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Em Piracicaba: conheça a Estação de Anhumas
A série “USP Sem Fronteiras” tem como princípio apresentar instalações pouco conhecidas do público geral e localizadas em cidades onde não estão os campi mais “famosos” da Universidade.

Mas para falar da Estação Experimental de Anhumas, tema do texto a seguir, precisa-se quebrar essa regra. Afinal, legalmente falando, Anhumas não é uma cidade, e sim um bairro de Piracicaba – onde está a Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), uma das unidades da USP mais conhecidas e com mais de 100 anos de existência.
Acontece que a distância entre o bairro de Anhumas e o centro de Piracicaba é tão grande – cerca de 25 quilômetros – que tem-se a impressão que está se trocando de cidade para ir de um local a outro. Ainda mais se considerarmos as difíceis estradas de terra e os inúmeros campos de cultivo que estão entre os dois pontos.   Essas credenciais fazem com que a Estação Experimental de Anhumas, pertencente ao departamento de genética da Esalq, possa incluir-se na série desenvolvida pelo USP Online. E a importância da Estação para as pesquisas realizadas na Esalq fazem com que a Estação seja, hoje, um dos principais centros experimentais da unidade.    
Laboratório
A Estação Experimental de Anhumas tem 306 hectares de extensão. Distribuem-se pelo local campos de plantação dos mais variados, onde se cultivam soja, feijão, mandioca e outros vegetais.
 
Nesses campos acontece uma série de pesquisas desenvolvidas pelo departamento de genética. A Estação não recebe, usualmente, alunos dos cursos de graduação da Esalq; por outro lado, é um dos centros mais procurados pelos pós-graduandos da unidade, que têm no local um verdadeiro laboratório a céu aberto.

Testam-se ali, por exemplo, variantes na plantação da soja – avaliando a resistência da planta a determinada praga ou sua eficácia se submetida a tipos distintos de fertilizante. Até mesmo a relação entre o cultivo principal e as famigeradas ervas daninhas é tema de estudo em muitos dos projetos desenvolvidos.

 Na fazenda também é mantida uma criação de gado - com cerca de 740 cabeças. Os animais não são objetos de pesquisa. Eles estão ali para garantir a ocupação do terreno e assim garantir uma maior viabilidade econômica à Estação. “Nossa intenção é manter a área em sua plena atividade”, explica o engenheiro Cláudio Segatele.

A mistura entre animais, plantações e o rio Tietê – sim, o próprio Tietê, em sua fase mais límpida – faz da Estação uma paisagem das mais interessantes. Que recebe continuamente visitas inusitadas da natureza, como os tuiuiús, aves características do Pantanal brasileiro.
 
Veja fotos da Estação de Anhumas
 
Histórico
O nome oficial do local é Estação Experimental de Anhembi – o que dá uma certa confusão com outra estação que a Esalq mantém na cidade de Anhembi, vizinha a Piracicaba, e que será tema de reportagem no USP Notícias em breve.

A fazenda passou a fazer parte da estrutura da USP em 1983, quando foi realizada sua inauguração oficial. Antes disso, era uma propriedade particular. Já nessa época o atual administrador da fazenda, José Monteiro, trabalhava no local. Hoje ele mora dentro da propriedade, junto com a família, e explica com poucas palavras sua relação com a Estação Experimental: “isso aqui é minha vida”.
 

Nome: Estação Experimental de Anhumas

Unidade: Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq)

Cidade: Piracicaba-SP - no bairro de Anhumas, distante 25 km da sede da Esalq

Atividades desenvolvidas: pesquisas experimentais do departamento de genética da Esalq.

   
 
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