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A ópera negra de Gershwin

Crédito foto: Rachel Guedes
O baixo José Gallisa e a soprano Edna D’Oliveira fazem os papéis principais de Porgy and Bess, com trilhasonora de grrandes nomes do jazz e figurino inspirado no gueto americano dos anos 30 e 40

Catfish Row, vilarejo fictício de pescadores negros em Charleston, Carolina do Sul, é o cenário de fundo da ópera Porgy and Bess, do americano George Gershwin. O espetáculo é uma das principais atrações da Temporada Lírica do Teatro São Pedro e será apresentado nesta quinta, sábado e domingo.

Na virada do século 19 para o 20 Bess, uma prostituta viciada em cocaína, luta para se livrar do cafetão e amante, Crown, um bruto estivador. Quando ela encontra problemas com a polícia por ajudar Crown a fugir, o único disposto a esquecer seu passado e dar a ela apoio e amor é um mendigo e deficiente físico, Porgy. A relação entre Porgy e Bess enfrentará fortes barreiras, como os amigos do vilarejo e o traficante Sportin’ Life, fornecedor de drogas de Bess, que tenta seduzi-la e levá-la para Nova York. No meio de um turbilhão de relações de amor e sedução, pobreza e preconceito racial, a trama se desenvolve, culminando com um assassinato e corações partidos.

A “ópera negra” de Gershwin, que recebeu o título por ter negros como maioria no elenco, traz músicas como Summertime, I Got Plenty O’ Nuttin, My Man is Gone Now, Bess, You is My Woman Now e I Loves You, Porgy, entre outros temas gravados por grandes nomes do jazz. Na nova produção paulistana, a ópera será apresentada numa versão compacta de 2h15, assinada pelo próprio compositor. Essa versão é a mesma que Gershwin realizou quando da primeira gravação da obra em LP, no início dos anos 50.
Os papéis principais são interpretados pelo baixo José Gallisa, mineiro de Ouro Preto e um dos mais destacados baixos em atividade do Brasil, e pela soprano Edna D’Oliveira, outra mineira, de Belo Horizonte, dona de um timbre doce e cristalino.

A direção cênica é de João Malatian e a adaptação, os arranjos e a direção musical de Felipe Senna, que destaca as características jazzísticas da obra. O figurinista Fábio Namatame, inspirado no estilo do gueto americano dos anos 30 e 40 conta que “dentro da simplicidade e da pobreza, os personagens buscam apresentar o glamour da época. Não há personagens vestindo trapos; usam ternos e vestidos”.

A ópera será apresentada nesta quinta, às 20h30, sábado, às 20h30, e domingo, às 17h, no Teatro São Pedro, que fica na r. Barra Funda, 171, Barra Funda. Informações: 3667-0499. Ingressos: R$ 20,00.

 

Movimento Violão

Um dos nomes mais representativos de sua geração, Geraldo Ribeiro é o convidado do projeto Movimento Violão. Com uma obra extensa, que ultrapassa 400 trabalhos, incluindo dois concertos para violão e orquestra e obras de música de câmara, o instrumentista apresenta repertório que inclui composições próprias e peças de Jacomino (Canhoto), Dilermando Reis e Barrios, entre outros. O projeto, que nasceu em 2004, é coordenado por Paulo Martelli e lançou em 2007 o primeiro CD com os melhores momentos dos concertos de 2006. Nesta terça, às 20h30, no Centro da Cultura Judaica (r. Oscar Freire, 2.500, tel. 3065-4333). Ingressos: 1 kg de alimento a ser doado ao programa Ajuda Alimentando.

 

Forró, frevo e dub


Chico César lança seu novo disco

O cantor e compositor Chico César lança seu novo disco Francisco Forró e Frevo nesta sexta e sábado, às 21h, no Sesc Pompéia. Inspirado no carnaval e nos festejos juninos, o artista cria um álbum em que o foco se encontra na força dos ritmos que animam essas festas: o frevo e o forró. Trabalha ainda o diálogo que esses compassos têm com os bits universais, como o xote com o reggae e o frevo e arrasta-pé com o ska. No show, Chico César é acompanhado dos músicos Marcelo Jeneci, na sanfona; Guegué Medeiros e Priscila Brigante, na percussão; e Xisto Medeiros, no baixo. Os ingressos custam R$ 20,00, com meia-entrada, e podem ser adquiridos na bilheteria do Sesc, que fica na r. Clélia, 93. Apresenta-se ainda na terça, às 21h, o grupo curitibano Real Coletivo Dub, que mistura maracatu, fandango, dub e bossa-nova. A banda traz o estilo batizado como S.O.M., que significa Samba Ombrófilo Misto. Grátis. Mais informações pelo tel. 3871-7700.

