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História do LOC

Alguns anos atrás, na década de 1990, muitas dúvidas e incertezas cercavam a odontologia animal. Afinal, quem deveria atuar nessa área, dentistas ou veterinários? A época foi marcada por essa polêmica, já que a especialização não era oficializada no Brasil.

No período, Marco Antonio Gioso, médico veterinário, cirurgião dentista e professor da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ) da USP, estava fazendo residência na área nos EUA. Quando voltou ao país, em 1996, trouxe suas técnicas e presidiu, em 2002, a Assembleia Geral que culminou com a criação da Associação Brasileira de Odontologia Veterinária (ABOV), pioneira na América Latina , e que há anos realiza um Congresso anual sobre o tema, já tendo trazido um evento mundial de Odontologia Animal, em 2007.

 
Primeiro grupo de estudos em odontologia veterinária, liderado pelo Prof. Gioso. Na foto, Michelè Venturini, Herbert Correa, Wagner Intelizano e Fernando Ibañez (foto: USP em 1994)


Até a odontologia veterinária se tornar uma especialidade reconhecida pelos colegas, o Prof Gioso era um dos únicos palestrantes no tema (foto: USP 1999)
  Segundo Gioso, com a criação da ABOV, além da realização de congressos e cursos de especialização, a discussão perdeu a força. “Naquela época, os dentistas viram uma coisa nova e acharam que podiam fazer. Mas animal é muito diferente de ser humano. Quem quer trabalhar com animais, tem que ser veterinário”. Apesar disso, ele não descarta a possibilidade de um trabalho de mão-dupla. “Os dentistas sabem coisas que não sabemos, e podem colaborar com estudos de caso e pesquisa”, completa.

Na graduação da USP, o professor oferece uma disciplina optativa de odontologia animal, assim como ensina o básico em algumas disciplinas de cirurgia , além de uma disciplina em pós-graduação . De acordo com ele, tanto na USP quanto na maioria das universidades ela ainda não está inserida na grade obrigatória dos cursos de medicina veterinária.

Laboratório

O LOC, como laboratório de pesquisa, foi planejado em 1999, após obtenção de verba de pesquisa da FAPESP, com os primeiros projetos oficiais, orientados pelo Prof Gioso. O primeiro projeto foi um estudo longitudinal da instalação de próteses dentárias (metálicas e metalo-ceramicas) em cães e gatos, e o segundo projeto o estudo da casuistica de fraturas dentárias dos pacientes do HOVET, projeto este que foi vencedor do Prêmio Waltham de 2000.

O laboratório, contando com seu espaço físico equipado, também foi colocado à disposição do atendimento de pacientes do HOVET, de maneira que o Prof Gioso, e seus orientados, participavam da rotina do hospital veterinário, oferecendo suporte odontológico para cães e gatos, e animais silvestres, desde sua inauguração, em 2000.
 
Com orientação e supervisão do Prof Gioso, ele pessoalmente, e seus orientados de pesquisa, deram início aos primeiros atendimentos de pacientes da rotina do HOVET (foto: USP 2000).


Equipe do LOC (Foto: 2000)
  Pesquisas

O LOC recebe apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), que financia os projetos e cede os aparelhos necessários. Hoje, o Laboratório de Odontologia Comparada faz pesquisas clínicas, comparadas com seres humanos, em três áreas: pequenos animais, silvestres e equinos. “Acreditamos que 90% dos profissionais que hoje fazem odontologia de animais que atuam na área passaram por aqui direta ou indiretamente ”, aponta o professor , além de vários outros pesquisadores médicos e dentistas.

Dia-a-dia do LOC

A equipe é formada por seis pós-graduandos, além de técnicos, enfermeiros e anestesistas. Residentes do hospital da área clínica e cirúrgica também costumam passar pelo laboratório para aprofundar os conhecimentos na área.

O Laboratório de Odontologia Comparada oferece cursos teórico-práticos, e participa do Curso de Especialização (lato sensu) em Odontologia Veterinária, formando os melhores profissionais na área.
 
Principais publicações científicas na área de Odontologia Veterinária são produzidas no LOC