No Brasil, “a produção de manga atinge cerca de 1,3 milhão de toneladas por ano”¹, e a quantidade de resíduos desperdiçados fica, na média, em torno de 480 mil toneladas por
ano. Um desses resíduos é o caroço da manga. Segundo Rodrigues Filho, “As sementes correspondem a algo entre 30% e 45% do peso da manga, dependendo da variedade”, e observa-se que “essa montanha de resíduos normalmente tem como destino final a queima ou o descarte no lixo”¹.
Pesquisadores da Universidade Federal de Uberlândia (MG) e da Universidade de Caxias do Sul (RS) desenvolveram um plástico biodegradável (acetato de celulose), a partir da celulose presente no caroço da manga. O conceito de produzir materiais a partir de componentes descartados oferece diversas vantagens comerciais, principalmente no quesito investimento em matérias primas.
O plástico vegetal produzido esta sendo utilizado em membranas e pode ser empregado em diversas aplicações, dentre as quais: processos para purificação de água, tratamento de efluentes e sessões de hemodiálise.
Resumidamente, “essa membrana se comporta como uma peneira molecular, rejeitando seletivamente quase todas as moléculas dissolvidas e permitindo somente a passagem da água pura”¹.
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