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Temas e Variações


Ping-Pong, objeto tridimensional de Fábio Miguez

Será aberta ao público nesta quinta a exposição “Fábio Miguez – Temas e Variações”, reunindo trabalhos recentes do artista, em que as densas tintas dão lugar a camadas leves sobre uma dominante superfície branca, assim como em seus trabalhos dos anos 90. São seis pinturas e cinco desenhos, além do objeto Ping-Pong, no qual vários planos de pinturas, vidros e madeiras, contidos em uma espécie de caixa (que aberta chega a medir 2,5 x 7,5 m de comprimento, 1,40 m de altura e 1,40 m de largura), correm de um lado para o outro, conforme o público se desloca. Segundo o curador Agnaldo Farias, Miguez levou sua indagação sobre o espaço da pintura para o limite da arquitetura, criando descontinuidades, propondo relações, jogando com o acaso. Destaque também para as obras Onde Valise e Baú, desdobramentos do trabalho Onde, apresentado em 2006, gênese de sua série de objetos. Até 28 de setembro, de terça a domingo, das 11h às 20h, no Instituto Tomie Ohtake (av. Brig. Faria Lima, 201, com entrada pela r. Coropés). Mais informações pelo tel. 2245-1900. Grátis.

 

As linhas de Nasca

O Memorial da América Latina convida a um passeio no tempo e no espaço rumo a Nasca, no Peru. A mostra “Correspondências Nasca” apresenta os trabalhos do brasileiro Alex Cerveny e do alemão Christoph Rust, com curadoria de Michael Rodemer. Originada de um vôo de helicóptero sobre a região sul do Peru para estudar e buscar a preservação dos geóglifos dos vales de Nasca, Palpa e Ingenio. Os geóglifos são gigantescas gravuras impressas no solo que lembram figuras geométricas, formas humanas e de animais, mas somente quando observadas do alto. As valas criadas por povos antigos no solo peruano expuseram o subsolo mais claro e resultaram nas “linhas de Nasca”. A mostra conta ainda com uma série de oficinas que serão coordenadas por Cerveny nesta e na próxima terça e quinta, das 14h30 às 16h30. Em formato de ateliê livre, as palestras se destinam à reflexão do desenho como linguagem universal. Em cartaz até 7 de setembro, de terça a domingo, das 9h às 18h, no Memorial, que fica na av. Auro Soares de Moura Andrade, 664, Barra Funda. Informações pelo tel. 3823-4600. Grátis.

 

Precursores do graffiti

Crédito foto: Valdir Arruda
Bota, de 1978, de Alex Vallauri

“Setenta e Oito, Setenta e Nove: Precursores do Graffiti em São Paulo” reúne obras de artistas brasileiros, principalmente ligadas à intervenção no espaço urbano, mostrando a apropriação da cidade através de xerox, arte postal, videoarte, performance, livros e publicações de poesia visual. São peças importantes do Arquivo Multimeios do Centro Cultural São Paulo, muitas delas restauradas, além de novas aquisições, como o livro Poemobilies de Augusto de Campos e Julio Plaza. Há também catálogos de exposições, como o da 1a Mostra Internacional de Poesia Visual de São Paulo e da 16a Bienal Internacional de São Paulo. Entre os artistas estão Inês Raphaelian, Lenora de Barros, Roberto Keppler, Décio Pignatari, Alex Vallauri e Tadeu Jungle. Curadoria de Maria Adelaide Pontes e Maria Olímpia de Mello Vassão. Em cartaz até 14 de setembro, de terça a sexta, das 10h às 20h, e sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h, no Piso Flávio de Carvalho do CCSP (r. Vergueiro, 1.000, Paraíso, tel. 3383-3402). Grátis.

 

Japoneses na FFLCH

A Biblioteca Florestan Fernandes da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP comemora os cem anos da imigração japonesa no Brasil com a mostra “Centenário da Imigração Japonesa: Arte, Cultura e Linguagem”. A exposição reúne informações sobre a história dos imigrantes, sua literatura, religião, ensino da língua no Brasil, arte, cultura e cultura pop, além de homenagear os descendentes de japoneses da Faculdade com painéis fotográficos que contam a história de suas famílias. Será realizada uma série de oficinas relacionadas ao tema da mostra, como Oficina de Origami (nesta quarta e em 16 de setembro, das 16h às 18h), de Ikebana (próxima terça, dia 26, das 14h às 16h) e de Sumiê (dias 2 e 9 de setembro, das 14h às 16h). É necessário fazer inscrições com antecedência na biblioteca, que fica na av. Prof. Lineu Prestes, trav. 12, 350, Cidade Universitária. Em cartaz até 17 de setembro, de segunda a sexta, das 9h às 22h, e sábados, das 9h às 13h, com entrada franca. Informações pelo tel. 3091-4504.

