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Taunay no Brasil


A Vista da Igreja da Glória mostra a influência da paisagem tropical

A primeira retrospectiva do artista francês Nicolas-Antoine Taunay, com cerca de 70 obras, está em exposição na Pinacoteca. “Nicolas-Antoine Taunay no Brasil: Uma Leitura dos Trópicos” está dividida em oito módulos. Os três primeiros introduzem o público no início da produção do artista: Auto-Retrato; O Pintor de Paisagem e de Gênero; e O Pintor de História: As Grandes Telas Napoleônicas. Já No Brasil, Os Trópicos como Espetáculo; Vistas Urbanas: O Rio de Janeiro como uma Vila Italiana; e A Escravidão como Detalhe retratam a produção brasileira do artista integrante da Missão Francesa. Nobreza Reluzente traz imagens da família real portuguesa; e De Volta, Mas com o Brasil na Bagagem mostra a influência da paisagem tropical em seus trabalhos posteriores. Há ainda um ciclo de palestras que trata de temas como A Família Real no Brasil, Paisagem e Escravidão nas Telas Brasileiras de Nicolas Taunay; Nicolas Taunay e os Gêneros da Pintura Européia; Nicolas Taunay e os Pintores da Colônia Lebreton; e Nicolas Taunay e Seus Descendentes: a Questão da Paisagem (a partir deste sábado até dia 30 de agosto, sempre aos sábados, às 15h, com entrada gratuita). Em cartaz até 7 de setembro, de terça a domingo, das 10h às 18h, na Pinacoteca, que fica na Praça da Luz, 2. Informações pelo tel. 3324-1000. Os ingressos custam R$ 4,00; grátis aos sábados. No mesmo local, está em exposição no Projeto Octógono Arte Contemporânea o trabalho do artista plástico Rubens Mano. Contemplação Suspensa é uma videoinstalação que incide sobre as dimensões da experiência urbana e a maneira pela qual contribuímos para sua construção (até 5 de outubro).

 

Os babilaques de Salomão

“Waly Salomão: Babilaques, Alguns Cristais Clivados” é o título da exposição que será inaugurada nesta quinta, às 19h, no Sesc Pinheiros. São apresentadas cerca de 90 fotografias do artista, divididas em 21 séries. São elas: Construtivistas Tabaréu, Under the Bare Tree, Mondrian Barato, Sol Cru, Santo Graálfico, Brasilly, Torpedo Suicida e Olavo Biócio, entre outras. Babilaque é uma corruptela da palavra badulaque, que significa um grupo de pertences de uma pessoa, coisas soltas. Os babilaques de Salomão são imagens de cadernos manuscritos, abertos em uma determinada página escolhida pelo artista e fotografados em ambientes inusitados. A mostra conta também com reproduções das letras do poema Alfa Alfavela Ville, confeccionadas em madeira nos anos 70 por Luciano Figueiredo (que assina a curadoria) e Oscar Ramos. Até 5 de outubro, de terça a sexta, das 13h às 22h, e sábados e domingos, das 10h às 19h, no Sesc Pinheiros (r. Paes Leme, 195). Informações pelo tel. 3095-9400. Entrada franca.

 

A Invenção do Real


Rigor formal na arte de Caciporé Torres

O Espaço Cultural Citi traz a mostra “Caciporé Torres – a Invenção do Real”, com 14 trabalhos inéditos do escultor. Estão expostas ainda outras cinco obras do artista, que recebeu cinco Grandes Prêmios por sua arte. O curador da mostra, Jacob Klintowitz, diz que Torres é o artista do centro industrializado, que passou por duas guerras mundiais, reformulações políticas de continentes inteiros, natureza destruída e regiões contaminadas pela radiação. Segundo ele, “Caciporé Torres é o sensível homem e artista desse período. O que se expressa nas formas torturadas de sua escultura e, igualmente, no respeito ao fazer e ao rigor formal da arte. A identificação da tortura e a fé no trabalho do homem. Por aproximação espiritual, ele estaria ligado a artistas como Giacometti, Bacon, Chadwick”. Em cartaz até 10 de agosto, de segunda a sexta, das 9h às 19h; e sábados, domingos e feriados, das 10h às 17h, no Espaço Cultural, que fica na av. Paulista, 1.111. Mais informações pelo tel. 4009-3000. Entrada franca.

