Opção inovadora para substituição das Sacolinhas Plásticas

Após sancionada em São Paulo a  lei municipal nº 15.374/2011, que prevê a proibição da distribuição de sacolas plásticas a consumidores em todos os estabelecimentos comerciais do município, houve grande controvérsia quanto a diversos fatores, dentre os quais: Como será feito o transporte das mercadores; as sacolas plásticas são mesmo um problema ao meio ambiente; e qual seria a melhor maneira de substituir as antigas sacolinhas plásticas de maneira a manter as suas funcionalidades tanto socioculturais quanto econômicas.

Ilustração de sacolas feitas à base de jornal reutilizado, reforçado com resina à base d’água.

A seguir está parte da publicação de André J. Oliveira e sua equipe, que sob orientação do Professor M.Sc. Alan R. G. Marinho, propõe uma solução inovadora: a substituição da antiga sacolinha plástica por uma sacolinha feita de jornal e revestida com uma resina a base de água. Tal produto possui resistência superior à resistência convencional da folha de jornal, possui custo e tempo estimado de degradação inferior à da sacolinha biodegradável e ainda incentiva cooperativas e organizações comunitárias.

Trechos da publicação:

“Uma solução apresentada é o desenvolvimento de uma sacola que tem como matéria-prima folhas de jornal usado, reforçado com resina à base d’água. Essas sacolas, além de atender às expectativas dos clientes de supermercados, retornando à cultura anterior com um custo mais acessível do que as OPB’s, utilizam como matéria-prima o jornal usado descartado, reduzindo significativamenteo tempo de decomposição no meio ambiente, se comparado com as antigas sacolas de plástico. Outro fator positivo é sua fabricação de maneira artesanal, podendo ter como polos de manufatura ONG’s e cooperativas, promovendo inclusão e desenvolvimento social de regiões menos favorecidas”.

Comparativo de Resistência à Tensão: jornal puro e jornal com resina.

Analisada a partir do estudo dos autores, a nova embalagem será desenvolvida para suprir a necessidade da população brasileira, uma vez que as alternativas apresentadas para a substituição das sacolas de plástico se mostram controversas. A possibilidade de inserir no mercado um produto que seja sustentável e de baixo valor agregado, com a fabricação a partir de inclusão social e desenvolvimento regional, além da manutenção cultural da sociedade brasileira, acostumada com a comodidade das sacolas oferecidas nos supermercados são os principais fatores de motivação para o desenvolvimento do produto”. 

Tempo de degradação das sacolas plásticas, sacolas biodegradáveis e da folha de jornal.
Mais informações sobre o artigo:
OLIVEIRA, André J.Sacola para armazenar compras à base de jornal reutilizado. 

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