Madeira para produção de energia: sustentabilidade das matas é possível
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encontra-se a Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP, em Piracicaba, que, além do desenvolvimento de pesquisa, foi convidada para coordenar um dos projetos, em nível nacional. Isso está sendo realizado por meio da participação de José Otávio Brito, docente do Laboratório de Química, Celulose e Energia (LQCE) do Departamento de Ciências Florestais da Esalq, que coordena o projeto Inovações Tecnológicas Ligadas aos Usos Tradicionais da Madeira para Fins Energéticos no Brasil.
Brito comenta que o trabalho na área de biomassa florestal para energia já é desenvolvido há muito tempo na Esalq. “O convite da Embrapa é uma forma de reconhecimento dos trabalhos desenvolvidos pelo mais importante laboratório na área em questão, que é o LQCE.” O professor afirma ainda que o LQCE é o único laboratório da escola que, desde a década de 60, vem mantendo atividades ininterruptas de pesquisa e de desenvolvimento tecnológicos na área de madeira para energia e seus derivados energéticos, “além de ser o único laboratório da instituição que agrega a palavra energia em seu nome”.
São objetivos específicos do projeto que está sob coordenação da Esalq: determinar qualidades específicas da madeira de florestas plantadas e/ou nativas manejadas para aplicações energéticas; aperfeiçoamentos e inovações no campo da compactação de resíduos florestais e madeireiros, visando à maior agregação energética; aperfeiçoamentos e inovações em equipamentos usados para combustão direta da madeira em ambientes residenciais e em pequenos empreendimentos industriais; utilização da madeira termorretificada para aplicações energéticas; desenvolvimento de novos sistemas agregados à produção de carvão vegetal; e avaliação da potencialidade das tecnologias de conversão energética propostas no projeto, no contexto social, ambiental e econômico.
Reuniões – “Estamos nos referindo a um projeto que terá a duração de quatro anos (iniciou-se em setembro de 2007). Nesse contexto, já promovemos reuniões periódicas para discussão dos temas de pesquisa e, apesar do recente início de atividades, o projeto já alcançou resultados em relação à qualificação de madeira para energia, sobretudo ligada aos novos materiais genéticos florestais disponíveis, ao treinamento técnico, mediante a oferta de atividades de extensão e a oferta de bolsas para alunos de iniciação científica e de pós-graduação”, destaca Brito.
Capitaneada pelo Projeto Florestas Energéticas, há ainda a iniciativa dos responsáveis pela sua coordenação nacional de criar um Instituto Nacional de Tecnologia de Madeira para Energia (Itemade), com proposta a ser encaminhada ao Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT). “Nós estamos apostando que a proposta possa ser aprovada, trazendo subsídios adicionais ao projeto da Embrapa, porque esse projeto tem o perfil do edital do MCT, que é, justamente, desenvolver trabalho em rede, possuir laboratórios devidamente equipados e profissionais que se complementem em diferentes regiões do país”, conclui o professor.
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