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Anhembi e Itatinga: mais de um terço da USP está ali
Provavelmente você nunca ouviu falar das Estações Experimentais que a USP mantém nas cidades de Anhembi e Itatinga. Mas saiba de um dado interessante: a área somada desses dois centros, ligados ao Departamento de Engenharia Florestal da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), representa nada menos que um terço de toda a área útil pertencente à Universidade.

São 2.887 hectares – 2.224 em Itatinga e 663 em Anhembi – em duas fazendas destinadas a pesquisas, cursos de extensão, produção agrícola e outras tantas atividades.

 
Itatinga
A cidade de Itatinga tem cerca de 16 mil habitantes e está distante 180 quilômetros de Piracicaba. A Estação Experimental da cidade, pertencente à USP desde 1989, contém também a sede administrativa que responde também por Anhembi – as duas fazem parte do mesmo departamento e tem o mesmo administrador, o engenheiro João Carlos Teixeira Mendes.

O foco principal das Estações é a pesquisa em engenharia florestal. Em Itatinga, isso se traduz em uma série de iniciativas. Parte da fazenda é arrendada para plantios da iniciativa privada – o que resulta em uma série de parcerias e troca de experiência entre os lados.

A Estação recebe, também, ao longo do ano, estudantes de escolas técnicas agrícolas que procuram o local para a realização de estágios. Ali, eles colocam “a mão na massa”, vivenciando diretamente o cotidiano de uma fazenda profissional e ampliando significativamente suas formações. Para recebê-los, a Estação dispõe de uma longa estrutura, com alojamentos, salas de aula, refeitórios e outros.

 

No início do ano letivo, os alunos do primeiro ano do curso de engenharia florestal da Esalq fazem uma visita à Estação para conhecê-la – e, mais que isso, para já pensar como o local pode contribuir para a sua carreira acadêmica.

Essa, inclusive, é uma das principais metas da Estação. João Carlos Teixeira Mendes acredita que o local tem potencial para abrigar pesquisadores de outras unidades da USP, não somente da Esalq. A ampla presença de espécies vegetais e animais, somada a um terreno rico e diversificado, sustenta a idéia de que a Estação possa ser tema de estudo de pesquisadores de outros ramos da ciência. “Se a pessoa tiver um projeto interessante, que possa ser desenvolvido aqui, encaminhe a idéia e nós poderemos recebê-la”, diz Mendes.

A interação entre a Estação e a cidade de Itatinga acontece por meio das visitações que a comunidade faz à fazenda – além de visitas monitoradas, ocasionalmente o local recebe pessoas interessadas em “conhecer melhor o que a USP está fazendo na cidade”, como explica o engenheiro. E a cidade também torna-se contemplada com a estrutura exigida pela Estação: “nossa fazenda foi o primeiro lugar da cidade a dispor de internet banda larga. A partir daí, outros prédios da cidade se mobilizaram para também ter”, aponta Mendes.

 
Anhembi

Em Anhembi, pequena cidade de 5 mil habitantes às margens da Rodovia Samuel de Castro Neves - a SP-147 - funciona a outra Estação Experimental ligada à Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz.

A diferença principal entre as duas estações está na magnitude. O tamanho menor da fazenda de Anhembi faz com que a Estação não tenha programas continuados de estágio nem receba, com a freqüência de Itatinga, alunos da graduação da Esalq. Ainda assim, a importância da Estação para as pesquisas desenvolvidas na unidade é muito grande.

Como exemplo, João Carlos Teixeira Mendes aponta estudos realizados na fazenda que contam com parceria com a Petrobras - um desses projetos trabalha a questão do seqüestro de carbono, tema presente nas discussões atuais sobre aquecimento global e sustentabilidade ecológica do planeta.

Toda a beleza da Estação de Anhembi só é prejudicada pela presença do Rio Tietê no local. O rio que ali passa é distinto do da capital. Se em São Paulo as águas do Tietê são contaminadas por esgoto e outros dejetos enviados ao seu leito, em Anhembi as águas do rio são até limpas e a pesca é uma das principais atividades da cidade; por outro lado, nas margens do rio verifica-se um sem-número de dejetos sólidos, como garrafas plásticas, sacos plásticos, bolas e brinquedos. Por ironia, grande parte desse lixo vem justamente da capital do estado, tão distante da pacata Anhembi.
João Carlos Teixeira Mendes é engenheiro florestal formado pela Esalq. Ele acredita que o momento atual da profissão é dos melhores e aconselha jovens que pensam em escolher essa carreira. "É uma carreira em ascensão", define.

Para o engenheiro, a consciência ambiental atual e as severas legislações na área fazem com que o profissional da engenharia florestal seja cada vez mais requisitado. "Uma empresa que necessita investir nessa área está sujeita a pesadas multas se descumprir a lei. Então a interferência de um profissional qualificado é indispensável".
Galeria de Fotos

Nome: Estações Experimentais de Itatinga e Anhembi

Unidade: Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq)

Cidade:Itatinga e Anhembi (SP)

Atividades desenvolvidas: pesquisas e experimentos pelo departamento de engenharia florestal da Esalq.
   
 
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