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A Valsa das Solitárias

Crédito foto: André Esquivel
Peça do dramaturgo argentino Jorge Díaz reúne conjunto de textos curtos

Um conjunto de textos curtos, produzidos entre 2002 e 2004 pelo dramaturgo argentino naturalizado chileno Jorge Díaz, é encenado pelas atrizes Fernanda Cunha, Líria Varne e Patrícia Leonardelli em A Valsa das Solitárias. São três monólogos: Um Negócio de Peso, que narra o desabafo de uma mulher que, após anos sem resolver sua relação com o corpo, resolve questionar a imagem na sociedade de consumo; O Jardim das Delícias, mergulho no teatro do absurdo que traz a história de uma mãe, aparentemente exemplar, que leva os filhos ao parque, iniciando um diálogo com um colega de banco, fazendo terríveis revelações que mostram toda sordidez humana; e Casta Diva, sobre uma atriz em situação-limite, abandonada pelo marido e pela família, que enfrenta, desesperada, mais um teste para atuar em uma peça. Direção de Diego José Villar. A reestréia acontece nesta quarta e a temporada vai até 10 de setembro, sempre às quartas, às 21h, no Espaço Parlapatões (Praça Franklin Roosevelt, 158, Consolação, tel. 3258-4449). Ingressos: R$ 20,00.

 

A Alma Boa de Setsuan

O texto do dramaturgo alemão Bertolt Brecht ganha nova versão, dirigida por Marco Antônio Braz, tendo Denise Fraga como protagonista. A peça questiona como ser bom e sobreviver no mundo competitivo de hoje, onde o preço da bondade é alto demais. A párabola, ambientada na China, traz três deuses, transformados aqui na Santíssima Trindade e vividos por um único ator, que desce à Terra à procura de pelo menos uma alma boa. Na província de Setsuan encontram a prostituta Chen Tê, que concluem ser a pessoa buscada. No entanto, para manter seu negócio e não ser abusada pelos miseráveis da cidade, ela se traveste na figura de seu primo Chui Ta, uma máscara do mal. O julgamento de Chui Ta transcorre na cena final. Qual será o veredicto? Em cartaz até 28 de setembro, sextas, às 21h30, sábados, às 21h, e domingos, às 19h, no Teatro Renaissance (al. Santos, 2.233, Cerqueira César, tel. 3188-4147). Ingressos: R$ 60,00 (sexta e domingo) e R$ 80,00 (sábado). 

 

Cordélia do Brasil


Texto censurado volta com interpretação de Maria Padilha

Está em cartaz o espetáculo Cordélia do Brasil, com texto de Antonio Bivar. Traz a atriz Maria Padilha no papel-título, que em 1968 foi de Norma Bengell, interpretando uma mulher que se sacrifica em nome do homem que ama. A peça, encenada em 1968, sofreu várias perseguições da ditadura militar nas cidades em que estreou (em São Paulo, o exército chegou a seqüestrar Norma Bengell), e por fim foi censurada por quase dez anos – por conter amoralidades sem precedentes na história do teatro brasileiro. A nova montagem é dirigida por Gilberto Gawronski, com luz de Maneco Quinderé, figurino de Marcelo Pies, cenário de Luiz Henrique Sá e trilha sonora de Berna Ceppas. A temporada vai até 7 de setembro, com apresentações de sexta a domingo, às 20h30, no Sesc Avenida Paulista (av. Paulista, 119, tel. 3179-3700). Ingressos: R$ 20,00.

 

Love and Blembers

O musical Love and Blembers, dirigido por Georgette Fadel, une teatro, música, projeções e dança para celebrar o amor e refletir sobre os relacionamentos. A história começa em uma mesa de restaurante, onde um casal que mal se olha pronuncia poucas palavras secas. No palco, uma banda e a cantora Claudia Dorei executam a música ao vivo, com repertório que inclui rock, rap, música eletrônica, religiosa, brega, bolero, samba e forró. A dramaturgia também é assinada pela diretora. A temporada vai até 31 de agosto, com apresentações sextas e sábados, às 22h, e domingos, às 18h, no Sesc Avenida Paulista (av. Paulista, 119, tel. 3179-3700). Ingressos: R$ 20,00.

 

Imperador e Galileu

Crédito foto: divulgação
Caco Ciocler e Sylvio Zilber vivem os conflitos da intolerância religiosa

O Sesc Santana apresenta Imperador e Galileu, uma montagem teatral inédita do dramaturgo norueguês Henrik Ibsen. A peça, com tradução de Fernando Paz e direção de Sérgio Ferrara, tem o ator Caco Ciocler no papel principal, vivendo os conflitos religiosos do imperador romano Juliano. Aborda um período de 12 anos em que Juliano vive ao lado de seu meio-irmão Galo, numa época de terror instaurada pelo imperador cristão Constâncio. Apesar de ter sido educado dentro da religião cristã, Juliano traz de uma viagem à Grécia a inspiração para contestar essa doutrina e tentar instaurar uma 3a via religiosa. Ao abolir o cristianismo como religião oficial do estado, ele é apontado como anticristo, conflito que culmina com seu assassinato aos 32 anos. Em cartaz até 24 de agosto, sextas e sábados, às 21h, e domingos, às 19h30, no Sesc Santana (av. Luiz Dumont Villares, 579). Informações pelo tel. 2971-8700. Os ingressos custam R$ 20,00.

 

Insignificância

A versão cinematográfica da peça Insignificância, realizada em 1985 e roteirizada pelo autor Terry Johnson, foi representante do cinema britânico naquele ano. Agora é encenada pela primeira vez no Brasil, com tradução e direção de Beatriz Bologna. No roteiro, o encontro imaginário entre dois ícones do século 20: Marilyn Monroe e Einstein, num quarto de hotel em Nova York, em 1953. A eles se juntam o ídolo do esporte dos Estados Unidos Joe Di Maggio, marido da atriz, e o senador Joseph McCarthy, trazendo à luz as implicações da fama. Em cartaz até 31 de agosto, sextas e sábados, às 21h, e domingos, às 20h, no Ágora Teatro (r. Rui Barbosa, 672, Bela Vista, tel. 3284-0290). Ingressos: R$ 30,00.

 

Mais nos 60 anos de EAD

A Escola de Arte Dramática (EAD) da USP dá continuidade às comemorações de seus 60 anos com as peças A Revolução dos Beatos e Os Saltimbancos, ambas com direção de Dagoberto Feliz e Gabriel Carmona. A primeira transcorre na cidade de Juazeiro do Norte, Ceará, e se utiliza do ritual do bumba-meu-boi para discutir fanatismo religioso e sua exploração política. Representantes dessa fé exacerbada como Padre Cícero desfilam seus lamentos e cantorias em busca de milagres (de quarta a sábado, às 21h, e domingos, às 19h). A segunda é uma adaptação poético-musical sensível e irreverente com texto de Chico Buarque. Na peça, quatro bichos, em frente a um coro, se encontram em busca do sonho de chegar à cidade. Trata-se de uma releitura original do texto original e que busca contextualizar sempre a poesia da obra (sábados e domingos, às 17h). Em cartaz até 10 de agosto no Teatro Laboratório da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP, que fica na av. Prof. Luciano Gualberto, trav. J, 215, Cidade Universitária. Informações: 3091-4376. A entrada é franca.

 
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