A Megera Domada

A Companhia Teatro do Ornitorrinco comemora seus 30 anos de carreira com a montagem de A Megera Domada, um dos clássicos de Shakespeare, que estréia nesta sexta. A comédia de costumes conta com direção de Cacá Rosset e retrata a história de Catarina, interpretada por Christiane Tricerri e Petruchio, vivido pelo próprio Rosset. Bela, indomável, irascível e de língua ferina, Catarina afasta todos os seus cortejadores. Porém, sua irmã mais nova só poderá se casar depois dela, quando o temperamental Petruchio entra em cena, na tentativa de domar a megera. Ao longo de sua história, o Teatro do Ornitorrinco já produziu várias peças de Shakespeare, como Sonho de Uma Noite de Verão e A Comédia dos Erros. A temporada vai até 30 de agosto, sextas, às 21h30, sábados, às 21h, e domingos, às 19h, no Teatro Sérgio Cardoso (r. Rui Barbosa, 153, Bela Vista, tel. 3288-0136). Os ingressos custam R$ 20,00.

Grandes atores brasileiros

Dando continuidade ao programa Homenagem aos Grandes Atores da Cena Nacional, o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) traz nesta quarta, às 19h30, Ana Lúcia Torres e Eduardo Moscovis para a leitura da peça Norma. Escrita pelos atores Tonio Carvalho e Dora Castellar, propõe uma reflexão sobre o que fazemos com nossas vidas e com as vidas das pessoas com quem cruzamos. O texto fala de amor, perdas, solidão, intolerância, a busca pela felicidade e da fragilidade humana. Os atores interpretam Norma e Renato, pessoas corajosas e assustadas, divididas entre o desejo por prazer e o medo da morte. Após cada leitura, é realizado um bate-papo dos convidados com a platéia, mediado pela atriz Clarisse Abujamra. O programa ainda irá trazer Othon Bastos, Eva Wilma, Beth Faria, Paulo Betti e Antônio Fagundes. A entrada é gratuita e os ingressos podem ser retirados com meia hora de antecedência no local (r. Álvares Penteado 112. Centro). Mais informações pelo tel. 3113-3651.

Fora do Sério

O grupo de Ribeirão Preto está comemorando 20 anos e apresenta até julho quatro peças de seu repertório, no Centro Cultural São Paulo. Auto da Barca do Inferno, texto de Gil Vicente com adaptação e direção de Jair Correia, retrata o momento em que os mortos são recebidos para iniciarem a última viagem, rumo ao céu ou inferno (quintas e sextas, às 21h); o recente A Coisa Privada, em que três senhores cansados da corrupção partem em busca de um paraíso (sábados, às 21h, e domingos, às 20h); e os espetáculos infantis A História do Barquinho, de Ilo Krugli, sobre um barquinho que esteve sempre ancorado no cais, e quando consegue se libertar chega ao mar (sábados e domingos, às 16h); e O Asno, baseado na obra de Dario Fo, uma divertida aventura sobre um dos personagens mais marcantes da história do teatro: o Arlecchino (sábados, às 11h). No Centro Cultural São Paulo (r. Vergueiro, 1.000, Paraíso, tel. 3383-3463). Os ingressos custam R$ 15,00 para os espetáculos adultos, R$ 10,00 (A História do Barquinho) e entrada franca para O Asno.

Depois de Tudo

O desabamento da obra da Estação Pinheiros de Metrô é o ponto de partida para a peça Depois de Tudo, em cartaz no Teatro Augusta. No entanto, o autor Franz Keppler vai além ao propor que o buraco pode estar em qualquer lugar, como um viaduto que desmorona ou um prédio que cai. O texto é dotado de lirismo e humor cáustico, e discute as condições de vida humana nas grandes cidades. O foco é a relação entre uma católica fervorosa e seus dois filhos, que são levados a um quarto de hotel após ter a casa condenada pela Defesa Civil. O mote são as relações humanas e familiares. A direção é de Flávio Faustinoni. A temporada vai até 3 de agosto, sextas, às 21h30, sábados, às 21h, e domingos, às 19h, na Sala Experimental do teatro (r. Augusta, 943). Mais informações pelo tel. 3151-4141. Os ingressos custam R$ 30,00.

Assombrações do Recife Velho

Assombrações do Recife Velho, peça inspirada na obra homônima de Gilberto Freyre, volta aos palcos no Espaço dos Fofos. O espetáculo mostra personagens populares narrando histórias sobre fantasmas que assombravam a região nordestina. Com direção de Newton Moreno, retoma a literatura de Freyre, em que surgem exus e diabos negros, construindo uma metáfora do fantasma do colonizador. O Papa-figo, o Lobisomem e o Boca-de-Ouro são figuras evocadas numa atmosfera de humor e mistério, contribuindo para o entendimento da formação do povo brasileiro e sua relação com entes míticos. A peça recebeu os Prêmios Qualidade Brasil de Melhor Espetáculo, Diretor e Ator (para Fernando Neves) em Comédia, além de três indicações ao Prêmio Shell em 2005. Após o espetáculo o público é convidado a jantar no local. O prato escolhido é típico da culinária nordestina. Em cartaz até 1o de setembro, sextas, às 21h30, sábados, às 21h, e domingos, às 19h, no Espaço dos Fofos (r. Adoniran Barbosa, 151, Bela Vista). O preço dos ingressos varia entre R$ 30,00 e R$ 40,00 e o jantar custa R$ 15,00. Informações no tel. 3101-6640.

Foi Carmen

A história da atriz e cantora Carmen Miranda, assim como o imaginário popular a seu respeito, é ponto de partida para o drama musical Foi Carmen, escrita por Antunes Filho. Encenada pelo grupo Macunaíma em parceria com o Centro de Pesquisa Teatral do Sesc, propõe uma reflexão sobre o fetichismo, estereótipos e arquétipos. A artista é tratada como heroína-símbolo nacional e enfatiza gestos, expressões e inflexões de voz. A peça se divide em dois quadros protagonizados por uma menina que sonha ser Carmen Miranda e um malandro carioca apaixonado pela cantora. Em lugar do texto ouve-se o “fonemol”, uma fala inteligível e desconexa criada pelo autor. O elenco conta com Lee Thalor, Patrícia Carvalho, Paula Arruda e a bailarina Emile Sugai. A temporada vai até 29 de julho, terças, às 21h, no Sesc Consolação, que fica na r. Doutor Vila Nova, 245, Vila Buarque. Mais informações pelo tel. 3234-3000. Os ingressos custam R$ 10,00.