A instalação japonesa Phantasm
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de linguagem eletrônica.
A mostra de instalações traz uma série de destaques nesta edição. O americano Sheldon Brown apresenta o jogo The Scalable City, que consiste na construção de uma cidade virtual, interagindo com um duto de visualização de dados; os brasileiros Leonardo Crescenti e Rejane Cantoni mostram Piso, também apelidada de “Onda”, formada por um piso metálico que se desloca quando alguém pisa em uma de suas extremidades, de modo que os visitantes podem sentar, deitar ou surfar. Em Phantasm, do japonês Takahiro Matsuo, um mundo de borboletas brancas é gerado por uma esfera reluzente e brincam com o visitante enquanto se ouve uma suave melodia de piano; e a austríaca Zeitgenossen presta homenagem ao artista digital e programador Zelko Wiener.
Inovação, grafite e música – O File Inovação, também inédito na programação do festival, surge com o objetivo de promover a junção entre ramos da ciência, arte e economia por meio da exibição de invenções inovadoras na área. A mostra traz instalações como a brasileira Sistema de Reconhecimento Automático de Fala, um jogo interativo que funciona via uma interface virtual de casa do futuro; e Simulador de Ondas e Simulador de Turbilhão, que desenvolvem movimentos aleatórios e catastróficos.
A categoria “File Games” traz um repertório de 50 jogos eletrônicos experimentais e artísticos. Dentre os participantes, apresentam-se desde temas ligados às ciências biológicas até diálogos com movimentos da arte. Será apresentada ainda uma perspectiva dos melhores jogos produzidos no Brasil nos últimos anos. Os games se destacam pela qualidade em jogabilidade e direção de arte, com temas envolvendo a cultura brasileira, sua história e lendas indígenas. Alguns deles são Zumbi, o Rei dos Palmares; Conspiração Dumont; Ary, uma Lenda Amazônica; Iracema Aventura; e Capoeira Experience.
A game instalação americana Transpose
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Dentre as Game Instalações estão a espanhola LevelHead, um jogo de memória espacial que usa três cubos plásticos ligados por uma porta, com o objetivo de mover o personagem de sala em sala até encontrar a porta de saída; e a americana Transpose, que capta as ações físicas dos usuários por meio de uma câmera de vídeo e as traduz em som e cor em tempo real.
O File apresenta pela primeira vez no Brasil o grafite eletrônico do Graffiti Research Lab. Desafiando as dimensões da arquitetura urbana, o grupo nova-iorquino mostra seu L.A.S.E.R. Tag nas ruas de São Paulo, uma caneta de laser com a qual é possível grafitar prédios inteiros. Durante a primeira semana do File, os paulistanos poderão ser surpreendidos com o grafite digital em lugares improváveis da cidade.
O festival traz ainda dois eventos: o File Hipersônica, em que nove artistas brasileiros e internacionais trabalham no limiar da música e da imagem, explorando diferentes técnicas de captação, produção, emissão e programação do som; e o File Symposium, que reúne personalidades da área para discutir e ampliar o diálogo sobre a cultura digital eletrônica em suas relações internacionais e interdisciplinares. Destaque para as palestras “Oito Milhões de Pixels em Imagem de Quatro Quilates”, que apresenta a tecnologia 4k em relação ao cinema do futuro; e “A Cultura do Software”, lançamento do grupo de estudos Software Studies no Brasil, em parceria com o File Labo, um laboratório de desenvolvimento de novos trabalhos.
O File vai até 31 de agosto, segundas, das 11h às 20h, de terça a sábado, das 10h às 20h, e domingos, das 10h às 19h, no Centro Cultural Fiesp (av. Paulista, 1.313, tel. 3146-7405). Entrada franca. As inscrições para o File Symposium são gratuitas, com vagas limitadas. Mais informações no site www.file.org.br.
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