Precisão Fundamentada – Robôs

Agricultura de precisão é um tema muito citado hoje em dia pelos agricultores, principalmente quando os assuntos são reduções de custos por hectare e consequentemente uma maior lucratividade juntamente com agregação de um maior valor ao produto. Quando falamos em “precisão” podemos citar ações que são extremamente regulares em sua execução, ações que envolvem alta exatidão de desenvolvimento, totalmente relacionada a processos de otimização, e principalmente nos dias atuais, sem deixar de lado a tecnologia. De acordo com o macroprograma de agricultura de precisão da Embrapa “as tecnologias geradas pelo uso da agricultura de precisão tem por objetivo detectar, monitorar e manejar a variabilidade espacial e temporal dos sistemas de produção agropecuários buscando a otimização de tais, podendo dessa forma contribuir para a racionalização da produção agropecuária e florestal, reduzindo as perdas e o impacto ambiental, aumentando a renda dos produtores rurais, e contribuindo ainda com os sistemas de rastreamento.”

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O uso da Agricultura de precisão enfrenta diversas barreiras como desenvolvimento de metodologias para a pesquisa na propriedade agrícola assim como avaliação do produto final, salientando ainda para a falta de especialização nas tecnologias de otimização de tais sistemas, além de incompatibilidade entre os firmwares e softwares de aquisição de dados com atuadores e sensores, defrontando uma cultura muito radical quanto à aceitação de tais inovações para a este meio de desenvolvimento. Porém a incompatibilidade entre sensores, atuadores, softwares e firmwares citada acima já pode ser resolvida através de um sistema de compatibilização chamado de “Fieldbus”, ou seja, uma rede de dispositivos para automação que compartilham um único meio de comunicação de dados.

A Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) em conjunto com a Embrapa,a empresa Jacto e o Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento desenvolveram uma plataforma robótica modular e multifuncional, cujo nome “Agribot” chama atenção para “bot” na Agricultura, para aquisição de dados em agricultura de precisão, com ajuda da Finep (Financiadora de Estudos e Projetos). O robô desenvolvido pelo grupo chamado “Grupo de Robótica Agrícola” da EESC, é uma inovação para a agricultura brasileira em todos os aspectos. Constituída por dois subsistemas principais sendo eles:

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  • Plataforma robótica base, constituída por sistemas eletrônicos, mecânicos, como “tração” nas quatro rodas permitindo sua locomoção pelas diversas topografias encontradas no ambiente agrícola
  • Módulos complementares, a principio compostos por módulo de localização e navegação autônoma, através da utilização de um sistema de GPS, sensores inerciais e sensores de escaneamento a laser dos ambientes de estudo e caracterização.

Este ultimo “elemento” do robô é compostos por bases as quais recebem subsistemas de inúmeras funções de modo a trazer flexibilidade de aplicação para o conjunto modular visando utilização em um amplo campo de atuações. As imagens capitadas pelo “Agribot” são realizadas através de um sistema computacional ligados diretamente com o sistema de navegação da plataforma robótica devido à conexão entre informações de processamento de algoritmos de controle de navegação, de coleta e rotina de transmissão de dados, sendo a rede de transmissão de dados utilizada a chamada CAN (Controller Area Network), o qual utiliza de 64 bits para “transporte” de tais dados. A comunicação sem fio ocorre por teleoperação e troca de informação entre plataforma robótica e estação de operação que funciona alocada em uma carreta acoplada a um veículo. Além da utilização do sistema de compatibilização de dados entre os softwares embarcado, chamado usualmente de “Fieldbus”. O projeto também desenvolve em paralelo um braço robótico articulado, portátil com movimentação, posicionamento e suporte de tarefas a serem realizadas que interagem com o ambiente.

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A conscientização dos possíveis consumidores de uma tecnologia de precisão é fundamental para o desenvolvimento saudável da mesma, de modo que isto pode ser feito, a principio seguindo um padrão da Embrapa, através de formulários simples os quais visam coletas de dados relacionados à propriedade como tipo de cultura praticada nesta, se tal propriedade utiliza de Agricultura de precisão, qual é o tamanho destinado a este tipo de atividade, como esta é desenvolvida e se o uso desta inovação tem trazido algum benefício para o proprietário.

“A mente que se abre a uma nova idéia jamais voltará ao seu tamanho original.” Albert Einstein

Saiba mais:

Macroprograma de Agricultura de Precisão – Embrapa

Grupo de Robótica Agrícola

Isobus

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