Texto por: Vitor Badú, graduando em Engenharia de Biossistemas
No dia 22 de abril de 2015 o Grupo de Estudos da Engenharia de Biossistemas (GEBIO) proporcionou um evento com intuito de divulgar a experiência de alunos da Engenharia de Biossistemas que realizaram intercambio. Com objetivo de interação e troca de experiências entre alunos o evento foi realizado no Campus de Pirassununga da Universidade de São Paulo.
A princípio, a aluna Danielle Pessoa, introduziu sua experiência mostrando a região de Lincoln-Nebraska (EUA) em que pôde ficar no seu período de intercâmbio pelo programa Ciências sem fronteiras. A mesma ressaltou que foi nessa Universidade o surgimento do primeiro departamento da Engenharia de Biossistemas, no início dos anos 1900, quando o país sentiu a necessidade de criar um novo departamento desvinculado à engenharia agrícola e agrônoma, sendo o primeiro dos EUA a fazê-lo.
Danielle também nos contou suas experiências pessoais, a qual sentiu diferença principalmente nas relações entre as pessoas e as amizades. Ressaltou que lá as relações são “just business”, só negócios, na tradução literal. A aluna ressaltou a diferença do método de ensino, explicando que a carga horária de disciplinas é bem menor, deixando mais tempo livre para projetos e trabalhos fora da sala de aula.
O segundo aluno a contar sua experiência foi Fernando Tadeu, que se utilizou do programa Bolsa de Mérito Acadêmico para realizar seu intercâmbio. O aluno do 4º ano residiu na localidade de Leuven, Bélgica.
Fernando trabalhou no Laboratório de Monitoramento, modelagem e medidas de biorrespostas na Universidade Católica de Leuven. Essa Universidade ocupa a posição 82 no ranking QS. O aluno acompanhou um projeto de criação de software capaz de rastrear a trajetória de frangos dentro de um aviário, com o objetivo de bem-estar animal. Seu orientador foi Eduardo Romanini da UNICAMP.
A criação de um perfil mais profissional, tendo contatos com rotina de laboratório de influência mundial e trocas de experiências técnicas e pessoais é vital no aprendizado acadêmico, ressaltou Fernando.
A aluna Janaina Alves também nos contou sua experiência pelo programa Bolsa empreendedorismo da Agência USP de Inovação. Residindo na cidade de Lisboa, Portugal, Janaina trabalhou no Laboratório nacional de energia e geologia LNEG, com dimensionamento, caracterização e ensaio de placas fotovoltaicas. Janaina nos contou do Solar XXI, um prédio inteiro com placas solares em seu perímetro, um exemplo de eficiência e autossuficiência energética.
A aluna Letícia Fernandes utilizou-se do programa Ciências sem Fronteiras para realizar seu intercambio para Athlone na Irlanda – condado de Westneath. A aluna do 4º ano contou que a hospitalidade é alta se comparado ao resto da Europa. Seus estudou foram desenvolvidos no Althlone Institute of Technology (AIT), a aluna conta que participou de disciplinas mais voltadas à engenharia civil, como topografia, mecânica dos fluidos, engenharia estrutural e dos materiais.
Para finalizar o ciclo de apresentações a aluna Mariani Cavalini ressaltou a grande importância de realizar um intercâmbio no desenvolvimento acadêmico de cada aluno. Ela realizou seu intercambio pelo programa Bafragri, onde residiu em Montepelier, sul da França, e também realizou atividade relacionadas ao agronegócio em Paris, na AgroParisTech. Ela nos contou que lá existem inúmeros benefícios para os estudantes, resumindo em auxílios em transportes, teatros, museus entre outros. A aluna trouxe em sua bagagem aprendizados em história da arte, culinária, idiomas e teve oportunidades de estágio em empresas e outras faculdades.
Em poucos parágrafos é impossível descrever a enorme experiências que tais alunos obtiveram. A experiência de viver em outro país proporciona ao aluno, como profissional, conhecer hábitos diferentes, abrindo uma nova perspectiva, com isso o intercambista precisa se adaptar a um novo ambiente, enfrentar desafios e crescer, como pessoa e profissional.
