Bioquerosene de aviação a partir de sacarose

Durante a visita de Barack Obama ao Brasil, o presidente norte-americano assinou uma parceria entre Brasil-EUA para o desenvolvimento de bioquerosene de aviação.

Dentre as empresas envolvidas estão as brasileiras Embraer e a companhia aérea Azul, e dentre as americanas estão as empresas General Electric e Amyris. Segundo Freire “A proposta das empresas é oferecer um produto seguro, renovável, estável em termos de custos e que represente uma significativa redução das emissões de gases do efeito estufa em comparação ao querosene de aviação”.

Atualmente, a querosene de aviação responde por 30% a 40% dos custos do vôo, onde se verifica que a existência de um novo combustível poderia representar maior segurança diante das variações do preço do petróleo.

A Azul será a primeira companhia aérea do mundo a utilizar a bioquerosene de aviação obtida a partir da rota tecnológica baseada na sacarose. Outros países já estão desenvolvendo biocombustíveis com a mesma finalidade a partir de biomassas como camelina, pinhão manso e soja – inclusive, em 2008, a Airbus voou com um avião A380 que usa uma tecnologia que transforma gás em combustível líquido.

Para se ter noção da dimensão do nicho de mercado desse novo biocombustível, a Iata, uma associação mundial de transporte aéreo, estima que os biocombustíveis possam até 2020 tomar 6% do mercado, que hoje é de aproximadamente US$ 300 bilhões.

John Melo, presidente da Amyris, acredita que haverá mais de uma tecnologia vencedora para reduzir a dependência do petróleo, mas reconhece que existe uma espécie de corrida do ouro no segmento. Ele ainda ressalta o fato da boa escala de experiência do Brasil em relação à produção de biomassa de cana-de-açúcar, e conclui: “O Estado de São Paulo é uma espécie de Arábia Saudita da biomassa, com escala, eficiência e baixo custo”.

Fonte: Valor online e Biodieselbr.

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