 

Homenagem a Machado

Inspirada em Memórias Póstumas de Brás Cubas, a mostra “Machado de Assis: ‘Mas esse Capítulo Não é Sério’”, em cartaz até 26 de outubro, presta homenagem a um dos melhores escritores brasileiros no centenário de sua morte. O título remete ao capítulo “Que Não é Sério” da obra, mostrando a posição crítica e por vezes irônica do autor com a sociedade. A exposição se divide nos diversos capítulos do livro, como “Um Homem Célebre”, em que uma sala do século 19 retrata o estilo de vida erudito do escritor;“Medalhões” mostra a repercussão que o nome do autor tomou, trazendo inclusive a nota de mil cruzados que traz seu rosto; “Olhos de Ressaca” apresenta imagens em que uma penteadeira mostra olhos de mulheres do século 19, uma referência à personagem Capitu; e, por fim, “O Delyrio” com uma cronologia invertida de Machado, que vai de sua morte ao nascimento, em montagem que relaciona os anos da vida do escritor com a literatura e a história do Brasil da época. O público recebe ainda o Livreto do Visitante, com 48 páginas que complementam o passeio. De terça a domingo, das 10h às 18h, no Museu da Língua Portuguesa, que fica na Praça da Luz, s/no. Informações pelo tel. 3326-0775. Os ingressos custam R$ 4,00.

 

Filhos do Brasil

Crédito foto: Pedro Brandimarte Mendonça
Chute na Infância, trabalho vencedor do concurso homônimo

Este é o nome da mostra itinerante promovida pelo Instituto Idecace, que retrata a situação de centenas de crianças e adolescentes no país. Foi idealizada em 2005, como resposta à exclusão e violência com que os jovens são tratados, e tem como proposta sensibilizar e conscientizar a sociedade para a importância da integração, do diálogo e do respeito. Estão expostos 42 painéis de 3x5 m com fotos de grande impacto, vindas de várias partes do país. Destaque para Chute na Infância, de Pedro Brandimarte Mendonça, primeiro colocado do concurso que deu nome à mostra e retrata o trabalho infantil. As obras são acompanhadas de textos e pensamentos de personalidades brasileiras que lutam ou lutaram pelo país, como Darci Ribeiro, Herbert de Souza e Monteiro Lobato. Apresentações ao ar livre de grupos de dança e corais complementam a exposição. Em cartaz até 24 de agosto, diariamente, no Parque do Ibirapuera (Portão 10, em frente ao Planetário). Informações pelo tel. 3742-1752. Grátis.

 

Portões de Feira de Santana

A Estação Pinacoteca apresenta a mostra “Arte Concreta na Rua: Nora Dobarro”, em cartaz até 17 de agosto. São 18 fotografias coloridas produzidas em Feira de Santana, na Bahia, que registram manifestações de arte concreta nos portões de ferro de algumas construções da cidade. A exposição tem o objetivo de provocar uma mudança na valorização cultural do espaço urbano, colaborando com a construção de sua identidade e com a conscientização por parte de seus cidadãos, além de legitimar um fenômeno estético popular. As salas expositivas se encontram repletas de desenhos em painéis baseados nas formas dos portões de Feira de Santana. Segundo a artista, a arte concreta “tem origem nas culturas africanas. Não é por acaso que ressurja no Brasil como um fenômeno popular”. Os visitantes podem conhecer ainda um livro com trabalhos de Nora e um vídeo sobre os serralheiros que constroem esses portões. Em cartaz de terça a domingo, das 10h às 18h, na Estação Pinacoteca (Largo General Osório, 66, tel. 3337-0185). Os ingressos custam R$ 4,00, à exceção dos sábados, quando a entrada é franca.

 

No Paço das Artes

Crédito foto: Pedro Brandimarte Mendonça
O estado de exceção na visão do coreano Junebum Park

O Paço das Artes dá início nesta sexta, às 19h, à manifestação cultural “Estado de Exceção – Venha Ver a Coréia (Ver Você)”, que investiga a co-existência de diferentes grupos étnicos em um mesmo território. Inspirada no ensaio Estado de Exceção, de Giorgio Agamben, aborda a suspensão dos direitos do cidadão em períodos de emergência e como esse momento se tornou regra na vida de hoje. Direto da Coréia, o artista Beom Kim traz o vídeo Untitled (News), com mensagens moralmente positivas de noticiários coreanos, para exprimir o processo irônico do dia; e Junebum Park apresenta The Ocupation e Puzzle, que tratam da ocupação do espaço. Também entra em cartaz na sexta a última exposição do ano da Temporada de Projetos, com obras de artistas brasileiros como Henrique Oliveira, Rachel Rosalen, Renata Barros e Tony Camargo. Dentre as obras, a videoperformance #07 Ensaios Sobre a Crueldade, inspirada na Alice de Lewis Carroll e em fotos de arquivos de guerra, de Rachel Rosalen; e Relaxe, com vídeos que questionam a violência e o aprisionamento urbano e futons vermelhos para o relaxamento do público, de Renata Barros, entre outras. Até 21 de setembro, de terça a sexta, das 11h30 às 19h, e sábados, domingos e feriados, das 12h30 às 17h30, na av. da Universidade, 1, Cidade Universitária. Informações pelo tel. 3814-4832. Grátis.

 
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O Jornal da USP é um órgão da Universidade de São Paulo, publicado pela Divisão de Mídias Impressas da Coordenadoria de Comunicação Social da USP.
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