 

Aguce seus sentidos

Crédito foto: Valdir Arruda
City Sky, dos chineses Sara Chi-Hang Wong e  Leung Chi-Wo

O Museu da Imagem e do Som de São Paulo (MIS) reabre para o público com a mostra “Lights Out: Proposições Fotográficas em Outros Campos dos Sentidos”, em cartaz até 5 de outubro. Com curadoria de Daniela Castro, a exposição reúne trabalhos de artistas do Canadá, Brasil, Estados Unidos e China, que instigam os sentidos dos visitantes e convida-os a perceber a arte ao comer, cheirar, tocar, ouvir e desenhar. O destaque vai para a instalação fotossonora Hyalin, dos VJs canadenses Skoltz & Kolgen, que traz imagens que são modificadas pela intervenção das ondas sonoras, proporcionando ao público a experiência de “ouvir fotografias”. De terça a sexta, das 12h às 19h, e sábados, domingos e feriados, das 11h às 18h, no MIS, que fica na av. Europa, 158, Jardim Europa. Mais informações pelo tel. 2117-4777. Os ingressos custam R$ 4,00 (grátis aos domingos). Também entram em cartaz “A Arquitetura da Associação”, trabalho de arte generativa de Bill Seaman e Daniel Howe (EUA); a videoinstalação de Rodrigo Matheus, Tóquio, Pólo Sul e Grand Canyon, que integra a série O Mundo em que Vivemos; e a obra interativa Espelho, de Rejane Cantoni e Leonardo Crescenti.

 

Esculpindo a diversidade

O Museu de Arte Brasileira da Faap apresenta a mostra “5 Anos”, que traz cerca de 50 esculturas de 14 artistas, alunos do curso do Núcleo de Cultura da faculdade. Em cinco anos de atividade, foram implantados mais de 250 projetos, abrangendo as mais variadas áreas das artes, da cultura e da comunicação. Durante a visita, o público poderá apreciar a diversidade de materiais e técnicas que são utilizadas na criação de uma escultura, como modelagem, o entalhe, a fundição, a moldagem e a construção por aglomeração de partes. Partindo de um bloco de material rígido, de arames, chapas e tubos de diversos metais, silicone, látex ou gesso, cria-se uma peça de arte original. A coordenação dos trabalhos do Núcleo fica a cargo do professor Nicolas Vlavianos, um consagrado artista nacional. Em cartaz até 7 de setembro, de segunda a sexta, das 10h às 20h, e sábados, domingos e feriados, das 13h às 17h, no Museu de Arte Brasileira (r. Alagoas, 903, Higienópolis, tel. 3662-7198). Entrada franca.

 

Realidades Fugazes

Crédito foto: Valdir Arruda
A argentina Inés Ramseyer mostra a relação entre espaço e estética

A fotógrafa argentina Inés Ramseyer apresenta seus trabalhos na mostra “Realidades Fugazes”, em cartaz no Instituto Cervantes. São 30 fotos que exploram a complexa relação entre espaço, estética, emoção, luz e objetos observados. Segundo a fotógrafa, as imagens não recebem nomes para não “condicionar o ponto de vista do público”. A mostra expande o hiper-realismo da fotografia em direção a universos ficcionais e propõe uma reflexão sobre as diferentes formas de enxergar o mundo. “Decidi brincar com as imagens, alterar a dimensão e a escala dos elementos que me rodeiam para observá-los de perspectivas diversas, buscando a luz”, explica Inés. A temporada vai até 13 de setembro, segunda, das 8h às 20h, de terça a sexta, das 8h às 21h, e sábado, das 9h às 15h, no Instituto Cervantes (av. Paulista, 2.439). Informações pelo tel. 3897-9481. Grátis.

 

Povos da Guiné-Bissau

O Museu Afro Brasil apresenta parte de uma coleção portuguesa que foi doada à instituição, mostrando a arte e cultura dos bijagós, povos da Guiné-Bissau. São cerca de 80 obras, a maioria ligada a ritos religiosos, como máscaras, espadas e adornos. Ainda será exibido um documentário sobre um ritual dessa tribo africana (com trechos em francês). Também está em cartaz “Itinerarium pelo Caminho de Santiago em Castilla e León”, reunindo dois fotógrafos espanhóis e três brasileiros, entre eles Vick Muniz, com imagens da peregrinação feita na Espanha. Até novembro, com visitação de terça a domingo, das 10h às 17h, no museu (Parque do Ibirapuera, portão 10, Pavilhão Manuel da Nóbrega). Mais informações pelo tel. 5579-0593. Grátis.

 

No Sesc Santana

Composta por nove obras inspiradas na história da imigração japonesa no Brasil, a mostra “Kasato Maru – Permanência do Olhar” fica em cartaz até 26 de outubro no Sesc Santana. Criados por artistas e designers de ascendência nipo-brasileira, os trabalhos apresentam diversos segmentos do panorama cultural contemporâneo, como grafite, desenho, artes gráficas, design e moda. Eles narram histórias pessoais e de familiares do grupo de artistas e as obras foram desenvolvidas especialmente para os espaços do Sesc. Já a mostra “Esporte Luz” convida o olhar para fotos de corpos em movimento que podem ser vistas por todos os que passarem em frente ao prédio do Sesc. As imagens são registros de eventos clicados pelos fotógrafos Nilton Silva e Isabel D’Elia, que revelam a energia vibrante da prática de esportes (em cartaz até 28 de setembro). De terça a sexta, das 13h às 21h, e sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h, na av. Luiz Dumont Vilares, 579. Mais informações pelo tel. 2971-8700. Entrada franca.

 
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O Jornal da USP é um órgão da Universidade de São Paulo, publicado pela Divisão de Mídias Impressas da Coordenadoria de Comunicação Social da USP.
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