 

90 Anos de Bernstein

A Orquestra Sinfônica da USP (Osusp) presta homenagem ao maestro e compositor Leonard Bernstein, que faria 90 anos em 2008. Sob regência de Carlos Moreno, o concerto “Leonard Bernstein – 90 Anos” traz as músicas Candide e Symphonic Dances from “West Side Story”; além de Adágio para Cordas opus 11, de Samuel Barber; e Concerto para Piano em Fá Maior, de George Gershwin. Participação do solista Nivaldo Tavares. Segunda, às 12h, no Anfiteatro Camargo Guarnieri (r. do Anfiteatro, 109, Butantã), e terça, às 21h, na Sala São Paulo (Praça Júlio Prestes, s/nº, Centro). O preço dos ingressos varia entre R$ 15,00, no balcão superior, e R$ 90,00, no balcão mezanino. Informações pelo tel. 3091-3000.

 

Monólogo musical


O músico Cláudio Levitan conta história da sua família

Dando continuidade ao projeto Intercâmbio Musical – Diálogos, o Centro da Cultura Judaica traz também, neste sábado, às 20h30, o músico Cláudio Levitan em uma homenagem ao seu pai, tios e avós judeus. “Minha Longa Milonga” apresenta 17 canções baseadas no formato das payadas gaúchas e que contam, num monólogo musical, a saga de sua família. As músicas são inspiradas na história de uma trágica correspondência entre dois jovens primos, um que vem para o Brasil e outro que fica em Keidânia, sua cidade natal, onde é assassinado com outras duas mil pessoas durante o holocausto. No centro, que fica na r. Oscar Freire, 2.500. Informações pelo tel. 3065-4333. A entrada é franca e os ingressos podem ser retirados a partir das 14h.

 

Pra Ver a Banda Tocar

A série Pra Ver a Banda Tocar!, do Sesi Paulista, reabre nesta quarta, às 12h05. O projeto traz a versatilidade e qualidade artística da Banda Sinfônica do Estado de São Paulo através de repertório variado e acessível. Desta vez, a série apresenta uma novidade: o público pode, além de ver a banda, tocar com ela, bastando levar um instrumento. O concerto conta com regência de Érika Hindrikson e serão interpretadas músicas como Prelúdio Sinfônico, de Giacomo Puccini; Cantenbury Chorale, de Jan van Der Roost; e Concertino para Flauta, de Cécile Chaminade, com solo do flautista Renato Camargo. No Teatro do Sesi, que fica na av. Paulista, 1.313. Informações: 3146-7406. Grátis.

 

Guitarrísimo

Crédito foto: divulgação
O uruguaio Álvaro Pierre é a atração desta semana

O violonista uruguaio Álvaro Pierri se apresenta nesta sexta, às 20h, na série Guitarrísimo do Instituto Cervantes. O artista interpreta composições de Niccolò Paganini (Gran Sonata), do argentino Alberto Ginastera (Sonata op. 47), do catalão Miguel Llobet (Variações Sobre um Tema de F. Sor) e do mexicano Manuel Ponce (Sonata III). Os destaques são a obra atonal Central Guitar, de Egberto Gismonti, e peças contemporâneas do compositor sérvio-americano Dusan Bogdanovic, como Ricercare e Jazz Sonatina. No Grande Auditório do Museu de Arte de São Paulo (Masp), que fica na av. Paulista, 1.578. Informações pelo tel. 3251-5644. A entrada é franca e os ingressos podem ser retirados com uma hora de antecedência.

 

Programação do Sesc Pinheiros

O músico paranaense Ney Conceição comemora 20 anos de carreira nesta quinta, às 20h, no Auditório do Sesc Pinheiros. O show conta com composições de artistas brasileiros, como A Rã, de João Donato e Caetano Veloso; e Emoriô, de Donato e Gilberto Gil; além de canções próprias como Chuvas de Belém, Resposta e Praia da Tartaruga. O músico sobe ao palco acompanhado por Célio Vulcão (teclado), Lúcio Vieira (bateria) e Paulinho Trompete (trompete). Na quarta, às 20h, o Sesc traz o show de lançamento do CD Outra Praia, de Swami Jr. O repertório inclui canções inéditas e muitas parcerias, como a canção-título, com Chico César; Duas Ilhas, com Zeca Baleiro; e Livrai-me, com Vanessa da Mata. O músico é acompanhado por Luciana Alves (voz), Edu Ribeiro (bateria), Marcio Arantes (contrabaixo) e Fabio Torres (piano). O Sesc fica na r. Paes Leme, 195. Informações: 3095-9400. Ingressos: R$ 12,00.

 

Tropicália 40 Anos

O movimento que sacudiu a música popular brasileira, rompendo barreiras e sotaques, está fazendo 40 anos e para comemorar acontece nesta quarta o show “Os Filhos da Tropicália”. O espetáculo é uma releitura divertida e ousada, reunindo os músicos Fabiano Medeiros (voz), Márcio Guimarães (violão, teclado e cavaquinho), Carlos Trevisan (guitarra e violão), Eric Budney (baixo elétrico e acústico), Rodney Nascimento (bateria) e André Hã (VJ, LJ e sampler). Às 21h, no Teatro da Memória do Instituto Cultural Capobianco (r. Álvaro de Carvalho, 97, Centro, tel. 3255-8065). Os ingressos são gratuitos e devem ser retirados a partir das 19h. Reapresentação no dia 2 de julho, no mesmo horário.

