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O TOC nos palcos

Foto crédito: Piu Dip
Peça retrata com humor refinado os vários tipos de transtornos

Após grande sucesso nos teatros de Paris, o espetáculo TOC TOC chega ao Teatro Cultura Artística, com direção de Alexandre Reinecke e participação das atrizes Márcia Cabrita e Rosane Gofman. Escrita com humor sagaz e refinado pelo renomado comediante e âncora da TV francesa Laurent Baffie, a peça narra a espera de seis pacientes que sofrem com o Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) pelo doutor Stein, especializado na doença. O atraso excessivo do médico gera uma situação cômica e inusitada. Se de início os pacientes estavam desconfortáveis com seus transtornos, acabam formando um grupo de auto-análise que permite ao espectador acompanhar as dificuldades de cada tipo de TOC e as formas de lidar com ele. Em cartaz até 20 de julho, sextas e sábados, às 21h, e domingos, às 18h, na Sala Rubens Sverner do teatro, que fica na r. Nestor Pestana, 196, Consolação. O preço dos ingressos varia entre R$ 60,00 e R$ 80,00.

 

Anônimos no Tusp

Estréia nesta sexta o espetáculo Anônimos, com dramaturgia de Leonardo Faria e direção de Beth Lopes. Na peça, K., um sujeito comum e leitor assíduo de histórias de mistério, recebe algumas mensagens em sua secretária eletrônica que perguntam por um detetive com o mesmo nome que ele. O personagem dá início a uma investigação em busca de seu próprio passado, em que começo e fim se misturam. Figuras inusitadas e um clima noir percorrem toda a história de K, que serve de pretexto para questionar nosso tempo, nossas obsessões e identidade. Cenários e figurinos de Beth Lopes, música original de Marcelo Pellegrini e preparação vocal de Luciana Paez. A temporada vai até 29 de junho, sextas e sábados, às 21h, e domingos, às 19h, no Teatro da USP (Tusp), que fica na r. Maria Antonia, 294, Consolação. Mais informações pelo tel. 3255-7182. Os ingressos custam R$ 20,00.

 

A Mulher do Trem

Foto crédito: divulgação
A companhia revive a técnica do circo-teatro nessa divertida comédia

Volta aos palcos a premiada peça A Mulher do Trem, da Cia. Os Fofos Encenam, desta vez no Teatro Imprensa. A direção de Fernando Neves dá vida ao texto dos franceses Maurice Hennequin e George Mitchell, uma comédia escrita no século 19. O espetáculo utiliza a técnica do circo-teatro para contar a história do dia do casamento dos personagens centrais. O noivo, mais velho que a prometida, incentiva o sogro, dominado pela esposa ditadora, a ser mais enérgico em seu casamento e conta-lhe suas aventuras de solteiro, destacando o caso que teve com uma mulher misteriosa em um trem. A sogra, que a tudo escuta, planeja uma vingança: depois da cerimônia ela revela ser a mulher do trem e que sua única filha é fruto daquele encontro. Estão postos os elementos de um teatro conforme a tradição circense. A trilha sonora é executada ao vivo por um pianista. A temporada vai até 31 de julho, quartas e quintas, às 21h, no Teatro Imprensa, que fica na r. Jaceguai, 400, Bela Vista. Informações pelo tel. 3241-4203. Os ingressos custam R$ 20,00.

 

Quixote, o engenhoso fidalgo

Uma aguda crítica social a sociedade brasileira estréia nesta sexta no Teatro Ressurreição. Dom Quixote, o Engenhoso Fidalgo, espetáculo musical baseado na obra de Miguel de Cervantes mostra que não há heróis nem cavaleiros, apenas maus patrões, condições irregulares de trabalho, políticos corruptos, descaso, falta de sensibilidade, bandidos, mendigos e muita poesia. Quixote defende as vítimas das injustiças praticadas pelos poderosos e alerta para a facilidade com que nossos olhos encaram a realidade. Adaptação de Telma Dias, que também assina a direção com Robson Vellado. O elenco conta com Névilton de Freitas e Clovis Murback, entre outros. A comédia inconformista fica em cartaz até 27 de julho, sextas e sábados, às 21h, e domingos, às 19h30, no teatro (r. dos Jornalistas, 123, Jabaquara). Mais informações pelo tel. 5016-1787. Os ingressos custam R$ 30,00.

 

As Improváveis

Foto crédito: divulgação
Duas atrizes participam de uma audição nessa comédia musical

O Espaço Cultural É Realizações traz o espetáculo As Improváveis, em que duas atrizes de teatro musical não se encaixam no perfil dos personagens que interpretam. Durante uma audição para uma peça, apresentam números musicais cada vez mais improváveis, com músicas escritas para papéis masculinos, mulheres mais velhas, mais jovens ou mais sexy. As canções são retiradas de seus contextos e clichês são utilizados até perderem o sentido. A comédia é baseada em músicas de Cy Coleman, Stephen Schwartz, Jonathan Larson, Chico Buarque, Peggy Lee e Howard Ashman, entre outros. O elenco é composto por Andrezza Massei e Ana Toledo. Direção do músico, ator, cantor e arranjador Guilherme Terra. Em cartaz até 27 de junho, sextas, às 21h30, na r. França Pinto, 498, Vila Mariana. Mais informações pelo tel. 5572-5363. As entradas custam R$ 30,00.

