Texto por: Lisiane Brichi
Já é de conhecimento mundial que o uso intensivo de agrotóxicos promove problemas de desordem ambiental e de saúde humana, uma vez que o uso indiscriminado do mesmo pode contaminar áreas naturais, promover intoxicação, causar desequilíbrios ecológicos e promover o surgimento de doenças decorrentes do contato humano com estes produtos químicos. É por esta razão que atualmente tem se buscado efetuar o Manejo Integrado de Pragas (MIT), o qual busca solucionar problemas desta ordem combinando diversas práticas de combate já conhecidas, de modo a analisar também os impactos econômicos, ecológicos e sociológicos de tais métodos.
Dentre as técnicas utilizadas pelo Manejo Integrado de Pragas, o monitoramento atrelado ao controle biológico se faz uma medida eficiente e cada vez mais buscada pelo agricultor consciente ambientalmente falando. Isto pois diversas vezes as infestações são imensas e o gasto despendido com agrotóxicos bem como com a recuperação da cultura em questão após o ataque, é alto. O maior exemplo de um cenário como este, é o da produção de soja que sofre ataque de percevejos, principalmente no estado do Rio Grande do Sul. Um estudo efetuado pela Universidade Federal de Santa Maria mostrou justamente que é possível agir de acordo com tais práticas no combate ao percevejo. Veja na íntegra a reportagem aqui.
Porém, no que consiste o controle biológico de pragas? De modo básico, é a introdução de inimigos naturais de determinada praga, buscando uma densidade populacional entre ambas que não cause danos econômicos à cultura em questão. Tal método de introdução pode ser feita em grande número, visando um controle imediato ou de modo inoculativo, onde o objetivo é formar uma população no local de combate, que sempre se manifeste durante o período de ataque da praga em questão (CASTRO,2010).
Durante o Simpósio de Nacional de Instrumentação Agropecuária, ocorrido nos dias 18 e 20 de novembro, em São Carlos, na unidade de Instrumentação da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o professor José Postalli Parra, da Escola Superior de Agricultura Luíz de Queirós da Usp (ESALQ –Usp), explicitou que este é o momento do controle biológico no Brasil, com sua apresentação “Controle biológico no Brasil: situação atual e perspectivas”. Isto, pois foi identificada no país uma praga que ataca mais de cem tipos de cultura, a Helicoverpa armigera, altamente resistente a agrotóxicos.
Entretanto, onde atuaria o Engenheiro de Biossistemas neste caso? Justamente no monitoramento das pragas, por meio do sensoriamento remoto, onde “drones equipados com hiperespectrômetros podem mapear a quantidade e a localização dos insetos para que a ação de combate seja direcionada a esses alvos” , como afima uma reportagem divulgada pela revista EXAME, divulgada na segunda-feira, dia dois de Dezembro, desta semana. Veja a reportagem completa aqui.
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