 

Crisantemúsica

Encerrando a série que comemora o centenário da imigração japonesa, se apresenta nesta semana o músico Shen Ribeiro, especializado no estudo do shakubachi (instrumento de sopro com o corpo de bambu) e da cultura tradicional japonesa. Ele estudou na Universidade de Belas Artes de Tóquio, onde teve contato direto com o mestre Goro Yamaguti (considerado um Tesouro Nacional Japonês) e, em 1999, tocou o instrumento para o imperador e a imperatriz do Japão, no Palácio Imperial de Tóquio. Nesta terça, às 13h e 19h30, no Centro Cultural Banco do Brasil (r. Álvares Penteado, 112, Centro, tel. 3113-3651). Ingressos: R$ 6,00 e R$ 3,00. 

 

Instrumental Sesc Brasil

A série traz nesta terça o grupo Pau Brasil, indicado ao Grammy na categoria Best Jazz Group com o disco Babel (de 1996). No repertório estão sucessos dos seus 25 anos de carreira, como Na Baixa do Sapateiro, de Ary Barroso, além de arranjo para a Ária das Bachianas Brasileiras nº 4, entre outras. A banda é formada por Rodolfo Stroeter (baixo), Nelson Ayres (teclados), Paulo Bellinati (violão), Teco Cardoso (sax) e Ricardo Mosca (bateria). Às 19h, com entrada franca, no Teatro do Sesc Avenida Paulista (av. Paulista, 119, tel. 3179-3700). O show será transmitido ao vivo no site www.sescsp.org.br/instrumental

 

Ópera e música barroca

A Orquestra de Câmara da USP, regida pelo maestro Gil Jardim, apresenta dois programas nesta semana. O primeiro conta com a execução da ópera La Tragédie de Carmen, em uma leitura inédita da obra de Bizet, parceria com a Universidade do Texas e participação de cantores e atores brasileiros e americanos. Em forma de concerto, quarta e quinta, às 20h30, no Anfiteatro Camargo Guarnieri (r. do Anfiteatro, 109, Cidade Universitária, tel. 3091-4330, ramal 7), com entrada franca; e como ópera encenada, no sábado, às 21h, e no domingo, às 18h, no Sesc Vila Mariana (r. Pelotas, 141, tel. 5080-3000), com ingressos a R$ 20,00. O outro programa traz peças do período barroco, e conta com apoio do Conjunto de Música Antiga da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP, sob a regência do aluno Henrique Villas Boas; na sexta, às 20h30, também no Anfiteatro Camargo Guarnieri; e no domingo, às 16h, no Masp (av. Paulista, 1.578, tel. 3251-5644), com ingressos gratuitos e a R$ 6,00, respectivamente.

 

Projeto Adoniran

O Projeto Adoniran Oito e Meia apresenta nesta semana show de Adyel Silva, conhecido pelo grande público pela gravação do tema I Feel Good, de Hilton Raw. O repertório está dividido em quatro blocos: Influência do Jazz, com canções como Dramsville (Henri Mancini) e God Bless The Child (Herzog e Holiday); A Saudade Fez um Samba, com Alvorada (Cartola) e Diz que Fui por Aí (Zé Ketti); Nós e o Mar, com A Morte de Um Rei do Sal e Nós e o Mar (Menescal e Bôscoli); e Canção do Amor Demais, que fecha o roteiro com Medo de Amar (Vinícius de Moraes) e Outra Vez (Tom Jobim). Acompanhado pelo pianista Marcos Romera. Nesta quinta, às 20h30, na Sala dos Espelhos do Memorial da América Latina (av. Auro Soares de Moura Andrade, 664, Barra Funda, tel. 3823-4600). Entrada franca.  

 

Concertos no Municipal

A Big Band, da Escola Municipal de Música, e a Orquestra Sinfônica Municipal encerram a programação do mês de junho do Teatro Municipal. A primeira se apresenta neste sábado, às 16h, dentro da série Matinê no Municipal, com participação de Andréa Kaiser como solista convidada. Os ingressos custam R$ 5,00, R$ 8,00 e R$ 10,00. Já a orquestra se apresenta no domingo, às 11h, e interpreta as obras Sensemayá, de Revueltas; Concerto n o 2 para Violoncelo, de Kabalesvsky; e Sinfonia nº 2, de Brahms. Regência de Jesus Medina e solo de Raïff Dantas (violoncelo). Os ingressos custam R$ 10,00, R$ 12,00 e R$ 15,00. No Municipal, que fica na Praça Ramos de Azevedo, s/n o, Centro. Informações pelo tel. 3397-0327.

 
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O Jornal da USP é um órgão da Universidade de São Paulo, publicado pela Divisão de Mídias Impressas da Coordenadoria de Comunicação Social da USP.
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