Largo General Osório, 66. Mais informações pelo tel. 3324-1007. Os ingressos custam R$ 4,00.

 

Gordillo e Quejido no Masp

Foto crédito: divulgação
Relato, de Manolo Quejido, integra a mostra conjunta e itinerante

Luis Gordillo e Manolo Quejido, dois dos principais artistas contemporâneos da Espanha, expõem suas obras na mostra homônima no Museu de Arte de São Paulo (Masp). O premiado Gordillo explora em 33 pinturas, desenhos e fotomontagens a idéia de que uma imagem submetida à reprodução permanente nunca alcança um estado definitivo. Ele define sua arte como “uma necessidade de fugir, de sublimar, de exorcizar a angústia, de não se sentir lógico no mundo”. Já Quejido transmite sua preocupação com a vocação social da arte através de 58 trabalhos. Inquieto e comprometido socialmente, sua obra tem caráter conceitual e certo sentido político, sem renunciar à exploração de valores estéticos. Trata-se de uma retrospectiva das carreiras dos dois artistas, já vista no Museu de Arte de Guadalajara, no México, Museu de Belas-Artes de Caracas, na Venezuela, e Museu de Belas-Artes de Havana, em Cuba. Em cartaz até 13 de julho, de terça a domingo e feriados, das 11h às 18h (quintas até às 20h), no Masp (av. Paulista, 1578). Informações pelo tel. 3284-0574. Os ingressos custam R$ 15,00 (às terças a entrada é franca).

 

Espaços cenográficos

Foto crédito: João Caldas
Cenário de A Ópera dos Três Vinténs

São duas exposições: de cenários e figurinos de J. C. Serroni e outra sobre a história da cenografia. A primeira, “Modos Cenográficos”, já está em cartaz e traz maquetes de cenários, vídeos, figurinos e instalações, incluindo uma ala dedicada às produções teatrais infanto-juvenis. A outra, “A Evolução do Espaço Cênico Através dos Tempos”, que será inaugurada nesta segunda, é composta por desenhos, maquetes e fotografias, que contam a história da cenografia desde a Grécia antiga até os dias atuais. Paralelamente, acontece a 6a edição do Fórum Internacional de Cenografia, Iluminação e Arquitetura Teatral, com a participação de nomes como Cyro Del Nero, Cibele Forjáz, o venezuelano Edwin Eminy e a inglesa Pamela Howard, entre outros (segunda, a partir das 20h, e terça e quarta, das 10h às 18h). O projeto comemora os 10 anos do Espaço Cenográfico, laboratório permanente de estudos cenográficos, coordenado e criado por Serroni, lançando ainda uma edição especial da publicação Espaço Cenográfico News. As mostras vão até 31 de julho, sendo que a primeira está no próprio Espaço Cenográfico (r. Rego Freitas, 535, Centro), e a outra, no Teatro Cosipa Cultura, local também do fórum (av. do Café, 277, Jabaquara), sempre de segunda a sexta, das 10h às 18h. Grátis.

 
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