Crédito foto: Hiroto Yoshioka

Maria Antonia nos tempos da ideologia

A idéia de que os conflitos na rua Maria Antonia, em São Paulo, nos dias 2 e 3 de outubro de 1968, opuseram a USP “esquerdista” ao Mackenzie “direitista” é uma distorção da realidade. Havia críticos do regime militar então em vigor também na universidade presbiteriana, assim como a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP abrigava grupos conservadores. “No Mackenzie, havia um movimento forte de esquerda em vários cursos e, às vezes, as entidades estudantis estavam em mãos do pessoal de esquerda”, afirma o professor Franklin Leopoldo e Silva, da USP. O diretor da Faculdade de Engenharia da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Marcel Mendes, lembra que não se tratou de um confronto entre as duas instituições, mas sim de embates entre grupos ideológicos opostos. “Havia estudantes do Mackenzie acampados na Faculdade de Filosofia.” Esse e outros aspectos da chamada “batalha da Maria Antonia” são temas de discussão do evento “1968 Vou Ver”, que o Centro Universitário Maria Antonia promove nesta semana. O encontro inclui uma exposição com fotos inéditas da época – quatro delas publicadas nesta edição. especial

 

 

FESTIVAL
Declaração cinematográfica dos direitos humanos

MÚSICA
Simoninha no Sesi

EXPOSIÇÕES
Michelangelo, obras e réplicas

CINEMA
Curta Cinemateca

 

O ensino médio faz pesquisa

O Programa de Pré-Iniciação Científica – que promoverá a participação de alunos do ensino médio público em projetos de pesquisa nos laboratórios da USP – foi lançado oficialmente no dia 26 de setembro. Nos próximos 12 meses, 380 estudantes, entre 15 e 18 anos de idade, supervisionados por 266 pesquisadores da USP e 63 professores de suas escolas de origem, vão desenvolver atividades de pesquisa em 35 unidades da Universidade, nos campi da capital e do interior. Cada aluno selecionado receberá bolsa de estudo no valor de R$ 150,00 durante um ano, podendo atuar num dos 160 projetos de pesquisa predefinidos. A iniciativa é realizada graças a uma parceria entre a USP e a Secretaria de Estado da Educação. universidade

Os efeitos da crise para o Brasil

A economia brasileira deverá sofrer impactos em 2009, provocados pela crise financeira nos Estados Unidos, e os consumidores brasileiros poderão voltar a sentir os efeitos da inflação. Mas, até o final deste ano, deverá ser mantida a tendência de desaceleração dos preços ao consumidor no município de São Paulo verificada nos meses de junho a agosto. Além disso, também permanece a revisão para baixo da meta de inflação, em 6,4% ao ano. É o que diz o professor Antônio Evaldo Comune, da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da USP. Para o também professor da FEA Manuel Enriquez Garcia, não vai haver recessão no Brasil. “O que ocorrerá é um crescimento mais baixo do PIB, em torno de 3% ao ano. Numa situação muito adversa na economia mundial, as dificuldades internas poderão durar dois anos.” internacional

Túmulos com arte

Crédito Foto: Jose de Souza MartinsAs belas esculturas dos cemitérios de São Paulo foram objeto de pesquisa recente do sociólogo José de Souza Martins. Parte de seus resultados está no livreto História e arte no Cemitério da Consolação, publicado pela Prefeitura de São Paulo para comemorar os 150 anos daquele cemitério, que foi inaugurado no dia 15 de agosto de 1858.  “Os três cemitérios públicos mais ricos de esculturas assinadas por artistas famosos, além das de artistas que se mantiveram anônimos – Consolação, Araçá e São Paulo –, têm sido para mim amplas salas de aula onde não só ensino como também aprendo”, afirma Martins, que desde os anos 70 leva alunos para visitar os túmulos. Entre as obras que ele destaca está O sepultamento, de Victor Brecheret, na Consolação. cultura

 

 

 
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