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Dos livros para o cinema


O Cheiro do Ralo, de Heitor Dhalia, em três sessões

Encerrando a mostra “Livros, Câmera, Ação!”, o Cinusp traz, nesta semana, clássicos do cinema inspirados na literatura: Querelle (Alemanha/França, 1982), de Rainer Werner Fassbinder, livremente inspirado no romance de Jean Genet, sobre um marinheiro amoral que desperta sentimentos de amor e ódio em homens e mulheres, planeja crimes e procura satisfazer seus desejos (segunda, às 16h, e terça, às 19h); Pecados Íntimos (EUA, 2006), de Todd Field, inspirado no romance Criancinhas, do norte-americano Tom Perotta, que questiona os laços familiares (segunda, às 19h, e quarta, às 16h), Match Point (Inglaterra, 2005), de Woody Allen, baseado em diálogo denso e questionador da obra Crime e Castigo, de Dostoiévski, sobre um alpinista social que se casa com uma milionária, mas se apaixona pela namorada de seu amigo e cunhado (terça, às 16h); O Cheiro do Ralo (Brasil, 2007), de Heitor Dhalia, adaptação do primeiro livro de ficção do cartunista Lourenço Mutarelli, que conta a história de um dono de uma loja que compra objetos usados e acaba desenvolvendo um jogo perverso com seus clientes ao explorar a crise financeira pela qual eles passam (quarta e sexta, às 19h, e quinta, às 16h); e Fahrenheit 451 (Inglaterra/França, 1966), de François Truffaut, obra-prima de Ray Bradbury sobre um futuro sem livros (quinta, às 19h, e sexta, às 16h). O Cinusp fica na r. do Anfiteatro, 181, favo 4 das Colméias. Mais informações pelo tel. 3091-540. Entrada franca.

 

Cinema Japonês Hoje

Esta é a última semana da mostra “Cinema Japonês Hoje”, que identifica as tendências dessa cinematografia a partir de filmes distribuídos no Brasil nos últimos dez anos. Na programação, Dolls (2002), de Takeshi Kitano, reunindo três histórias sobre amor eterno inspiradas no teatro bunraku: um jovem casal que se apaixona enfrentando a oposição da família, um chefe de uma máfia que resolve voltar ao parque onde conheceu a ex-namorada que abandonara 30 anos antes, e sobre uma ex-estrela da música pop que depois de um acidente passa os dias olhando o mar (quarta, às 16h30, e domingo, às 21h); Consumido pelo Ódio (2004), de Yoichi Sai, com Takeshi Kitano e Hirofumi Arai, sobre um imigrante coreano que chega ao Japão com o sonho de fazer fortuna, e logo se torna um sucesso com sua fábrica de tortas de peixe, mas a custa de muita dor e sofrimento para familiares e vizinhos (quinta, às 18h30, e sábado, às 20h30); Waterboys (2001), de Shinobu Yaguchi (o mesmo diretor de Swing Girls), em que cinco garotos, estimulados pela nova professora de natação, decidem montar uma equipe de nado sincronizado (sexta, às 16h30); e Verão Feliz (1999), de Takeshi Kitano, que mostra a jornada de um garoto de nove anos de idade em busca da mãe que nunca conheceu (sexta, às 21h). Na Cinemateca Brasileira (Largo Senador Raul Cardoso, 207, Vila Mariana). Mais informações pelo tel. 3512-6111, ramal 215. Ingressos: R$ 8,00 e R$ 4,00.

 

Cultura caipira


Cafundó, baseado em personagem real

A partir desta semana, o Centro Cultural São Paulo e o Centro Cultural Banco do Brasil exibem a mostra “Cultura Caipira”, reunindo filmes que revelam as riquezas culturais do país. Entre os destaques, Tapete Vermelho (2006), de Luiz Alberto Pereira, sobre um homem que resolve cumprir a promessa de levar seu filho para assistir a um filme estrelado por Mazzaropi; Aventuras de Pedro Malazartes (1960), de Amacio Mazzaropi, em que, depois da morte do pai, um dos três filhos não recebe nada de herança e sai da fazenda, aplicando pequenos golpes para conseguir dinheiro; Dois Filhos de Francisco (2005), de Breno Silveira, que narra a trajetória da carreira dos cantores sertanejos Zezé di Camargo e Luciano; Cafundó (2005), de Paulo Betti e Clóvis Bueno, inspirado em personagem real saído das senzalas do século 19, um ex-escravo que se diz capaz de ver Deus e até hoje é reverenciado como O Preto Velho João de Camargo; além do documentário Mazzaropi – Feição e Prosa (2008), de Luiz Otávio de Santis, que visita o universo de Mazzaropi, enfocando aspectos dramáticos e geográficos, incluindo músicas e compositores que conviveram com ele. Paralelamente, serão realizados palestras e debates. A partir de terça, no Centro Cultural São Paulo (r. Vergueiro, 1.000, Paraíso, tel. 3383-3463), com entrada franca; e a partir de quarta, no Centro Cultural Banco do Brasil (r. Álvares Penteado, 112, Centro, tel. 3113-3651), com ingressos a R$ 4,00 e R$ 2,00.

