O agronegócio já mostrou que é um dos pilares para a manutenção do equilíbrio econômico brasileiro, graças às exportações desse setor o Brasil consegue manter o superávit da sua balança comercial (número de exportação maior do que o de importação de produtos). E quando fala-se em agronegócio no Brasil, geralmente a imagem que vem a mente é de grandes áreas em monocultivo e um número enorme de máquinas agrícolas plantando e colhendo essa produção. Mas, o agronegócio não é formado só por latifundios e por colheitas de milhares de toneladas. Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento Agrário, a agricultura familiar já produz 70% dos alimentos consumidos no mercado interno brasileiro. Esses agricultores geralmente estão organizados em núcleos formados por laços familiares (pai, mãe, filhos ou grupo de irmãos) ou em cooperativas agrícolas que reúnem vários pequenos produtores de uma região.
Isso demonstra que a Engenharia de Biossistemas pode contribuir bastante para o desenvolvimento desses produtores. Pois, sua demanda por tecnologias e formas de produção são diferentes daquelas necessidades das grandes propriedades e necessitam de uma atenção especial, já que a segurança alimentar brasileira depende desses produtores. Demandas por sistemas de geração elétrica distribuida (algumas propriedades estão isoladas da rede elétrica), tecnologias específicas de irrigação e drenagem, sistemas de controle climático (cultivos protegidos) e de controle alternativo e integrado de pragas são algumas das tecnologias demandadas por esses produtores.
Alguns deles, devido principalmente à falta de desenvolvimento tecnológico específico às suas necessidades, acabam desenvolvendo seus próprios equipamentos. Exemplo desse agricultor, que devido às suas dificuldades de colheita de mandioca desenvolveu um equipamento para realização dessa tarefa: http://www.mt.agenciasebrae.com.br/noticia.kmf?canal=795&cod=11283149&indice=10 . Portanto, o Engenheiro de Biossistemas pode atuar suprindo essas necessidades da agricultura familiar.
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