A definição de Agricultura de Precisão (AP), segundo Molin (2002) é: “Sistema de gerenciamento da produção agrícola que emprega um conjunto de tecnologias para que os sistemas de produção sejam otimizados, tendo como elemento chave o manejo da variabilidade da produção e dos fatores envolvidos”.
Apesar de parecer tecnologia do futuro, já é empregada no Brasil desde 1997 e vem sendo aperfeiçoada junto aos avanços da informática, eletrônica e do geoprocessamento de dados.
A gestão mais eficiente da terra, do tempo e do dinheiro é a proposta da AP, que apesar de diversos exemplos de sucesso ainda sofre no Brasil com quatro grandes entraves principais que precisam ser superados. Entre eles:
- A quebra do paradigma de que a AP se aplica somente a grandes produtores, pois é possível estabelecer metas graduais inclusive para pequenos produtores, conforme o estágio tecnológico em que se encontram;
- A melhoria na qualificação técnica dos profissionais, pois existem poucos profissionais especializados – sendo, portanto uma barreira para a expansão com qualidade técnica da AP.
- A produção nacional de equipamentos para aplicação, viabilizando o custo para compra e possibilitando a compatibilidade destes com a realidade das lavouras brasileiras.
- A padronização das informações coletadas, permitindo a troca de material e comunicação entre os profissionais do ramo.
O modelo de agricultura com precisão cada vez maior ainda esta em fase de consolidação de conceitos e procedimentos no Brasil. Faltam estudos, investimentos e divulgação para que se estabeleça como padrão para a agricultura nacional.
Referências: MOLIN, J.P. Definição de Unidades de manejo a partir de mapas de produtividade. Engenharia Agricola, Jaboticabal, v. 22 n. 1, p.83-92, 2002.
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