A empresa de aço Tata Steel, em colaboração com a Australian Dyesol, especializada em tecnologia solar, e a Universidade Swansea, Reino Unido, desenvolveu um processo para revestir uma viga de três metros de comprimento com uma camada sensível à luz, como intuito de torná-la um módulo solar.
Neste novo desenvolvimento, utiliza-se um eletrólito, uma camada de pigmento de titânio, que é usado em tintas brancas ou até mesmo nas pasta de dentes, revestindo a superfície do aço com um corante de rutênio. Quando a luz incide sobre o corante, excita os elétrons que são conduzidos para fora pela camada de titânio.
Este processo tem sido descrito pela Dyesol como “fotossíntese artificial”. A célula solar à base de corantes é feita para ser eficaz, tanto na luz direta do sol, como na luz difusa. A eficiência de conversão em torno de 10% é significativamente menor que os 30% alcançados com rígida células de silício, mas o custo da eletricidade gerada por kilowatt através dessa tecnologia deve ser menor.
Este novo empreendimento tem implicações interessantes para a emergente Indústria Fotovoltaica Integrada à Construção (BIPV, sigla em inglês). O mercado mundial de materiais destinado a construções sustentáveis é estimado em US$ 400 bilhões.
Trabalhos adicionais estão sendo feitos para comercialização deste processo e a empresa espera ter um prédio de demonstração construído em três anos. Ser capaz de revestir esta viga com energia fotovoltaica também abre possibilidades de revestir janelas, fachadas, toldos e outros materiais utilizados na construção civil.
Fonte: Ciclo Vivo
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