 

Coletânea Malvadas

O novo ciclo do Cineclube do HSBC Belas Artes começa nesta sexta e traz a coletânea Malvadas, abrindo a programação com o filme A Malvada (EUA, 1950), de Joseph L. Mankiewicz, com Bette Davis, Anne Baxter e participação especial de Marylin Monroe em início de carreira. O filme é um dos recordistas em número de indicações ao Oscar, sendo vencedor de seis estatuetas (melhor filme, melhor diretor, melhor roteiro, melhor ator coadjuvante para George Sanders, melhor figurino e melhor som), e conta a história de uma jovem atriz de teatro capaz de tudo pela fama (em cartaz até 3 de julho). Ainda serão exibidos A Noiva Estava de Preto (França, 1968), de François Truffaut, com Jeanne Moreau, investindo todo seu poder de sedução para eliminar os responsáveis pela morte de seu marido, atingido por um tiro no dia do casamento, em uma adaptação do romance noir de William Irish, com figurino todo em preto-e-branco assinado por Pierre Cardin (de 4 a 10 de julho); Verão Assassino (França, 1983), de Jean Becker, com Isabelle Adjani, interpretando uma mulher que chega a uma pequena cidade do interior da França com o objetivo de se vingar de uma família (de 11 a 17 de julho); e Lady Vingança (Coréia do Sul, 2005), cult-movie de Park Chan-Wook, na história que acompanha uma bela mulher (papel de Yeong-ae Lee) presa injustamente (de 18 a 24 de julho). Sessões entre 19h e 19h30, no HSBC (r. da Consolação, 2.423, tel. 3258-4092). Ingressos: R$ 8,00 (segunda e quarta, exceto feriados) e R$ 16,00.

 

Retrospectiva Videobrasil

Nesta quarta, será exibida a terceira parte da Retrospectiva Videobrasil, com os filmes produzidos entre 1999 e 2002: Framed by Curtains (Brasil, 1999), de Eder Santos, com visões distorcidas da cidade de Hong Kong; Vera Cruz (Brasil, 2000), de Rosângela Rennó, baseado na carta escrita por Pero Vaz de Caminha após o descobrimento do Brasil; The Apocalyptic Man (México, 2002), de Sebastian Diaz Morales, mistura hipnótica de imagens, sons e texto, inspirado no romance político Los Siete Locos, de Roberto Arlt; e Face A Face B (Líbano, 2002), de Rabih Mroué, sobre uma canção que une experiências do autor e de seus dois irmãos; entre outros. E encerrando, na sexta, a quarta parte reúne filmes de 2004 a 2007, como Lo Sublime/Banal (Argentina, 2004), de Gaciela Taquini, em que a autora rememora com uma amiga o dia em que elas conheceram o escritor Julio Cortázar em uma pizzaria de Paris; Roger (Argentina, 2004), de Federico Lamas, um travelling acompanha um casal que se separa depois de uma briga; Juksa (Suíça, 2006), de Maurício Dias e Walter Riedweg, com reflexões dos três últimos habitantes de uma pequena ilha no Pólo Norte; e a obra de videodança Várzea (Brasil, 2006), parceria do Estúdio Bijari e Ricardo Iazzetta. Sempre às 19h30 no Sesc Avenida Paulista, que fica na av. Paulista, 119. Informações: 3179-3700. Grátis. A programação pode ser acessada em www.sescsp.org.br.

 
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O Jornal da USP é um órgão da Universidade de São Paulo, publicado pela Divisão de Mídias Impressas da Coordenadoria de Comunicação Social da USP.
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