Tendências no mercado agrícola

Durante os últimos 30 anos a produção nacional de grãos, carnes, frutas e hortaliças quadruplicou, colocando o Brasil como um importante fornecedor mundial de alimentos. Devido a concessão de créditos e ao espírito empreendedor dos produtores, tornou-se possível adoção de sistemas sustentáveis de produção, com uso de tecnologias modernas.

A rastreabilidade se estabelece como uma tendência no processo produtivo integrado. Através dele o produtor verifica informações durante as várias etapas entre o plantio/pós-colheita, nascimento/abate, sendo possível identificar e corrigir falhas na produção e retirar de circulação produtos ruins, segundo os padrões de qualidade mundial (ISO 8402 e 9000).

Por outro lado, os mercados passam a exigir esse tipo de prática para estabelecerem contratos de importação, assegurando a origem de matérias-primas, gestão sócio-ambiental, bem-estar animal, dentre outros requisitos como certificação de qualidade.

Em se tratando de mercados comerciais globalizados, nos casos envolvendo problemas de saúde pública é possível identificar lotes contaminados e, se necessário, retirá-los do mercado, bem como definir responsabilidades sobre de cada participante do processo produtivo, rapidez em recalls, projeção de demandas, gerenciamento logístico, entre outros.

Ordem de rastreabilidade

 A implantação desse sistema envolve a identificação dos agentes da cadeia produtiva, tipo de produto, equipamentos apropriados, técnicas e tratamentos até a chegada ao consumidor final. Tais informações são arquivadas em bancos de dados específicos e validadas por um técnico responsável capacitado.

Deve-se levar em conta também as características fundamentais que viabilizam sua execução:

  • Flexibilidade: o nível de rastreabilidade deve ser de fácil assimilação nas operações técnicas e na gestão produtiva. Uma vez que essa prática envolve custos na produção, cabe à empresa estabelecer o grau em que a rastreabilidade será empregada, contribuindo para o menor preço final possível.
  • Capacidade de consulta: após caracterizar o processo produtivo, deve-se fornecer um meio para que o cliente tenha acesso às informações que acompanham a cadeia produtiva de determinado produto.

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