Circuito Tusp

O Teatro da USP (Tusp) traz a peça Oversized, com direção de Alice K. A partir da poética transgressora da coreógrafa e dançarina de butô Anzu Furukawa, o espetáculo desfoca elementos típicos desse estilo e cria composições que fazem referência à mulher-personagem de Anzu. Ela não se contentava com meios sentimentos ou meias paixões, ressignificando o lugar trágico do (des)encontro entre os sexos e das (in)comunicabilidades contemporâneas de forma debochada, patética e tocante. Apenas de quinta a sábado, às 21h, e domingo, às 20h, no Tusp (r. Maria Antonia, 294, Vila Buarque, tel. 3255-7182), com ingressos a R$ 15,00. Ainda na quinta tem início ao Circuito Tusp de Teatro, que leva peças aos campi da USP no interior.

Encruzilhados

O grupo Barracão Teatro apresenta a peça Encruzilhados entre Barbárie e o Sonho, com dramaturgia de Antônio Rogério Toscano e direção de Tiche Vianna. Depois de 12 anos pesquisando sobre a exclusão, a companhia lança o drama que critica a sociedade atual e a crença de que é preciso viver intensamente para não levar uma vida banal. No enredo, dois charlatões vivem de decifrar o pensamento das pessoas, até que uma moça completamente desmemoriada se torna o centro das atenções, revelando, aos poucos, os motivos que a levaram ali. Tudo é duvidoso, levando a questionar se escolhemos, de fato, nossos caminhos. “Não queríamos mais um espetáculo para ser apreciado, mas para ser vivido pelo espectador”, conta Vianna. Estréia nesta sexta e fica em cartaz até 19 de outubro, sextas e sábados, às 21h, e domingos, às 20h, no Galpão do Folias (r. Ana Cintra, 213, Santa Cecília, tel. 3361-2223). Os ingressos custam R$ 30,00.

Os Excluídos de Williams

Um trio de peças curtas sobre exclusão social do escritor americano Tennessee Williams é reunido em Outsiders – Os Excluídos de Williams, que estréia nesta quinta. As histórias são passadas dentro de quartos alugados, pensões e bordéis dos Estados Unidos nos anos 1941, 1946 e 1950. São elas Lady Vaselina, Retrato de uma Solteirona e Fala Comigo Doce como a Chuva, respectivamente. Aspectos socioeconômicos são relacionados ao sofrimento das perdas humanas, sejam elas materiais, emocionais ou eróticas. Através da fantasia, as srtas. Hardwick-Moore e Lucrecia Collins, além de outros dois personagens, tentam compensar esses prejuízos, criando um cenário de tragicomédia. O espetáculo recria elementos marcantes do universo de dramaturgo, como a moradia transitória e as críticas ao materialismo e ao sistema capitalista. A direção é de Simone Sallas A temporada vai até 30 de outubro, quintas, às 21h30, no Teatrix, que fica na r. Peixoto Gomide, 1.066. Informações pelo tel. 3149-4400. Os ingressos custam R$ 20,00.

Hamlet

O ator Wagner Moura, que assina a tradução e produção da peça Hamlet, de Shakespeare, vive o papel do príncipe dinamarquês. O Hamlet de Wagner Moura é debochado, irado, malandro, sagaz. Nessa versão traz um homem inconformado por se descobrir como único lúcido no reino da Dinamarca. O espetáculo se passa no castelo de Elsinor, onde o fantasma do rei Hamlet aparece para seu filho, o príncipe, exigindo vingança por ter sido envenenado pelo próprio irmão enquanto dormia. Com direção de Aderbal Freire Filho, e Tonico Pereira, Caio Junqueira, Fabio Lago, entre outros, no elenco. Em cartaz até 28 de setembro, sextas e sábados, às 20h, e domingos, às 18h, no Teatro da Faap (r. Alagoas, 903, Pacaembu, tel. 3662-7233). Ingressos: R$ 80,00.

Uma tragédia por amor

Uma história de amor e morte que revela o absurdo da violência. Esse é o mote de Sacrifício, montada pelo Núcleo Experimental de Artes Cênicas do Sesi-SP e inspirada no clássico Romeu e Julieta, de William Shakespeare. Com direção de Cibele Forjaz e adaptação de Fernando Bonassi, a tragédia narra a história de duas tradicionais famílias da Verona Paulistana que vivem em disputa. Quando dois membros dessas casas se apaixonam surge uma chance de paz, mas nem todos estão preparados para ela, tão acostumados estão às velhas guerras e farras. Nesse sacrifício amoroso, será decisiva a participação de um frade subversivo, que fará uma peça de teatro para brincar com os caretas e covardes, mostrando-lhes que na dor de amor pode existir esperança. Em cartaz até 14 de dezembro, de quarta a sábado, às 20h30, e domingos, às 19h30, no mezanino do Centro Cultural Fiesp (av. Paulista, 1.313). Informações pelo tel. 3146-7405. A entrada é franca e os ingressos são distribuídos a partir do horário de abertura da bilheteria.

Novidades no Sesc Paulista

O dilema do ator polonês Jacek é retratado em Só os Doentes do Coração Deveriam ser Atores, solo de Antônio Petrin. Contando com 60 anos de idade, Jacek encontra-se às vésperas de reestrear Ricardo III, de Shakespeare, mas é proibido por médicos de participar devido a problemas do coração. O impedimento soa para ele como a morte, tamanha sua vocação artística. Estréia nesta quarta e vai até 2 de outubro, quartas e quintas, às 21h. Em O Que Eu Gostaria de Dizer, um casal está prestes a ruir. No entanto, as reflexões dos dois acabam por gerar comentários bem-humorados sobre a relação. Com Luis Melo, Bianca Ramoneda e Márcio Vito. Estréia nesta sexta e vai até 26 de outubro, de sexta a domingo, às 20h30. Ambas as peças estão em cartaz no Sesc Avenida Paulista (av. Paulista, 119). Informações pelo tel. 3179-3700. Os ingressos custam R$ 20,00.