Nanorrobôs invadem o corpo humano

A nanorobótica ainda é considerada por muitos um elemento de ficção científica, apesar dos avanços da eletrônica estar chegando a escalas cada vez menores. Nanorobôs não são caracterizados apenas por suas dimensões microscópicas, mas também por serem capazes de manipular coisas nessa escala. Tais elementos permitirão uma nova gama de aplicação da eletrônica nos biossistemas, através de nanossensores, nanoatuadores, etc.

Microrrobô próxima à uma mosca da fruta.

Recentemente a equipe do professor Dr. Brad Nelson, do Instituto Federal de Tecnologia da Suíça, apresentou três tipos diferentes de nanorobôs, de tamanhos progressivamente pequenos, que são ativados e controlados por campos magnéticos. Com apenas um terço de milímetro de largura, os microrrobôs são apresentados como um passo efetivo no projeto de desenvolver máquinas capazes de levar medicamentos até os pontos específicos onde eles são necessários, evitando o risco de efeitos colaterais, e de efetuar pequenas cirurgias.

A grande novidade por trás dessa tecnologia é que os nanorrobôs são dispositivos que podem ser controlados com alta precisão. Estas estruturas poderão ser utilizadas não só para manipular coisas em escalas nanométricas, como células e moléculas, mas também serviriam para atuar em locais específicos do corpo humano.

Além de cirurgias cardíacas, os pesquisadores pretendem voltar o desenvolvimento de seus microrrobôs médicos para a remoção seletiva de tecidos tumorais. Eles se deslocam de forma muito precisa seguindo os gradientes de um campo magnético, que pode ser modulado individualmente para cada robô. Em teoria, garantem os pesquisadores, este princípio de locomoção pode guiar todo um batalhão de minúsculos robôs cirurgiões através do corpo.

Porém, para dar funcionalidade a esses dispositivos e melhorar suas capacidades, questões fundamentais devem ser superadas. Para citar alguns exemplos, a biocompatibilidade deve ser assegurada, os processos de transporte e liberação de biomoléculas devem ser projetados, além da forma como ocorrerão as interações com os tecidos e macromoléculas, que devem ser aprimoradas.

Veja um vídeo sobre o assunto:

Fonte: Azonano

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