TD NEREUS 06-2019
Milene Simone Tessarin, Wilson Suzigan e Joaquim José Martins Guilhoto
A inovação brasileira está esganada, mesmo o país hospedando multinacionais inovadoras mundialmente. Este artigo busca entender isso ao comparar o esforço inovativo das empresas manufatureiras que cooperaram para inovar das que inovaram sem cooperação, segmentadas por categorias tecnológicas e origem do capital controlador. Utilizou-se uma tabulação especial da Pintec/IBGE com informações não exploradas. O estudo contribui ao contrapor empresas que inovaram com cooperação ou não, pois esta comparação não foi estudada. Resultados mostraram que a cooperação é decisiva para diferenciar os esforços inovativos, independente da categoria tecnológica. Já a origem do capital não representou fator distintivo. A cooperação foi essencialmente feita com clientes e fornecedores, e outra empresa do grupo no exterior para firmas estrangeiras, a despeito da literatura focar na cooperação com universidades e institutos de pesquisa. Conclui-se que inovar com cooperação gera esforços inovativos melhores, assim, estimular empresas a cooperarem pode aumentar a inovação brasileira.