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Destaques da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo

Filmes de novos cineastas promissores e diretores consagrados. É isso o que promete a mostra, que continua com exibições nesta semana e conta ainda com a presença de grandes nomes do cinema. No encerramento, Che traz Benicio Del Toro e a festa fica por conta da cineasta e cantora portuguesa Maria de Medeiros, em uma homenagem à MPB. A programação está disponível em www.mostra.org/32.

Coyote (EUA, 2007), de Brian Petersen – O filme fala sobre três amigos que decidem se tornar traficantes profissionais de pessoas pela fronteira entre México e Estados Unidos, os chamados “coyotes”. Para aumentar os lucros, o grupo passa a transportar bandos de pessoas a pé pelo deserto, o que irá atrair a atenção da patrulha da fronteira e de “coyotes” rivais, que lutam para manter o território (quinta no Unibanco Arteplex do Shopping Frei Caneca).

Cavalo de Duas Patas (Irã, 2008), de Samira Makhmalbaf – A diretora sofreu ataques terroristas durante as gravações do filme, em que um garoto de dez anos é empregado por um homem para carregar seu filho aleijado – que perdeu as pernas na guerra – nas costas, até a escola. A criança aposta corridas com rapazes montados em burros e brinca com sua carga, que nunca está feliz: pedira a seu pai que lhe comprasse um cavalo, não um menino (ainda sem data prevista para exibição).

Horas de Verão (França, 2008), de Olivier Assayas – As trajetórias de dois irmãos e uma irmã, cada um vivendo em um país diferente, se chocam quando sua mãe – que preservava a memória do irmão, o pintor Paul Berthier – morre de repente. Novamente em contato com lembranças partilhadas e momentos do final da infância, decidirão o destino das memórias e pertences deixados pela mãe (terça, 16h, no Espaço Unibanco da rua Augusta; quarta, às 19h20, no Cine Bombril; quinta, às 16h10, no HSBC Belas Artes; e sábado, às 18h, no Unibanco Arteplex do Shopping Frei Caneca).

Retransformafrikando Filme Show (Brasil, 2008), de André Abujamra – Um espetáculo de música pop ao vivo sobre a cirurgia de redução de estômago de Abujamra, que perdeu 70 quilos. O músico é adepto do camdomblé, segundo o qual só se muda ao morrer. “Mudei sem morrer (...) me retransformei ficando, sem ir para o outro lado. E me retransformei frikando, de África e de freak, porque me considero negão e maluco”, conta (sexta, às 21h40, no Cine Bombril).

Aviadores (Áustria, 2008), de Herbert Brödl – Essa é a história dos pilotos Nilton e Fernando, viajantes do ar, para os quais voar é realização de um sonho e uma paixão, um trabalho e um destino. Eles sobrevoam a Amazônia, retratada em imagens panorâmicas, através de personagens autênticos, reflexões sobre suas experiências e o local (quarta, às 14h, na Cinemateca; sexta, às 22h, na Reserva Cultural; e sábado, às 15h, no Cine Olido).

A Erva do Rato (Brasil, 2008), de Julio Bressane Inspirado nos contos machadianos A Causa Secreta e Um Esqueleto, o filme mostra o encontro entre uma professora que não tem ninguém no mundo e um homem desconhecido. Andando em um cemitério, ela tropeça, sendo ajudada por ele, que se oferece para protegê-la para sempre, dando início a um relacionamento sinistro (terça, às 22h10, e quarta, às 16h10, no Unibanco Arteplex do Shopping Frei Caneca; e sexta, às 16h20, no Espaço Unibanco Pompéia).

Homem de Vento (Rússia, 2007), de Khuat Akhmetov Baseado em Um Senhor Muito Velho com umas Asas Enormes, de Gabriel García Marquez, o filme se passa num vilarejo do Cazaquistão, em que um rapaz doente se recupera ao ver o rosto de um velho angelical e com um par de asas. A notícia chama a atenção de burocratas interessados em aproveitar a situação e o povoado pode receber um castigo divino por sua falta de fé (sexta, às 19h30, no HSBC Belas Artes).

Gomorra (Itália, 2008), de Matteo Garrone – Os valores das províncias de Nápoles e Caserta são poder, dinheiro e sangue. Os moradores são quase obrigados a obedecer às regras do sistema, da máfia local, a Camorra. A narrativa tece cinco histórias nesse cenário violento, fixado num mundo cruel e aparentemente imaginário, mas profundamente enraizado na realidade (sábado, às 16h, e domingo, às 15h40, no Espaço Unibanco Pompéia).

Queime Depois de Ler (EUA, Inglaterra, França, 2008), de Joel e Ethan Coen – Após chegar para uma reunião ultra-secreta da CIA, o analista Osborne Cox descobre que foi demitido. De volta à sua casa, resolve se dedicar a escrever um livro e à bebida. As coisas saem do controle quando a funcionária de uma academia encontra um CD com informações para o livro e decide tirar proveito, o que leva a uma série de encontros sombrios e engraçados (segunda, às 14h, no HSBC Belas Artes; e sexta, às 22h50, no Cinesec).

O Menino do Pijama Listrado (Inglaterra, EUA, 2008), de Mark Herman – Bruno é o filho de um oficial nazista que, devido a uma promoção, vai para uma área desolada da Alemanha. Entediado e curioso, o garoto decide explorar uma fazenda, onde encontra Shmuel, que leva uma vida muito diferente do outro lado do arame farpado. Mas os encontros se transformam em uma amizade com conseqüências devastadoras (terça, às 21h, no Cine Tam).

Palermo Shooting (Alemanha, 2008), de Win Wenders – O diretor participa desta edição da mostra com seu novo filme sobre um fotógrafo em crise existencial (terça, às 21h10, no Cinesec; quarta, às 17h10, no Espaço Unibanco da rua Augusta; e sábado, às 17h30, no Cine Bombril), ainda recebe o Prêmio Humanidade e tem carta branca para programar o que quiser. Wenders escolheu 15 títulos de novos diretores, que vai comentar após a exibição. Entre eles Longe Dela, de Sarah Polley, e Bye Bye Blackbird, de Robinson Savary.

Che (EUA, Espanha, França, 2008), de Steven Soderbergh – O filme é dividido em duas partes: O Argentino e A Guerrilha. A primeira acompanha a ascensão de Che na Revolução Cubana, de médico a comandante e herói revolucionário. A segunda fala sobre a campanha boliviana, que leva o guerrilheiro à morte. O filme encerra o festival na próxima quinta, às 19h, no Unicanco Arteplex do Shopping Frei Caneca, e traz o ator Benicio Del Toro, que faz o papel principal, para debate após a exibição.

 
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