Governo lança plano que prevê investimento de R$ 40 bilhões em inovação tecnológica

11980567Inova Empresa deve beneficiar negócios dos setores agrícola, industrial e de serviços

O governo federal lançou nesta quinta, dia 14, o Plano Inova Empresa, para tornar as empresas brasileiras mais competitivas no mercado global por meio da inovação tecnológica e aumento da produtividade. Os recursos, da ordem de R$ 32,9 bilhões, serão aplicados em 2013 e 2014 e beneficiarão empresas de todos os portes dos setores industrial, agrícola e de serviços.

Do total, R$ 20,9 bilhões serão ofertados por meio de crédito para empresas, com taxas de juros subsidiadas de 2,5% a 5% ao ano, quatro anos de carência e 12 anos para pagamento. As subvenções econômicas às empresas representarão R$ 1,2 bilhão, enquanto o fomento para projetos em parceria entre instituições de pesquisa e empresas, R$ 4,2 bilhões. O governo também vai aplicar R$ 2,2 bilhões em participação acionária em empresas de base tecnológica.

As linhas de financiamento serão executadas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), ligada ao Ministério da Ciência Tecnologia e Inovação.

O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, apresentou o plano durante a reunião da Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), no Palácio do Planalto, com a presença da presidenta Dilma Rousseff. Segundo ele, o Plano Inova Empresa é um passo para a consolidação da ciência, tecnologia e inovação como eixo estruturante e sustentado da economia brasileira.

Foi anunciado ainda o lançamento da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), que funcionará nos moldes da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Com orçamento de R$ 1 bilhão até 2014, a Embrapii terá o papel de incentivar a cooperação entre empresas brasileiras e institutos de pesquisa e desenvolvimento tecnológico.

– Esse plano tem tudo a ver com a agricultura brasileira. Ele cria oportunidades bastante significativas para o empresário brasileiro interessado na agricultura – aponta o presidente da Embrapa, Maurício Lopes.

– Também haverão recursos que terão fundo perdido, recursos que serão definidos por editais, onde se definirá, por exemplo, uma questão de um laboratório, de uma vacina na área animal que seja um processo de inovação, de uma biofábrica que tenha um papel importante no controle de um inimigo natural, de uma questão diferente que venha a substituir a questão de um insumo, de um defensivo agrícola. Isso também terá uma forma de ter o apoio do governo – comentou o secretário de Cooperativismo do Ministério da Agricultura, Caio Rocha.

O governo informou que o plano também deve receber mais R$ 3,5 bilhões por meio da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), para atividades de pesquisa e inovação no setor de telecomunicações. Esses recursos ainda dependem do término do processo de regulação do setor, que está sob consulta pública.

O comitê gestor do plano será formado pela Casa Civil da Presidência e pelos ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação; da Indústria, Desenvolvimento e Comércio Exterior e da Fazenda, além da Secretaria da Micro e Pequena Empresa.

 Onde se encaixa a Engenharia de Biossistemas?

 A notícia do governo federal é muito boa para o campo de atuação do engenheiro de biossistemas, principalmente para aqueles que pretendem abrir sua própria empresa, já que o curso oferece certas disciplinas como administração e gestão, inovação e empreendedorismo que são bases para um futuro empresário, portanto o investimento inicial pode ser captado por esses incentivos dados pelo governo.

 Um dos grandes problemas que a humanidade terá que enfrentar nos próximos anos será produzir uma maior quantidade de alimentos devido ao aumento da população, isso sem elevar em grande número a área que hoje se usa para esses cultivos, para isso deve haver o aumento da produtividade nessas áreas, que somente com o uso de tecnologias poderão ser alcançados. Hoje em dia o acesso a essas ferramentas é muito restrito a grandes produtores, devido ao seu alto custo, pois em sua maioria são produtos oriundos de importação. Caberá ao engenheiro de biossistemas desenvolver essas tecnologias em território nacional (através de sua própria empresa, como é ideia do governo brasileiro), que terá como consequência um valor monetário menor e possibilitará o acesso de um maior número de produtores.

Fonte:

http://agricultura.ruralbr.com.br/noticia/2013/03/governo-lanca-plano-que-preve-investimento-de-r-40-bilhoes-em-inovacao-tecnologica-4074328.html

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