2014: O ano da agricultura amiga do ambiente

Lisiane Brichi – Graduanda em Engenharia de Biossistemas.

O segundo semestre de 2014, tem-se mostrado entusiasmante ao que se remete à sustentabilidade do agronegócio brasileiro; isto, pois, o auxílio ao agricultor e ao pecuarista na área de gestão de negócios bem como na área de legislação ambiental tem sido crescente, tanto pelo governo como pelo setor privado.

A primeira boa notícia é que em agosto deste ano, houve o nascimento da “RedeAgro”, uma aliança composta pela John Deere, DowAgroscienses, PRODAP e pela Tru-test, com o objetivo de formar e orientar os atuantes no agronegócio. Como novas tendências de mercado, assim como novos incentivos fiscais à produção vem surgindo, nada melhor que um órgão que oriente as tomadas de decisão de quem se encontra neste meio. E, por falar em incentivos, também em Agosto deste ano o Ministério da Agricultura assinou uma parceria com o BNDES, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, com a finalidade de financiar projetos de agricultura de baixo carbono. De modo básico, o agricultor que aplicar um sistema produtivo que reduza a emissão de dióxido de carbono e outros poluentes atmosféricos, receberá o financiamento do mesmo.

Porém, uma vez que um agricultor decide contribuir para a manutenção do meio ambiente, é necessário antes que o mesmo esteja regularizado perante as políticas de preservação ambiental e para isto é que o cadastro ambiental rural surgiu. A partir deste segundo semestre, o CAR vem promovendo o registro eletrônico de imóveis rurais por meio da aquisição de dados como os de mata preservada ou invadida, com a finalidade de regularizá-los; o Mato Grosso já aderiu ao sistema. Entretanto, é importante ressaltar que o governo ao aplicar tal medida deve ser cauteloso quanto à rigidez das medidas a serem tomadas, e ao invés de autuar o agricultor sem justificativas, deve primeiramente explicitar para o mesmo a importância da preservação florestal.

Tendo isto em vista, o IMAFLORA, Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola, e o IPEF, Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais, criaram um aplicativo que ajuda o proprietário rural a entender a sua situação perante a lei por meio da inserção de informações sobre o imóvel, recebendo informações do diagnóstico efetuado.

Simulador Imaflora para a nova Lei Florestal
Simulador Imaflora para a nova Lei Florestal

Sendo assim então, diante de tais novidades, só nos resta uma conclusão: quanto mais o setor agrícola se preocupar com o caminho correto de produção, mais desenvolvido o mesmo será, pois ser sustentável é dar à terra aquilo que ela nos dá, a vida.

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