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FEA na lista das melhores escolas de Ciência Regional do mundo

A Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da USP (FEAUSP) é a única escola de Economia do Hemisfério Sul a integrar a relação inicial das melhores escolas de Ciência Regional do mundo, segundo lista divulgada em julho pela RSAI – Associação Internacional de Ciência Regional, uma associação internacional que congrega 4 mil cientistas de todo o mundo que desenvolvem pesquisas sobre economia regional e urbana, desenvolvimento regional, desenho e avaliação de políticas regionais e outros temas que analisam a interação entre as pessoas e o território. Além da USP, fazem parte da lista as Universidades de Illinois, Arizona, Arizona State, George Mason and Cornell, na América do Norte; as Universidades Livre de Amsterdã, Barcelona, Groningen e London School of Economics, na Europa; e a Universidade de Tsukuba, no Japão.

A inclusão da USP na lista se deve à atuação do NEREUS (Núcleo de Economia Regional e Urbana da USP), um centro de estudos de economia regional e urbana, vinculado ao Departamento de Economia da FEA, que vem se projetando internacionalmente desde sua fundação em dezembro de 2002. O núcleo reúne professores, pesquisadores, pós-graduandos e alunos de graduação com interesse em diversas áreas de economia aplicada em que a dimensão espacial torna-se elemento fundamental de análise. Fundado pelos professores Eduardo Amaral Haddad e Carlos Roberto Azzoni, o grupo é formado ainda pelos professores Joaquim José Martins Guilhoto, Danilo Camargo Igliori e André Luís Squarize Chagas.

Segundo o secretário executivo da RSAI, Prof. Tomaz Ponce Dentinho, um dos requisitos para a escolha das melhores escolas é ter um ou mais programas de doutoramento no âmbito da ciência regional e ter artigos publicados nessa área em revistas científicas de reconhecimento internacional. “A USP foi uma das primeiras a ser escolhida pela presidência da Associação. O Conselho da RSAI, reunido em Bandung (Indonésia) no dia 3 de julho, aprovou o padrão de qualidade que deve servir de exemplo a outras universidades que queiram ver seus cursos divulgados em nível global. O objetivo não é hierarquizar, mas globalizar com garantia de qualidade a ciência regional”, explicou Dentinho.

Para o chefe do Departamento de Economia da FEA, Prof. Joaquim Guilhoto, essa classificação é resultado da projeção do NEREUS em nível internacional, que tem se consolidado em termos de publicações em periódicos científicos. “Acho que isso é muito importante, porque um dos objetivos da USP como um todo é a internacionalização”. O grau de internacionalização da produção científica do NEREUS está próximo de 50%. Ao todo, o centro de estudos em economia regional e urbana da USP já publicou, em uma década, 148 artigos científicos, 16 livros e 85 capítulos de livros. Foram 15 teses de doutorado orientadas pelos docentes, das quais 11 concluídas, e 20 dissertações de mestrados, sendo 13 já defendidas.

O coordenador do NEREUS, Prof. Eduardo Haddad, recebeu a notícia com grande satisfação. Para ele, este reconhecimento por parte da comunidade científica internacional motiva o grupo a continuar trilhando o caminho, iniciado há pouco mais de 10 anos. “Quando o NEREUS foi criado, nosso objetivo era a sistematização e consolidação de uma área de pesquisa, já com grande tradição no Departamento de Economia. A efetiva interação e integração entre os participantes do grupo tem nos permitido desenvolver nossas pesquisas e formar nossos alunos em um ambiente amistoso de cooperação”. Haddad ressaltou o empenho, a dedicação e a amizade dos integrantes do NEREUS e estendeu o reconhecimento às atividades de todo o Departamento de Economia da USP.

Cofundador do Nereus, o prof. Carlos Azzoni lembra que o embrião do Núcleo foi formado na década de 60. “Naquela época, a FEA já realizava pesquisas nessa área. Acredito que o reconhecimento vem não só do trabalho do atual grupo, mas também do esforço feito pelos pioneiros”. Ao ser questionado sobre a contribuição do Nereus para a economia brasileira, o economista afirma que o centro de estudos, além de fazer uma análise da evolução da concentração regional e da desigualdade regional, fornece ferramentas de aplicação para solução de problemas de planejamento, em áreas como transportes e energia. Para tanto, desenvolve e utiliza modelos econômicos de grande escala, que funcionam como verdadeiros laboratórios para se testar resultados de diferentes intervenções sobre o espaço econômico.

O NEREUS já recebeu vários prêmios nacionais e internacionais, entre eles o Epainos Award da European Regional Science Association, o Leontief Memorial Prize da International Input-Output Association (IIOA), em 2009; o Banco de la Republica Award, de Bogotá, em 2008; o Prêmio BNDES de Economia 2010 (1º lugar) – melhor tese de doutorado; e o Prêmio Capes de Tese 2011 – Menção Honrosa.

Fonte: Cacilda Luna (06/08/2013), FEA USP Online

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