O poeta da cor

O Museu Brasileiro de Escultura (MuBE) homenageia a cidade de São Paulo com a mostra “Me Recordo. Suíte Paulistana”, com obras de Newton Mesquita. A exposição conta com 49 telas que retratam cenas urbanas, paisagens, figuras humanas, flores e situações domésticas. O visitante tem a sensação de imergir na cidade vermelha, na cidade amarela, no trecho azulado de uma rua, na imagem simples de uma banca de jornal, um homem que olha as revistas, um banco de praça. O curador Jacob Klintowitz afirma que “o artista cria uma realidade e ela se apresenta diante de nós, já desligada e independente da origem”. A visão afetiva que Mesquita tem pela cidade parte de um olhar atento e sensível e do absoluto domínio técnico. Ele transfigura o cotidiano em luzes, registra sinais luminosos de uma cidade descoberta. A inauguração acontece nesta quarta, com temporada até 31 de agosto, de terça a domingo, das 10h às 19h, no MuBE (av. Europa, 218, Jardim Europa). Informações pelo tel. 3081-8611. Grátis.

Programa de exposições e fotografias

O Centro Cultural São Paulo inaugura neste sábado várias exposições. “Meu Mundo, de Cláudia Andujar”, com 35 trabalhos fotográficos inéditos da artista; e a “1a Mostra do Programa de Fotografia”, com fotos de André Hauch, Fábio Okamoto e Luiza Baldan; com inauguração no sábado, a partir das 11h, até 28 de setembro, de terça a sexta, das 12h às 21h30, e sábados, domingos e feriados, das 12h30 às 20h, na Galeria Olido (av. São João, 473, tel. 3331-8399). E no próprio Centro Cultural São Paulo também entra em cartaz no sábado, a partir das 15h, a “1a Mostra do Programa de Exposições 2008”, com trabalhos de Anne Cartault d’Olive, Christina Meirelles, Carla Chaim, Marcelo Amorim, Monica Tinoco e Rodrigo Bivar; até 14 de setembro, de terça a sexta, das 10h às 20h, e sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h, no CCSP (r. Vergueiro, 1.000, Paraíso, tel. 3383-3402). Grátis.

O Cinema em Cartaz

Será inaugurada neste domingo “O Cinema em Cartaz”, uma exposição com cerca de 300 cartazes, nacionais e internacionais, que compõem a coleção da Faculdade de Comunicação da Faap. A mostra está dividida em 18 segmentos que exibem trabalhos que datam desde 1910 até os dias atuais. Destaque para nomes como Jules Chéret, Alexander Rodchenko, Henri de Toulouse-Lautrec e Andy Warhol, entre outros. A cenografia foi inspirada no antigo Cine Metro, que ficava na avenida São João, região central de São Paulo. O cartaz era um dos instrumentos mais eficazes de comunicação e persuasão, muito próximo do público consumidor, e possibilitou uma conexão entre filme, espectador, artistas e designers que, pelo menos no início, era despretensiosa. Até 16 de setembro, de terça a sexta, das 10h às 20h, sábados, domingos e feriados, das 13h às 17h, no Museu de Arte Brasileira da Faap (r. Alagoas, 903, Higienópolis). Informações pelo tel. 3662-7198. Entrada franca.

Virtude e Aparência

Botticelli, Andréa Mantegna, Pietro Perugino, Bellini, Rafael, Tintoretto, El Grego, Bosch e Dornike. Esses são alguns dos artistas que compõem a mostra “Virtude e Aparência (A Caminho do Moderno)”, em cartaz no Masp. O conjunto de 46 obras remonta ao período entre os séculos 13 e 18 e se divide em Pré-Renascença; Primeiro Momento Moderno; Mais Drama, Mais Ação; e À Superfície das Coisas. Nesta exposição estão presentes duas linhas de força da história da arte ocidental. A primeira se traduz na idéia de que era preciso observar além do que se estava representando na obra, como se pode ver nas pinturas religiosas, em especial Madonna, de Maestro Del Bigallo; e a segunda está voltada para as aparências em todos visíveis, é o caso da paisagem e do retrato, em que tudo está à superfície, como nas telas de Metsys e Fragonard. Trata-se de um jogo entre visível e invisível, conceito e superfície. De terça a domingo, das 11h às 18h (quinta até às 20h), no Masp, que fica na av. Paulista, 1.578. Informações pelo tel. 3251-5644. Ingressos a R$ 15,00 (grátis às terças).

2000EOITO

Trabalhos de oito jovens pintores brasileiros estão reunidos na mostra “2000EOITO”, que objetiva estimular o debate acerca das novas possibilidades para a pintura. Segundo o curador Paulo Pasta, o que motiva esses artistas é o aprofundamento da expressão própria, mas a idéia de um único estilo cede espaço à multiplicidade de tendências que se complementam dentro de um mesmo grupo. Dentre os 15 trabalhos da mostra, estão presentes Natureza Morta com Pavão Branco Sobre Tartan Laranja, de Ana Elisa Egreja, que analisa a função (ou disfunção) do elemento decorativo; Vulto, de Bruno Dunley, que imprime um rastro de fracasso em suas obras; Pedalinho, de Marina Rheingantz, que mistura memória com imagens de desenhos; e Limite 9, de Rodolpho Parigi, pautado por elementos como explosões, música, sons e a cidade de São Paulo, entre outros. A mostra será inaugurada nesta quinta e vai até 5 de outubro, de terça a sexta, das 11h às 21h30, e sábados e domingos, das 10h às 18h30, no Sesc Pinheiros (r. Paes Leme, 195, tel. 3095-9400). Grátis.

Casas do Xingu

Habitações tradicionais dos povos indígenas do Parque Nacional do Xingu figuram na mostra “A Casa Xinguana”, em cartaz até 14 de setembro no Museu da Casa Brasileira (MCB). São 46 painéis fotográficos em preto-e-branco de Milton Guran, também curador da exibição, produzidos em julho e agosto de 1978. As imagens mostram aspectos tradicionais da cultura xinguana, começando a dialogar mais estreitamente com a cultura nacional. A arquitetura, uso cotidiano, função social e dimensão simbólica são algumas das facetas abordadas pela exposição, que conta também com uma representação virtual em animação eletrônica das etapas construtivas da casa xinguana, além de maquetes para facilitar a compreensão das soluções arquitetônicas. Sempre tomando a casa como referência, são capturadas imagens de rituais como o Quarup, o Jogo do Jawari e um casamento. Ainda no dia 20 de agosto, às 19h30, o artista ministra palestra sobre a mostra e seu trabalho. De terça a domingo, as 10h às 18h, no MCB, que fica na av. Brig. Faria Lima, 2.705, tel. 3032-3727. Ingressos: R$ 4,00.