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Quinteto artístico no MariAntonia

Crédito foto: Sofia Borges
Trabalhos como a fotografia de Sofia Borges figuram na mostra

O Centro Universitário Maria Antonia da USP apresenta cinco novas exposições individuais. Destacam-se as obras do artista José Leonilson Bezerra Dias, sob curadoria de Cadu Riccioppo, que traz uma seleção de cerca de 30 desenhos do período entre o final da década de 80 e o começo dos anos 90. A imagem O Filósofo, de 1991, mostra um uso mais contido da cor, uma disposição moderada das inscrições e o apequenamento, em qualquer canto do papel, de uma figura solitária. Destaque ainda para Edith Derdyk, que constrói um “livro de parede” feito com uma chapa de metal e que se estende por seis metros. O livro está no centro, representando a cultura letrada e sua “separação dos sentidos” e o surgimento de uma ilusão tridimensional. O que se vê é a luta entre linguagem e matéria, o livro e o próprio espaço físico. Fernando Lindote, cuja exposição leva o título de “3D3M”, traz desenhos com fita isolante na parede, que neutraliza o risco que corre o artista no ato de desenhar. Aqui, a fita isolante se torna o lápis e o suporte é o próprio espaço expositivo. Faz referências ao corpo humano hibridizado com máquinas, aludindo ao modo 3D dos programas de computação gráfica. O cubano Alexis Iglesias, com sua mostra “Metáforas do Eu”, sob curadoria de Andrés Hernandez, traz pinturas e desenhos, mostrando figuras geométricas, formas abstratas, esboços e sombras. É marcante a tentativa de diluição do fundo que é sempre líquido e movediço, apontando para uma idéia de liquidez que remete à miscigenação presente na cultura de Cuba. Por fim, Sofia Borges, que confunde seu trabalho fotográfico com o still de um filme. A relação entre pose e pausa fica em evidência com a total ausência de movimentos dos personagens, sugerindo uma narrativa que se dá em um tempo pausado. A proposta é expor algumas possibilidades de construção de imagens digitais com fotografias que questionam a natureza da própria imagem e dos objetos nela representados. Em cartaz até 24 de agosto, de terça a sexta, das 12h às 21h, e sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h, na r. Maria Antonia, 294, Vila Buarque. Mais informações pelo tel. 3237-1815. Entrada franca.

 

Desenhos Espanhóis

Crédito foto: divulgação
Corrida de Toros, de Celso Lagar

Uma das principais exposições deste ano no Museu de Arte de São Paulo (Masp) tem como protagonista o desenho. “Desenhos Espanhóis do Século XX – Coleção Fundação Mapfre” traz 82 obras-primas de artistas como Picasso, Dalí, Juan Gris, Torres García, Picabia e Miró, além de destaques no cenário espanhol, como Óscar Dominguez, Viñes, De la Serna, Manuel Ángeles Ortiz e Bores. Tido como mero procedimento anterior à pintura, escultura e arquitetura até o século 16, o desenho passa a ser contemplado como obra acabada na era moderna. A Espanha se sobressai na arte e vê surgir, nos últimos cem anos, alguns dos maiores gênios da técnica. Cada imagem é acompanhada de um comentário crítico que esclarece o seu sentido dentro da trajetória do artista. Em cartaz até 27 de julho, terça, quarta, sexta e domingo, das 11h às 18h, e quintas, das 11h às 20h, no Masp (av. Paulista, 1.578). Informações: 3251-5644. Ingressos: R$ 15,00.

 

Destaques da Pinacoteca

Um importante momento da história da Pinacoteca, em que seu acervo é enriquecido com um destacado conjunto de obras contemporâneas, é apresentado na mostra “Arte Contemporânea Brasileira – Doação Credit Suisse”. A exposição celebra a aquisição de 15 trabalhos de artistas brasileiros como Beatriz Milhazes, Caetano de Almeida, Marepe e Rosângela Rennó, com produções de 2005 a 2007 (até 17 de agosto). A Pinacoteca traz ainda a mostra “Templo do Corpo”, com cerca de 20 obras de Luiz Hermano. A principal referência do artista é Angkor, atual Camboja, a morada dos deuses. As construções da cidade se inspiram em simbolismo cósmico, obedecendo rigidamente a regras mágicas religiosas, buscando conjugar forças divinas na Terra. Na releitura de Hermano, cada peça é dedicada a um templo, como Banteay Srei, cidade das mulheres, e Vat Phu, morada de Shiva (até 10 de agosto). A Pinacoteca fica na Praça da Luz, 2, e está aberta ao público de terça a domingo, das 10h às 18h. Informações pelo tel. 3324-1000. Ingressos: R$ 4,00 (grátis aos sábados).

 
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