 

O que te incomoda?

Os incômodos, histórias, a humanidade e a solidão das pessoas são reveladas em Sem Título, peça do Grupo Osiva do Núcleo de Teatro do Colégio Santa Cruz. O espetáculo encontra no ambiente urbano o espaço ideal para que aquilo que nos incomoda venha à tona. O texto final, escrito pela atriz e dramaturga Lina Agifu, foi originado a partir da junção de diversos artigos criados pelos alunos, nos quais cada um elegeu seus maiores incômodos, descrevendo-os e discutindo-os. Direção de Vicente Latorre, cenografia de Igor Martins e figurino de Anne Cerutti. A peça será apresentada nesta quarta, às 14h30, no Teatro Laboratório da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP, que fica na av. Prof. Luciano Gualberto, travessa J, 215, Cidade Universitária. Mais informações pelo tel. 3091-4375. Grátis.

 

Cadela de Vison

Foto crédito: Roberto Setton
Renato Borghi comemora 50 anos de carreira com a peça

Escrita e encenada por Renato Borghi, a peça Cadela de Vison celebra os 50 anos de carreira do ator e é a segunda parte da trilogia iniciada com Lobo de Ray-Ban – a próxima deve tratar de um teatro para o futuro, como conta Borghi. O espetáculo discute dúvidas e comportamentos do autor, além de questões da identidade sexual, por um viés poético e delirante. Narra a história de um ator que visita pela última vez o teatro que serviu de palco para sua companhia durante décadas. Borghi reencontra as divas da arte que foram suas musas inspiradoras: Dalva de Oliveira, Cacilda Becker, Maria Callas e Elis Regina, entre outras. Direção de Elcio Nogueira Seixas. Em cartaz até 22 de junho, sextas e sábados, às 21h, e domingos, às 19h, no Sesc Santana (av. Luiz Dumont Villares, 579). Mais informações pelo tel. 2971-8700. Os ingressos custam R$ 20,00.

 

Caminhos do Coração

O Grupo Os Dois, da Cooperativa Paulista de Teatro, apresenta Caminhos do Coração, espetáculo carregado de emoção com trilha sonora de Gonzaguinha. A peça é composta por dez cenas entrecortadas que lidam com questões do cotidiano, com personagens como um caminhoneiro, um gari e um motoboy, que se relacionam direto com a platéia. Aborda temas como a falta de tempo em uma relação, a corrupção e o desemprego, além de outras questões de cunho político e social. Um dos objetivos da montagem é popularizar a mímica. A direção é de Eduardo Coutinho, que também participa da criação com Fernando Vieira e Valeska Nunes. A temporada vai até 22 de junho, sextas e sábados, às 21h, e domingos, às 20h, no Centro Cultural São Paulo (CCSP), que fica na r. Vergueiro, 1.000, Paraíso. Mais informações pelo tel. 3383-3463. Os ingressos custam R$ 15,00.

 

Deus Danado


A saga do povo nordestino em Deus Danado

Estréia nesta sexta a peça Deus Danado, montagem da Cia. Máscara de Teatro, de Mossoró, no Rio Grande do Norte, que vem pela primeira vez a São Paulo, com direção do teatrólogo argentino Marcelo Flecha. O espetáculo, baseado no texto de João Dennis, é um drama que mostra o sentimento do povo nordestino através de 13 jornadas, entre elas Medo do Escuro, As Lições do Mundo, Saudades da Fala de Deus, As 13 Lamparinas, As Espigas de Milho, Os Olhos que Queimam e A Noite Também é um Sol, entre outras. Mostra de forma crua, a vida e a morte de dois homens que lutam entre si à procura de uma botija, que, segunda a lenda, é repleta de riquezas. Até 13 de julho, de sexta a domingo, às 21h, no Sesc Avenida Paulista (av. Paulista, 119, tel. 3179-3700). Ingressos: R$ 20,00.

 

Negociando o diferente

Com texto inédito do dramaturgo africano Athol Fugard e direção de Yara de Novaes, reestréia no Teatro Renaissance a peça O Caminho para Meca, em que a atriz Cleyde Yáconis vive a personagem Helen Martins. Inspirada na figura real da sul-africana que encontra sua expressão por meio da escultura, a montagem traz a história de Helen, uma mulher de início conservadora e fiel a fé protestante. Ao descobrir nunca ter amado o homem com quem fora casada, abandona a Igreja e percebe que o caminho para sua felicidade e liberdade está na escultura. “Helen é a personagem ideal para que Fugard possa mostrar a resistência da sociedade perante o diferente, a eterna busca da confiança em si mesmo e nos demais, os erros dos dogmatismos religiosos e, sobretudo, tratando-se de um autor sul-africano escrevendo em 1984, denunciar o apartheid como forma de convivência”, diz a diretora. Em cartaz até 6 de julho, sextas, às 21h30, sábados, às 21h, e domingos, às 19h, na Alameda Santos, 2.233, Cerqueira César. Informações pelo tel. 3188-4141. Ingressos: R$ 60,00.

 
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